quinta-feira, 25 de dezembro de 2025
contato@gazetamercantil.com
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
Home News

Déficit nas contas do Governo Central: impacto da antecipação do décimo terceiro a aposentados

por Redação
16/09/2025
em News, Destaque
Deficit Primario - Gazeta Mercantil

As contas do Governo Central, que incluem o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registraram um déficit primário de R$ 61 bilhões em maio de 2023. Este valor representa um aumento real de 30,4% em relação ao mesmo período do ano passado e é o segundo maior déficit para meses de maio desde 2020, início da pandemia de Covid-19, quando o déficit atingiu R$ 126,635 bilhões. O resultado superou as expectativas do mercado, que previa um déficit de R$ 38,5 bilhões, conforme pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Economia.

Contexto econômico e impacto da antecipação do décimo terceiro

O déficit nas contas do Governo Central foi amplificado pela antecipação do pagamento do décimo terceiro salário a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Este movimento contribuiu significativamente para o aumento das despesas governamentais em maio. Além disso, os gastos com o programa Bolsa Família também aumentaram, adicionando pressão às contas públicas.

Receita versus despesas

Apesar de uma arrecadação federal recorde em maio, o aumento das despesas superou o crescimento das receitas. As receitas líquidas subiram 13,2% em termos nominais e 9% quando ajustadas pela inflação, enquanto as despesas totais aumentaram 18,5% em valores nominais e 14% após descontar a inflação. Esse descompasso entre receitas e despesas resultou no déficit primário observado.

Crescimento das receitas administradas

As receitas administradas, relacionadas ao pagamento de tributos, registraram um aumento significativo de 14,3% em maio, já descontada a inflação. Destaque para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), impulsionada pela recomposição de tributos sobre os combustíveis e pela recuperação econômica. Além disso, a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte aumentou devido à tributação sobre fundos exclusivos, em vigor desde o final de 2022.

Receitas não administradas

As receitas não administradas pela Receita Federal cresceram 2,7% acima da inflação. As maiores contribuições vieram de concessões e permissões, que somaram R$ 764 milhões, e de outras receitas, com um aumento de R$ 672,5 milhões. Essas altas compensaram a queda de R$ 205,2 milhões nos royalties, causada pela redução do preço do petróleo no mercado internacional.

Despesas com a Previdência Social e programas sociais

Os gastos com a Previdência Social subiram R$ 24,2 bilhões acima da inflação, principalmente devido à antecipação do décimo terceiro salário e ao aumento do número de beneficiários, além da política de valorização do salário mínimo. As despesas obrigatórias com programas sociais, incluindo o novo Bolsa Família, aumentaram R$ 3,543 bilhões em termos reais.

Gastos extraordinários e discricionários

Os créditos extraordinários para o Rio Grande do Sul e os gastos discricionários (não obrigatórios) também contribuíram para o aumento das despesas em maio. Os créditos extraordinários somaram R$ 6,38 bilhões, enquanto os gastos discricionários aumentaram R$ 8,1 bilhões, dos quais R$ 4,2 bilhões foram destinados à saúde. Além disso, os gastos com o funcionalismo federal subiram R$ 2,5 bilhões, ajustados pela inflação.

Investimentos públicos

Os investimentos públicos, que incluem obras e compras de equipamentos, totalizaram R$ 24,532 bilhões nos primeiros cinco meses do ano, representando um aumento de 33,6% acima da inflação em comparação com o mesmo período de 2022. No entanto, essa despesa tem mostrado volatilidade devido ao ritmo variável das obras públicas.

Expectativas futuras

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas de maio projetou um déficit primário de R$ 14,5 bilhões para o Governo Central, equivalente a 0,1% do PIB. Com a arrecadação recorde no início do ano, o governo desbloqueou R$ 2,9 bilhões e manteve a previsão de arrecadar R$ 168 bilhões em receitas extras em 2024 para atingir a meta fiscal.

