As enzimas desempenham um papel fundamental em diversas áreas da indústria, acelerando reações químicas de forma eficiente. No entanto, a dependência de empresas brasileiras em relação a importações desses insumos tem sido um desafio. Para mudar esse cenário, a startup Apexzymes está desenvolvendo uma tecnologia que permitirá a produção nacional de enzimas.
Fundada por Lucas Salera Parreiras e Lucas Fonseca, a Apexzymes está focada em criar uma plataforma que viabilize a produção de enzimas no Brasil. Atualmente, a importação desses insumos acaba encarecendo os processos industriais, limitando sua aplicação e impactando negativamente o meio ambiente.
As enzimas são essenciais em setores como detergentes, alimentos, biocombustíveis e muitos outros. Sua utilização permite reduzir o uso de catalisadores químicos, resultando em processos mais eficientes e sustentáveis. No entanto, devido à dificuldade de fabricação e à falta de opções nacionais, as enzimas importadas acabam sendo caras e pouco acessíveis para a indústria brasileira.
O apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP tem sido fundamental para o desenvolvimento da tecnologia da Apexzymes. Com esse suporte, a empresa está avançando na criação de uma plataforma que poderá ser utilizada para produzir diferentes tipos de enzimas.
Inicialmente, a startup planeja atuar nos setores de biocombustíveis e indústria alimentícia, aproveitando a demanda e a expertise do país nesses segmentos. A longo prazo, a intenção é expandir para outros setores, ampliando o impacto e as oportunidades de mercado.
A recente parceria com a empresa de capital de risco argentina GRIDX representa um marco importante para a Apexzymes. Esse investimento permitirá validar a tecnologia da startup e avançar para a próxima fase do projeto, incluindo o escalonamento do processo e a elaboração de um estudo de caso.
Com o desenvolvimento concluído, a expectativa é que a produção nacional de enzimas seja uma realidade em 2026. Além de reduzir os custos para as empresas brasileiras, essa tecnologia poderá ter um impacto positivo no meio ambiente, ao promover processos industriais mais sustentáveis e eficientes.