Uma cena de tensão e confronto marcou o plenário da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (9), quando os parlamentares Lindbergh Farias, do PT-RJ, e Carla Zambelli, do PL-SP, trocaram provocações e ofensas, resultando em um bate-boca acalorado que exigiu a intervenção de colegas parlamentares.
O incidente teve início quando Lindbergh Farias, em seu discurso da tribuna, criticou o que ele chamou de “bravata” da “turma do Bolsonaro”. Antes que pudesse continuar seu discurso, foi interrompido por Carla Zambelli. Mesmo com a interrupção, o deputado petista prosseguiu, acusando Zambelli de perseguir uma pessoa na véspera da eleição, referindo-se a um episódio anterior.
Lindbergh declarou: “Essa deputada que está me interrompendo, andando com revólver em punho, perseguindo uma pessoa na véspera da eleição. Isso é terrorismo, querida. A senhora é uma terrorista.”
A reação de Zambelli foi imediata, e ela subiu à tribuna para responder às acusações de Lindbergh. A aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro disparou ofensas contra o petista, afirmando que ele não tinha coragem de permanecer no plenário após falar e que “é um homem que não consegue honrar nem o que tem no meio das pernas”.
Carla Zambelli também mencionou o motivo da discussão, que se originou de uma pergunta feita por ela a Lindbergh sobre o Hamas, questionando se ele considerava o grupo como terrorista. Em sua resposta, Zambelli alegou que Lindbergh não foi capaz de afirmar que o Hamas é uma organização terrorista.
O confronto entre os deputados continuou mesmo após eles deixarem a tribuna, com trocas de palavras acaloradas que precisaram ser contidas por outros parlamentares presentes no plenário.
O incidente demonstra a polarização política e a tensão que ainda persistem no cenário político brasileiro, com embates frequentes entre representantes de diferentes correntes ideológicas no Congresso Nacional.