O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desempenha um papel crucial na garantia de benefícios previdenciários e assistenciais aos trabalhadores brasileiros. Mesmo que um trabalhador não esteja enquadrado nas regras da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), o pagamento do INSS é obrigatório e essencial para acessar benefícios como o auxílio-doença. Embora muitos acreditem que os valores do INSS não sejam suficientes para a aposentadoria e busquem alternativas, não contribuir pode configurar sonegação fiscal e prejudicar os direitos futuros.
Variações nos Percentuais de Recolhimento
Os percentuais de recolhimento do INSS podem variar de 5% a 20%, dependendo da situação do contribuinte. No caso da população de baixa renda que se dedica exclusivamente ao trabalho doméstico em casa, a contribuição é fixada em 5%. Já para os empregados sob o regime da CLT, os descontos são diretamente deduzidos do salário.
Os trabalhadores autônomos e profissionais liberais, por sua vez, precisam efetuar o recolhimento de forma independente. Nesse contexto, diferenças nos percentuais e nos procedimentos de contribuição podem ser observadas entre aqueles que trabalham para Pessoas Jurídicas (PJ) e aqueles que não têm relação com PJ. A contribuição de autônomos também não segue o mesmo padrão do INSS do Simples Nacional.
Contribuição Autônoma: Etapas para Pagamento
Para aqueles que precisam efetuar o pagamento do INSS de forma autônoma, alguns passos são necessários:
1. Cálculo Personalizado: O primeiro passo é calcular o valor específico de contribuição de acordo com a situação financeira. Diferentes opções de planos (Simplificado e Normal) devem ser consideradas.
2. Escolha do Plano: O plano Tradicional implica em uma contribuição de 20% do salário, com mínimo de R$ 1.320 (valor do salário mínimo) e máximo limitado pelo teto do INSS. O plano Simplificado cobra apenas 11% do salário mínimo, porém tem restrições quanto à aposentadoria por tempo de serviço.
3. Emissão da Guia de Previdência Social (GPS): Após calcular e escolher o plano adequado, a guia deve ser emitida. O Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) é essencial nesse processo. O mês de contribuição e o valor devem ser informados, bem como o código de arrecadação correspondente ao plano escolhido.
4. Pagamento: O pagamento mensal ou trimestral pode ser feito por meio da guia emitida. O recolhimento efetivo é necessário para garantir a manutenção dos benefícios previdenciários.
Contribuição Empresarial
Empresas também têm obrigações quanto ao pagamento do INSS. Para os sócios que trabalham na empresa, o recolhimento é sobre o pró-labore. A contabilidade da empresa deve emitir a folha de pagamento referente ao pró-labore dos sócios, incluindo o desconto do INSS.
Já para os colaboradores da empresa, os descontos do INSS são computados na folha de pagamento dos funcionários, e a contabilidade é responsável por emitir a guia de INSS para a quitação da contribuição referente à empresa.
O pagamento do INSS, seja por trabalhadores autônomos ou empresas, é uma etapa fundamental para garantir benefícios previdenciários e a proteção social. Conhecer os procedimentos e seguir as regras de contribuição é essencial para assegurar o acesso a direitos previdenciários e evitar problemas com a fiscalização.