O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, estão programados para anunciar mais de 70 acordos durante suas reuniões na Casa Branca nesta quarta-feira (10), conforme informou um alto funcionário dos EUA.
Entre os temas discutidos nas conversas estão a modernização da relação de defesa militar entre os dois países e a possibilidade da coprodução de armas.
O funcionário destacou a magnitude desses acordos, descrevendo-os como “o maior conjunto de resultados substanciais e significativos que já vimos deste tipo em décadas”. Geralmente, o número de acordos em uma cúpula bilateral varia entre 12 e 20, observou.
Os preparativos para esta visita estão em curso há anos e são considerados uma “validação fundamental da estratégia Indo-Pacífico” do presidente Biden, que visa manter a região aberta e segura em colaboração com os aliados diante da ameaça representada pela China.
“É inegável que, no final desta visita, consideraremos que terá sido uma cúpula notável e histórica”, afirmou o funcionário.
Uma das mudanças significativas discutidas é a reestruturação das forças militares dos EUA no Japão para um comando operacional conjunto, supervisionando as forças da Marinha, Corpo de Fuzileiros Navais, Força Aérea e Exército destacadas na Ásia. Essa coordenação é crucial para operações conjuntas em possíveis conflitos futuros.
Além disso, os líderes instruirão seus ministros das Relações Exteriores e da Defesa a alinhar os detalhes em uma próxima reunião “dois mais dois”. Também será lançado um “conselho industrial militar” para explorar a co-produção de armas entre os dois países.
Na frente econômica, serão anunciados projetos de pesquisa em inteligência artificial financiados por empresas como Microsoft, Amazon e Nvidia, em colaboração com universidades tanto nos EUA quanto no Japão.
Esses acordos e mudanças marcam uma nova fase na relação entre os dois países, transformando o Japão de um parceiro regional para um parceiro global em várias questões, destacou o funcionário. Esses resultados específicos servem como base para uma aliança mais integrada no futuro.