A meta estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e pelo novo arcabouço fiscal é de déficit primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. Para alcançar essa meta, será crucial monitorar a evolução das receitas e despesas governamentais nos próximos meses.

O déficit nas contas do Governo Central em maio de 2023 reflete um cenário desafiador, impulsionado pela antecipação do décimo terceiro salário a aposentados e pensionistas e pelo aumento das despesas com programas sociais. Apesar da arrecadação federal recorde, o crescimento das despesas superou o das receitas, resultando em um déficit significativo. A gestão eficiente das finanças públicas será fundamental para alcançar a meta de déficit primário zero estabelecida para o ano.

Tags: arrecadação federalcontas do Governo Centraldécimo terceiro antecipadodéficit primáriodespesas públicaseconomia brasileirapolítica fiscalprevidência socialTesouro Nacional

LEIA MAIS

Lula Defende Fim Da Escala 6X1 E Destaca Avanços Econômicos Em Mensagem De Natal - Gazeta Mercantil
Política

Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal

A mensagem de Natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, transmitida em rede nacional de rádio e televisão na noite de 24 de dezembro, consolidou-se como um...

MaisDetails
Carta De Bolsonaro Antes De Cirurgia Redefine Sucessão Política Para 2026 - Gazeta Mercantil
Política

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia marca novo capítulo político e redefine sucessão no campo conservador A divulgação da carta de Bolsonaro na manhã do dia 25 de...

MaisDetails
Salário Mínimo 2026 É Oficializado Em R$ 1.621 E Garante Reajuste Acima Da Inflação - Gazeta Mercantil
Economia

Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação

Governo oficializa salário mínimo de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026 O governo federal oficializou o novo salário mínimo 2026, fixando o valor em...

MaisDetails
Bolsa De Valores Funciona Hoje? Veja O Funcionamento Da B3 No Natal - Gazeta Mercantil
Economia

Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal

Bolsa de Valores funciona hoje? Entenda o funcionamento da B3 no Natal e no fim de ano A dúvida sobre se a Bolsa de Valores funciona hoje se...

MaisDetails
Cirurgia De Bolsonaro: Segurança, Decisão Do Stf E Detalhes Da Internação - Gazeta Mercantil
Política

Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação

Cirurgia de Bolsonaro ocorre sob forte esquema de segurança e vigilância permanente A cirurgia de Bolsonaro tornou-se um dos temas centrais do noticiário político e jurídico nacional ao...

MaisDetails
PUBLICIDADE

GAZETA MERCANTIL

Lula Defende Fim Da Escala 6X1 E Destaca Avanços Econômicos Em Mensagem De Natal - Gazeta Mercantil
Política

Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal

Carta De Bolsonaro Antes De Cirurgia Redefine Sucessão Política Para 2026 - Gazeta Mercantil
Política

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026

Salário Mínimo 2026 É Oficializado Em R$ 1.621 E Garante Reajuste Acima Da Inflação - Gazeta Mercantil
Economia

Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação

Bolsa De Valores Funciona Hoje? Veja O Funcionamento Da B3 No Natal - Gazeta Mercantil
Economia

Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal

Cirurgia De Bolsonaro: Segurança, Decisão Do Stf E Detalhes Da Internação - Gazeta Mercantil
Política

Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação

Por Que 2025 Foi O Ano Dos Bilionários E Da Maior Concentração De Riqueza Da História - Gazeta Mercantil
Economia

Por que 2025 foi o ano dos bilionários e da maior concentração de riqueza da história

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco
Gazeta Mercantil Logo White

contato@gazetamercantil.com

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

Veja Também:

  • Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal
  • Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026
  • Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação
  • Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal
  • Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação
  • Por que 2025 foi o ano dos bilionários e da maior concentração de riqueza da história
  • Anuncie Conosco
  • Política de Correções
  • Política de Privacidade LGPD
  • Política Editorial
  • Termos de Uso
  • Sobre

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com

Sem resultados
Todos os resultados
  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com