Bradesco (BBDC4) deve manter sequência de lucros e consolidar recuperação no 3º trimestre de 2025
O mercado financeiro volta suas atenções para o Bradesco (BBDC4) nesta semana, com a expectativa de divulgação do balanço referente ao terceiro trimestre de 2025. Analistas projetam continuidade da recuperação nos resultados, com lucro líquido estimado em R$ 6,1 bilhões, avanço de 17% em relação ao mesmo período de 2024, e retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) próximo a 14,85%, sinalizando que o banco caminha para romper o custo de capital de 15%.
Após um ciclo desafiador em 2023 e início de 2024, o Bradesco volta a se destacar no setor financeiro. A gestão de Marcelo Noronha parece consolidar o processo de reestruturação e modernização, com fechamento de agências, digitalização do varejo, foco no público de alta renda e maior eficiência operacional. No acumulado de 2025, as ações BBDC4 já valorizam cerca de 60%, e apenas nesta semana, subiram mais 2%, refletindo o otimismo crescente dos investidores.
Expectativa positiva: reestruturação e eficiência em alta
Para as principais casas de análise, o Bradesco (BBDC4) deve apresentar um novo trimestre de ganhos consistentes, sustentado por uma combinação poderosa de fatores:
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Carteira de crédito mais robusta e diversificada;
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Spreads mais atrativos em linha com a redução no custo de captação;
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Desempenho forte no segmento de seguros;
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Controle da inadimplência, mesmo com leve pressão em alguns setores.
A Genial Investimentos prevê crescimento robusto nas receitas e inadimplência sob controle, o que deve resultar em avanço sequencial do lucro. A instituição destaca a continuidade do plano de eficiência operacional, com a redução gradual de despesas administrativas e digitalização dos serviços.
Já o UBS BB reforça a tendência positiva, atribuindo a melhora à expansão da margem de clientes, favorecida por captação mais barata e recuperação gradual do crédito.
O JPMorgan, por sua vez, avalia que o Bradesco conseguiu controlar os níveis de NPL (créditos inadimplentes), mas observa uma leve deterioração no custo de risco, associada a empréstimos para o agronegócio, especialmente via John Deere.
O Safra aposta em mais um trimestre sólido do segmento de seguros, que deve superar o guidance anual, enquanto o Santander e o Itaú BBA acreditam em avanço na rentabilidade e melhora de 5% nos lucros em relação ao trimestre anterior.
Lucro em alta e rentabilidade crescente
O consenso da Bloomberg com base nas principais corretoras projeta um lucro médio de R$ 6,1 bilhões, com ROE entre 14,6% e 15,1% — patamar próximo ao observado nos grandes bancos privados do país.
| Corretora | Lucro (R$ bilhões) | ROE (%) |
|---|---|---|
| Genial | 6,30 | 14,6 |
| Itaú BBA | 6,30 | 15,1 |
| JPMorgan | 6,20 | 14,7 |
| Safra | 6,29 | 15,0 |
| UBS BB | 6,27 | 14,9 |
| Santander | 6,30 | 14,8 |
Esses números indicam que o Bradesco (BBDC4) deve registrar um dos melhores trimestres desde 2021, consolidando a recuperação da lucratividade e demonstrando resiliência frente às pressões macroeconômicas, especialmente o cenário de juros ainda elevados.
O papel da reestruturação sob Marcelo Noronha
Desde que assumiu o comando, Marcelo Noronha tem promovido mudanças estruturais no Bradesco, com foco em rentabilidade, eficiência e tecnologia.
As principais iniciativas incluem:
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Redução de headcount, otimizando custos;
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Expansão digital com maior integração entre canais e serviços online;
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Fortalecimento do atendimento personalizado ao cliente de alta renda;
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Investimentos em inteligência artificial e automação para reduzir custos operacionais.
Essas ações refletem o compromisso do banco em aumentar a competitividade frente ao Itaú e ao Santander, além de reverter o ciclo de lucros pressionados que se prolongou por quase dois anos.
