Nesta quarta-feira, 6 de dezembro, a agenda econômica brasileira destaca-se com a divulgação do resultado fiscal referente a outubro, marcando um retorno à discussão sobre as contas públicas. O anúncio está programado para as 8h30, com expectativas de que a proporção da dívida bruta para o PIB (Produto Interno Bruto) tenha avançado ligeiramente de 74,4% para 74,5%.
Conforme as projeções do mercado, o resultado nominal do setor público consolidado, que engloba o resultado primário e os juros nominais apropriados, deve apontar um déficit de R$41,75 bilhões.
A apreciação do real em relação ao dólar ontem foi impulsionada pelo PIB do terceiro trimestre, que superou as expectativas, reduzindo as especulações sobre um aumento mais acelerado da taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central.
No cenário internacional, o relatório da ADP nos Estados Unidos será um indicador relevante do mercado de trabalho. Os dados sobre a criação de vagas no setor privado em novembro podem influenciar as expectativas em torno de possíveis cortes antecipados nas taxas de juros americanas.
No campo político, a Câmara dos Deputados aguarda o relatório do deputado Luiz Fernando Faria (PSD/MG) sobre a Medida Provisória 1185/2023, que trata das subvenções do ICMS. A apresentação do texto está marcada para as 11h, e há incertezas sobre a tramitação, incluindo a possibilidade de alterações nos Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Negociações envolvendo a limitação da dedução do JCP a 50% do lucro tributável e o aumento da cobrança de Imposto de Renda sobre dividendos recebidos pelos acionistas estão em pauta. Parlamentares veem a medida como passível de negociação, e a discussão promete se estender.
A subvenção do ICMS também está sob destaque, com o relator confirmando um desconto de 80% em até 12 parcelas nas transações tributárias relacionadas ao estoque de benefícios abatidos pelas empresas. Contudo, a matéria enfrenta resistência no Congresso Nacional.
No final da tarde, às 17h30, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) votará o projeto de lei de privatização da Sabesp, acrescentando mais um elemento importante nas decisões políticas do dia. O cenário promete ser dinâmico, com potenciais impactos nos mercados financeiros e na economia brasileira.