Nesta quarta-feira, 13 de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu realizar mais um corte na taxa básica de juros, a Selic, passando de 12,25% para 11,75% ao ano. Essa é a quarta redução consecutiva, todas elas de 0,5 ponto percentual, marcando uma série de ajustes na política monetária do Brasil. A decisão acontece em um contexto em que o Banco Central busca equilibrar a inflação e estimular o crescimento econômico.
O Brasil, após esse ajuste, conquistou a segunda posição no ranking de juros reais elaborado pela MoneYou, ficando atrás apenas do México. O levantamento do economista Jason Vieira indica que a taxa “ex-ante”, projetada para os próximos 12 meses, será de 6,11%, enquanto o México lidera com 6,58%.
A classificação no ranking de juros reais leva em consideração a inflação do país. Em novembro, na penúltima reunião do Copom, o Brasil detinha a maior taxa, revertendo a situação em setembro, quando o México liderava. A disputa mensal reflete a dinâmica entre as economias desses dois países.
Outros países latino-americanos também figuram no ranking, com a Colômbia em terceiro lugar (5,07%) e o Chile em quarto (3,81%). Notavelmente, a Argentina ocupa a última posição (40ª), registrando uma taxa negativa de -23,49%.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre a política monetária, afirmando que o Banco Central tem “gordura para queimar”. O corte atual da Selic, combinado com os anteriores, demonstra a busca por um equilíbrio entre o controle da inflação e o estímulo ao poder de compra da população.
No cenário global, o juro nominal do Brasil ainda se posiciona como o sexto maior do mundo, com a Argentina liderando o ranking (133%). Turquia (40%), Rússia (15%) e Colômbia (13,25%) também superam o Brasil nesse indicador.
O Copom, sem surpresas, optou por mais um corte na Selic, consolidando o patamar de 11,75% ao ano. Este será mantido, pelo menos, até 31 de janeiro, conforme o calendário divulgado para 2024. A decisão reflete a estratégia do Banco Central diante das condições econômicas e das projeções para a inflação. O mercado continuará a monitorar de perto os desdobramentos dessas medidas e seu impacto na economia brasileira.