Analistas destacam que o Bradesco (BBDC4) voltou a apresentar margem financeira crescente e qualidade saudável dos ativos, o que reforça a confiança do mercado na sustentabilidade do seu plano de recuperação.
Segmento de seguros impulsiona resultados
Um dos grandes trunfos do Bradesco (BBDC4) é o desempenho de sua área de seguros, que vem registrando resultados recordes desde o início do ano.
O segmento deve novamente superar o guidance anual, impulsionado pelo aumento da base de clientes, expansão de produtos digitais e crescimento do ticket médio nas linhas de vida, saúde e patrimonial.
O <strong data-start="5228" data-end=”5237″>Safra e o Santander destacam que a Bradesco Seguros é hoje uma das principais fontes de rentabilidade do grupo, com margem operacional acima da média do setor e potencial de continuar gerando fluxo de caixa estável e previsível.
Além disso, a estratégia de cross-selling — integrar seguros, crédito e investimentos — tem se mostrado eficaz, contribuindo para o aumento da fidelização dos clientes.
Controle da inadimplência e melhora na qualidade da carteira
Outro ponto de destaque é o controle da inadimplência (NPLs). Apesar de uma leve alta pontual em algumas carteiras, especialmente no agronegócio, o índice geral segue dentro de níveis administráveis.
A Genial e o UBS BB apontam que a qualidade dos ativos permanece saudável, e o Bradesco tem conseguido ajustar as provisões de crédito de forma conservadora, sem comprometer a rentabilidade.
Com o avanço da digitalização e automação de crédito, o banco também vem aprimorando os modelos de análise de risco e recuperação de crédito, reduzindo a exposição a operações problemáticas.
Projeções para 2026: crescimento sustentável
A perspectiva para 2026 é de crescimento sólido e sustentável. As projeções indicam que o Bradesco (BBDC4) deve acelerar os investimentos em opex, acompanhando o aumento das receitas e buscando eficiência operacional de longo prazo.
Analistas projetam crescimento de 7% nas despesas operacionais, compensado pelo aumento da margem financeira e do lucro líquido.
A expectativa é de que, no próximo ano, o banco alcance ROE acima de 15%, consolidando o ciclo de recuperação estrutural e mantendo o ritmo de valorização das ações.
Com o mercado de crédito em retomada, o segmento de seguros em alta e indicadores de rentabilidade consistentes, o Bradesco (BBDC4) tende a se posicionar novamente como uma das principais apostas do setor financeiro brasileiro.
Combinação poderosa: crédito, seguros e eficiência
O Itaú BBA sintetiza o sentimento do mercado ao definir o atual momento do banco como resultado de uma combinação poderosa: expansão do crédito, rentabilidade crescente e gestão eficiente.
Essa equação deve garantir bons resultados também em 2026, especialmente se o cenário macroeconômico seguir favorável e o custo de captação continuar recuando.
Apesar da queda nas margens com o mercado, provocada pelo aumento das taxas de juros, o consenso entre as corretoras é que isso não será suficiente para manchar o otimismo com o Bradesco, que volta a figurar entre os principais destaques do setor bancário no país.
Bradesco (BBDC4) firma nova fase de expansão e rentabilidade
O balanço do terceiro trimestre de 2025 promete confirmar o retorno do Bradesco (BBDC4) à rota de crescimento. A expectativa é de aumento do lucro, avanço na rentabilidade e fortalecimento do segmento de seguros, com controle da inadimplência e eficiência operacional em alta.
A gestão de Marcelo Noronha começa a mostrar resultados concretos de um plano de reestruturação robusto, voltado à modernização digital, redução de custos e fidelização de clientes de maior valor agregado.
Com isso, o banco não apenas recupera a confiança do mercado, como também reassume o protagonismo no sistema financeiro brasileiro, abrindo caminho para uma nova fase de expansão e valorização das ações BBDC4 em 2026.






