No âmbito da busca pelo crescimento no Brasil, empresas estão focadas em dar passos significativos em direção à Transformação Digital. As novas tecnologias digitais estão permitindo que dispositivos se comuniquem por meio de sensores e sistemas inteligentes conectados à rede, desvendando padrões que facilitam a detecção de desperdícios ou erros. Esses padrões são essenciais para desenvolver níveis de qualidade e melhorar o feedback em tempo real, podendo ser provenientes de diversas fontes, incluindo fornecedores, clientes, usuários e redes sociais.
O gerenciamento eficaz do vasto volume de informações resultantes desse processo é conhecido como Big Data, que pode ser extremamente complexo e gerado em alta velocidade. O desafio reside em desenvolver o conhecimento e as ferramentas para lidar com essa quantidade massiva de dados de maneira rápida e eficiente. Nesse contexto, surgiram serviços que possibilitam a gestão ordenada e sistemática dos dados, orientando a otimização de diversos processos em várias áreas de negócio.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil, em colaboração com os Institutos de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual de Campinas, concebeu o projeto “Indústria 2027”. O objetivo desse projeto é avaliar as tendências tecnológicas no país e o impacto delas nos modelos de negócios, padrões e estruturas de mercado.
De acordo com essa iniciativa, cerca de 74% dos representantes de 753 empresas de diferentes setores e tamanhos no Brasil acreditam que, até 2027, tecnologias avançadas dominarão suas respectivas indústrias. No entanto, menos de 25% estão efetivamente utilizando essas tecnologias avançadas até o momento.
Esse cenário apresenta um amplo campo de atuação e uma necessidade premente em um mercado de grande porte com projeção regional. O objetivo é implementar tecnologias que criem ambientes produtivos interconectados.
Dados recentemente divulgados pelo Banco Mundial revelam que, após a crise sanitária, os investimentos em Big Data no mercado empresarial global aumentaram cerca de 35%. Na América Latina, esse crescimento foi de 9%, correspondendo a aproximadamente 8 bilhões de dólares.
Uma das características marcantes do Big Data é sua capacidade de expansão e abrangência, acompanhando o rápido progresso da Internet das Coisas (IoT). Após os dispositivos adquirirem capacidade de armazenamento, podem acumular e compartilhar dados que contêm informações valiosas sobre seu desempenho e operação.
Ricardo Karbage, diretor geral Brasil & Xerox América Latina Enterprise Business Leader, enfatiza: “A tentativa e erro nos permite desenvolver ferramentas que atendam às demandas de um mercado desafiador. Na América Latina, precisamos inovar não apenas com ferramentas, mas também enfrentar desafios estruturais para acessá-las, devido à barreira tecnológica que atrasa sua adoção ágil. Por isso, é necessário projetá-las a partir da simplicidade para acelerar a adaptação.”
Apesar do volume potencialmente grande dos dados, gerenciá-los adequadamente não precisa ser complicado. O gerenciamento eficaz dos dados pode eliminar tarefas tediosas, como a transcrição de documentos em papel para o formato digital. Após o armazenamento seguro desses dados, é possível centralizar e automatizar o controle sobre o comportamento do mercado, atendimento ao cliente, uso de recursos, capital humano e muito mais.
Atualmente, existem ferramentas acessíveis e intuitivas que cumprem a tarefa de gerenciamento eficiente de dados. Softwares especializados, como o DocuShare Flex, permitem transformar informações em espaços de trabalho imediatamente e até remotamente, por meio de fluxos de trabalho e compartilhamento. Além disso, há softwares de comunicação personalizados, como a tecnologia XMPie, que aproveita diversos canais, incluindo web, e-mail, celular, vídeo e impressoras. Aplicativos como o Content Hub mantêm o conteúdo relevante organizado, seguro, adaptável e pronto para uso, em conformidade com diretrizes de segurança predefinidas.
O potencial do Big Data transcende estratégias de negócios, pois a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) projeta que o uso dessa tecnologia impulsionará a gestão eficiente de recursos naturais, humanos e financeiros, alcançando uma economia sustentável nos próximos 10 anos.