As bolsas europeias encerraram as negociações hoje sem uma direção única, refletindo a divulgação de índices de gerentes de compras (PMI) em território de contração na região, alimentando preocupações sobre a perspectiva de juros restritivos a longo prazo. O PMI composto do Reino Unido, em particular, despertou atenção ao cair para 46,8 em setembro, segundo dados preliminares.
Os analistas interpretaram esse resultado como um sinal de que o impacto do ciclo de aumento das taxas de juros já está sendo sentido. A Capital Economics, por exemplo, expressou a opinião de que essa leitura sugere que a economia britânica pode já estar em recessão e que os juros no Reino Unido podem ter atingido seu pico. Apesar dessas preocupações, o índice FTSE 100, em Londres, conseguiu encerrar o dia com uma leve alta de 0,07%, atingindo 7.683,91 pontos. Essa alta foi sustentada principalmente pelas ações do setor de energia, que acompanharam a contínua escalada dos preços do petróleo.
As ações da BP avançaram 1,21%, enquanto a Shell registrou um aumento de 0,44%. Em Milão, a Eni também teve um desempenho positivo, subindo 1,48%. Por outro lado, o índice FTSE MIB registrou uma queda de 0,43%, encerrando o dia em 28.584,23 pontos.
Na zona do euro, o PMI composto preliminar avançou para 47,1 devido à expansão dos serviços, mas ainda permaneceu abaixo do nível neutro de 50, indicando uma contração da atividade econômica. O ING observou que esses dados sugerem, pelo menos, que a deterioração das condições econômicas “parou por enquanto.
Em uma entrevista ao Yahoo! Finance Live, Philip Lane, economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), afirmou que não vê sinais de uma possível recessão na economia da zona do euro como resultado das medidas de aperto monetário.
Em outras praças europeias, o DAX em Frankfurt registrou uma queda de 0,03%, fechando o dia com 15.566,82 pontos; o Ibex 35 em Madri recuou 0,54%, encerrando em 9.497,20 pontos; e o PSI 20 em Lisboa teve um ganho de 0,11%, alcançando 6.170,03 pontos. É importante ressaltar que essas cotações são preliminares e sujeitas a alterações à medida que mais informações e análises se tornam disponíveis.
A volatilidade nos mercados europeus reflete a incerteza em torno das condições econômicas da região e a influência das políticas monetárias em um cenário global em constante mudança. Os investidores continuam atentos a indicadores econômicos e decisões de políticas que podem afetar os mercados financeiros nos próximos meses.