O Santander Brasil (SANB11) destacou recentemente o aumento da aversão ao risco nos mercados, impulsionado por diversas incertezas tanto domésticas quanto internacionais. Dúvidas em relação ao início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, preocupações fiscais no Brasil e conflitos geopolíticos têm pressionado as taxas dos títulos públicos e criado uma janela de oportunidade para investidores no Tesouro Direto, especialmente em títulos prefixados e atrelados à inflação.
Na quarta-feira (17), o Tesouro chegou a interromper as negociações devido ao avanço nas taxas, o que, segundo Caio Camargo, estrategista de Investimentos do Santander Brasil, abre espaço para alocação em títulos prefixados, especialmente para investidores com perfil para tomar risco. A volatilidade do ambiente externo tem gerado oportunidades de entrada, e manter os ativos na carteira até a data de vencimento pode ser uma opção interessante para quem tem um horizonte de investimento de longo prazo.
Enquanto nos Estados Unidos as dúvidas se concentram no início do ciclo de corte de juros, no Brasil, as preocupações fiscais surgiram após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmar a meta fiscal do próximo ano como déficit primário zero, revertendo a previsão de superávit para 2025.
Considerando as projeções do Departamento Econômico do Santander de que o Banco Central brasileiro deve cortar a taxa básica de juros até 9% no final de 2024 e mais um ponto percentual em 2025, as taxas dos títulos prefixados estão elevadas, o que pode representar uma oportunidade atraente para os investidores.
No que diz respeito aos títulos públicos atrelados ao IPCA, Camargo destaca que taxas próximas de 6% acima do índice representam boas oportunidades de investimento e também uma forma de proteção na carteira contra possíveis aumentos na inflação.
Apesar do cenário desafiador, o estrategista ressalta a importância de estar adequado ao perfil de investidor e manter uma carteira bem diversificada. Em momentos de volatilidade como o atual, a adequação ao perfil e a diversificação são fundamentais para encontrar proteção e rentabilidade.
A leitura do mercado sugere que o Banco Central pode reduzir o ritmo de queda da Selic de 0,50 ponto para 0,25 ponto porcentual no próximo Comitê de Política Monetária (Copom), o que reforça a importância de uma estratégia de investimento sólida e adaptável às condições do mercado.
Em meio às incertezas globais, o Santander Brasil destaca a importância de estar atento às oportunidades emergentes e permanecer focado em uma abordagem de investimento de longo prazo.






