Bolsas globais operam em alta com expectativa sobre CPI dos EUA e balanços financeiros
As bolsas globais iniciaram esta terça-feira (15) com movimentos positivos impulsionados por dois grandes fatores: a expectativa em torno do CPI (índice de preços ao consumidor) dos Estados Unidos e o início da temporada de divulgação de balanços corporativos de gigantes do setor financeiro. Com o mercado internacional em compasso de espera por novos indicadores econômicos, o clima é de cautela, mas também de otimismo moderado.
Expectativas para o CPI nos EUA movimentam as bolsas globais
Inflação sob vigilância do mercado
A divulgação do CPI nos Estados Unidos é o principal indicador esperado pelos investidores nesta semana. Para o mês de junho, a projeção do mercado é de uma alta de 0,3% na comparação mensal, com a inflação acumulada alcançando 2,7%. Esses dados são determinantes para as futuras decisões do Federal Reserve (Fed) em relação à política de juros.
Impacto das tarifas de Trump nos indicadores
As tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump continuam a influenciar os números macroeconômicos norte-americanos. Investidores estão atentos à forma como essas medidas ainda afetam a inflação e, consequentemente, o comportamento do Fed nas próximas reuniões.
Balanços financeiros impulsionam otimismo do mercado
Gigantes financeiros revelam resultados
A temporada de balanços financeiros começa com grandes nomes. JPMorgan Chase, Wells Fargo e Citigroup divulgam seus resultados nesta terça-feira. Amanhã, será a vez de Bank of America, Goldman Sachs e Morgan Stanley. Os resultados desses bancos são observados como termômetro para a saúde da economia norte-americana.
Expectativa de crescimento e lucros
As projeções apontam para uma leve melhora nos lucros das instituições financeiras, especialmente em função do reaquecimento do crédito ao consumidor e da retomada gradual de investimentos corporativos.
Tendências dos principais mercados globais
Bolsas asiáticas acompanham a recuperação chinesa
Na Ásia, os índices encerraram o pregão em alta, puxados por dados melhores do que o esperado na China. O PIB chinês cresceu 5,2% no segundo trimestre, acima das previsões dos analistas. Veja o desempenho:
- Nikkei (Japão): +0,55%
- Hang Seng (Hong Kong): +1,60%
- Kospi (Coreia do Sul): +0,41%
- ASX 200 (Austrália): +0,70%
O destaque negativo ficou com a bolsa de Xangai, que recuou 0,42%.
Europa sobe apesar de ameaças tarifárias
As bolsas europeias operam em alta mesmo diante da escalada nas ameaças tarifárias de Trump. O mercado europeu reage positivamente aos balanços de empresas como Experian, Ericsson e Barratt Redrow:
- STOXX 600: +0,27%
- DAX (Alemanha): +0,28%
- CAC 40 (França): +0,22%
- FTSE MIB (Itália): +0,05%
- FTSE 100 (Reino Unido): -0,01%
Ibovespa em queda e IOF em pauta
Sessão anterior fecha com queda
No Brasil, o Ibovespa caiu 0,65% na segunda-feira, fechando aos 135.298,99 pontos. A queda foi motivada por incertezas externas e internas, como as tarifas dos EUA e a disputa envolvendo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
STF promove audiência sobre o IOF
O STF realiza hoje uma audiência de conciliação entre o Governo Federal e o Congresso Nacional para discutir os decretos relacionados ao IOF. A expectativa é de uma solução que mantenha apenas parte dos aumentos previstos no imposto.
Agenda econômica do dia
- 06h00 – Zona do Euro: Produção industrial de maio
- 06h00 – Alemanha: Índice Zew de expectativas de julho
- 09h30 – EUA: CPI de junho e Índice Empire State
- 10h00 – Brasil: Reunião entre Alckmin e setor industrial
- 10h15 a 17h00 – Discursos de autoridades do Fed
- 15h00 – Brasil: Audiência sobre IOF no STF
- 17h00 – Reino Unido: Discurso de Andrew Bailey (BoE)
O comportamento das bolsas globais nesta terça-feira reflete um equilíbrio delicado entre a expectativa por dados econômicos importantes, como o CPI dos EUA, e os primeiros resultados da temporada de balanços corporativos. Com tensões comerciais ainda no radar e as decisões do Fed cada vez mais impactadas por esses indicadores, os investidores seguem cautelosos, mas atentos a oportunidades.
No Brasil, a atenção se volta para o STF e as decisões envolvendo o IOF, que podem impactar o mercado interno nas próximas semanas.






