Boa parte das principais bolsas europeias encerrou o pregão desta quarta-feira (29) em alta, impulsionada pelo arrefecimento da inflação na Alemanha, o que fortaleceu as expectativas de relaxamento monetário na região. O índice DAX, referência em Frankfurt, avançou 1,09% no fechamento, atingindo 16.166,45 pontos. A agência alemã de estatísticas reportou que a taxa anual do índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou para 3,8% na leitura preliminar de outubro.
O resultado consolidou as apostas de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá cortar os juros ao longo de 2024. O dirigente da instituição, Yiannis Stournaras, antecipou que espera a primeira redução da taxa básica no terceiro trimestre do próximo ano.
Em Paris, o índice CAC 40 registrou um ganho de 0,24%, alcançando 7.267,64 pontos, enquanto em Milão, o FTSE MIB teve um aumento de 1,06%, fechando a 29.688,45 pontos.
Por outro lado, Londres terminou o pregão no vermelho, com o FTSE 100 recuando 0,43%, atingindo 7.423,46 pontos. Especulações sobre a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) amanhã impuseram volatilidade às cotações da commodity, afetando as ações de empresas como Shell (-0,89%) e BP (-0,61%).
No mercado britânico, os bancos também estiveram entre os destaques negativos. A AJ Bell explicou que “o setor financeiro ajudou a arrastar o FTSE 100 para baixo em meio a especulações sobre cortes nos juros, dadas as implicações potenciais para a sua lucratividade”.
Entre as praças ibéricas, o PSI 20, de Lisboa, teve uma valorização de 0,02%, atingindo 6.439,50 pontos. Em Madri, o Ibex 35 aumentou 0,63%, fechando a 10.066,40 pontos. Vale ressaltar que as cotações são preliminares e sujeitas a ajustes.
Esses movimentos indicam a sensibilidade dos mercados às expectativas de políticas monetárias e eventos geopolíticos, destacando a importância de fatores macroeconômicos na dinâmica das bolsas europeias.