O dólar norte-americano apresenta uma queda de 0,21% em relação ao real brasileiro, sendo negociado a R$ 4,856 nesta segunda-feira. Essa tendência de desvalorização da moeda dos Estados Unidos em relação ao real está diretamente relacionada à divulgação do Boletim Focus e dos dados de inflação no Brasil. No entanto, a situação é diferente no cenário global, onde as principais moedas estão perdendo terreno em relação ao dólar.
O índice DXY, que avalia a força do dólar em comparação com uma cesta de seis moedas fortes, registra uma leve alta de 0,01%, atingindo 105,34 pontos. Essa discrepância reflete as dinâmicas econômicas distintas em jogo no Brasil e no exterior.
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira revelou que as expectativas de inflação no Brasil estão em declínio. A projeção para a inflação oficial em 2023 caiu de 4,93% para 4,86%, enquanto um mês atrás a mediana era de 4,90%. Para 2024, que é um foco importante da política monetária, a projeção recuou de 3,89% para 3,86%, retornando ao mesmo nível do mês anterior.
Além disso, o relatório desta semana também atualizou as expectativas para a inflação suavizada nos próximos 12 meses, de 4,12% para 4,09%. Há um mês, essa projeção era de 4,17%.
No âmbito dos indicadores econômicos, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apresentou um aumento de 0,18% em setembro, após uma queda de 0,13% em agosto. Esse resultado ficou abaixo das estimativas medianas dos analistas do mercado financeiro, que calculavam um aumento de 0,28%. O IGP-10 acumula uma queda de 5,15% no ano, com uma taxa acumulada em 12 meses negativa em 6,35%.
Dentre os três indicadores que compõem o índice de setembro, os preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10 (IPA-10), registraram um aumento de 0,23% em setembro, após uma queda de 0,20% em agosto. Os preços ao consumidor, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10), tiveram uma alta de 0,02% em setembro, revertendo a queda de 0,01% registrada em agosto. Já o Índice Nacional de Custo da Construção – 10 (INCC-10) apresentou um aumento de 0,18% em setembro, após uma alta de 0,17% em agosto.
No contexto global, as atenções dos investidores estão voltadas para as decisões de política monetária que serão tomadas pelos bancos centrais em várias partes do mundo, incluindo Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, China e Japão. Essas decisões terão um impacto significativo nos mercados financeiros e nas taxas de câmbio nas próximas semanas, e os investidores estão acompanhando de perto as pistas deixadas pelos bancos centrais em relação às futuras políticas de juros e à estabilidade econômica.