SUS incorpora Trastuzumabe Entansina para avançar no tratamento do câncer de mama HER2-positivo
O Sistema Único de Saúde (SUS) deu um passo importante na modernização do tratamento do câncer de mama ao incorporar o medicamento Trastuzumabe Entansina, terapia de última geração indicada para pacientes com câncer de mama HER2-positivo, uma das formas mais agressivas da doença. O primeiro lote do medicamento chegou ao país nesta segunda-feira, beneficiando diretamente 1.144 pacientes ainda este ano.
O anúncio reforça o compromisso do governo federal em ampliar o acesso a terapias inovadoras, com foco em pacientes que não respondem às abordagens convencionais e na melhoria do prognóstico para mulheres que enfrentam estágios avançados da doença.
O que é o Trastuzumabe Entansina
O Trastuzumabe Entansina é um medicamento inovador que combina terapia direcionada e quimioterapia, atuando especificamente contra células cancerígenas HER2-positivas. Este tipo de câncer de mama é considerado mais agressivo, com maior risco de recidiva e progressão rápida, exigindo tratamentos mais eficazes e individualizados.
O medicamento é indicado para pacientes que continuam a apresentar sinais da doença após a quimioterapia inicial, especialmente em casos de câncer de mama em estágio III, proporcionando novas alternativas para o tratamento do câncer de mama resistente a terapias tradicionais.
Além de atuar diretamente na célula cancerígena, o Trastuzumabe Entansina apresenta menor toxicidade sistêmica em comparação a quimioterapias convencionais, permitindo um tratamento mais seguro e tolerável para os pacientes.
Quantidade, cronograma e logística de entrega
O Ministério da Saúde recebeu cerca de 12 mil unidades do Trastuzumabe Entansina, distribuídas em doses de 100 mg e 160 mg. A entrega do medicamento será realizada em quatro lotes, garantindo cobertura total da demanda atual:
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Outubro de 2025: primeiro lote, já recebido;
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Dezembro de 2025: segundo lote;
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Março de 2026: terceiro lote;
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Junho de 2026: quarto lote, completando 100% da demanda.
A estratégia permite que todos os pacientes elegíveis tenham acesso contínuo ao tratamento do câncer de mama, evitando interrupções e garantindo eficácia terapêutica.
Investimento e negociação com laboratórios
O Trastuzumabe Entansina foi adquirido pelo governo com preço 50% inferior ao valor de mercado, totalizando R$ 159 milhões em investimento. A negociação reflete o compromisso do SUS em oferecer acesso a tratamentos de ponta, sem comprometer a sustentabilidade financeira do sistema público de saúde.
Esse investimento estratégico permite ao Brasil ampliar o acesso a terapias inovadoras, aproximando o tratamento do câncer de mama às melhores práticas internacionais e garantindo equidade para pacientes de diferentes regiões do país.
Quem pode se beneficiar do Trastuzumabe Entansina
O Trastuzumabe Entansina SUS é indicado principalmente para mulheres com:
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Câncer de mama HER2-positivo;
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Persistência de sintomas após quimioterapia inicial;
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Estágio III da doença.
Pacientes nessas condições enfrentam formas mais agressivas do câncer de mama, que frequentemente apresentam resistência a tratamentos convencionais. A incorporação do medicamento no SUS amplia as opções terapêuticas e melhora significativamente o prognóstico dessas pacientes, oferecendo novas oportunidades de controle da doença e aumento da sobrevida.
Avanços em outras terapias oncológicas
Além do Trastuzumabe Entansina, o governo federal também avança na oferta de inibidores de ciclinas, indicados para o tratamento do câncer de mama avançado ou metastático com receptor hormonal positivo ou HER2-negativo.
Esses medicamentos proporcionam tratamento direcionado, diminuindo efeitos adversos e melhorando a qualidade de vida das pacientes. A portaria que autoriza a compra descentralizada desses medicamentos será publicada ainda neste mês, coincidentemente durante a campanha Outubro Rosa, reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da conscientização sobre a doença.
O impacto do Trastuzumabe Entansina no tratamento do câncer de mama
A incorporação do Trastuzumabe Entansina representa um avanço significativo no tratamento do câncer de mama, com impactos clínicos e sociais:
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Melhora do prognóstico: pacientes com câncer HER2-positivo passam a ter acesso a uma terapia mais eficaz, aumentando a sobrevida e reduzindo o risco de recidiva.
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Redução de efeitos adversos: o medicamento possui perfil de toxicidade mais controlado, proporcionando tratamento mais seguro e tolerável.
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Modernização do SUS: a inclusão de terapias avançadas reforça o papel do sistema público na oferta de tratamentos de ponta, alinhando-se aos padrões internacionais.
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Educação e prevenção: a distribuição do medicamento durante o Outubro Rosa promove a conscientização sobre detecção precoce e cuidados com a saúde mamária.
Especialistas destacam que a disponibilidade de terapias inovadoras no SUS fortalece a capacidade do Brasil de enfrentar formas agressivas de câncer de mama, consolidando políticas públicas de saúde baseadas em evidências científicas.
Outubro Rosa e prevenção
A incorporação do Trastuzumabe Entansina coincide com a campanha Outubro Rosa, movimento global que visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Estudos indicam que a detecção precoce continua sendo o fator mais determinante para o sucesso do tratamento do câncer de mama. Mamografias regulares, exames clínicos e acompanhamento médico são fundamentais para reduzir mortalidade e aumentar as chances de cura.
A presença de tratamentos inovadores, como o Trastuzumabe Entansina, complementa essas estratégias, oferecendo alternativas eficazes para pacientes que não respondem a terapias tradicionais.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar do avanço, o acesso a medicamentos de última geração no SUS enfrenta desafios logísticos, como distribuição em regiões remotas, capacitação de equipes de saúde e conscientização sobre indicações específicas.
O cronograma de entrega em quatro lotes busca minimizar esses obstáculos, garantindo continuidade no tratamento do câncer de mama e mantendo padrões de segurança e eficácia.
Especialistas projetam que, nos próximos anos, a expansão de terapias avançadas no SUS aproximará o Brasil das melhores práticas internacionais em oncologia, possibilitando tratamentos personalizados e mais efetivos para diferentes perfis de pacientes.
O papel da inovação no SUS
O investimento em medicamentos de última geração, como o Trastuzumabe Entansina, demonstra a importância da inovação tecnológica no tratamento do câncer de mama. A combinação de terapias direcionadas com monitoramento clínico avançado permite tratamentos mais eficientes, com menor impacto na qualidade de vida e resultados mais consistentes.
Além disso, a experiência adquirida com a incorporação desse medicamento pode servir de modelo para futuras aquisições e políticas de saúde, garantindo que novas terapias sejam disponibilizadas com rapidez, segurança e equidade.
A incorporação do Trastuzumabe Entansina no SUS marca um avanço histórico no tratamento do câncer de mama HER2-positivo no Brasil. O medicamento oferece esperança para pacientes com formas agressivas da doença, ampliando opções terapêuticas, melhorando a qualidade de vida e aumentando as chances de controle da doença.
Com investimento estratégico, distribuição planejada e sinergia com campanhas educativas como o Outubro Rosa, o SUS fortalece seu papel na prevenção, no diagnóstico precoce e no fornecimento de tratamentos inovadores, consolidando o Brasil como referência em políticas públicas de oncologia.
O avanço reafirma que, embora a prevenção e a detecção precoce sejam essenciais, a inovação terapêutica é igualmente crucial para enfrentar os desafios do câncer de mama, proporcionando resultados mais positivos para pacientes em todo o país.






