Cotação do dólar: impacto no mercado financeiro e tendências
Na última segunda-feira (10), o dólar registrou alta de 1,06%, sendo cotado a R$ 5,8515. Enquanto isso, o Ibovespa apresentou queda de 0,41%, fechando aos 124.519 pontos. O cenário global segue instável, influenciado por fatores como a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem elevado as incertezas no mercado financeiro.
Abertura do mercado nesta terça-feira (11)
O mercado começou o dia com oscilações. Às 09h02, a cotação do dólar apresentava queda de 0,19%, sendo negociada a R$ 5,8405. Já o Ibovespa iniciou suas operações às 10h, com investidores atentos aos desdobramentos da política tarifária norte-americana e às novas medidas econômicas do governo brasileiro.
Acumulado do dólar no período
Com a recente oscilação, a moeda norte-americana apresenta os seguintes resultados acumulados:
- Alta de 1,06% na semana;
- Queda de 1,09% no mês;
- Perdas de 5,31% no ano.
Já o Ibovespa registra:
- Recuo de 0,41% na semana;
- Alta de 1,40% no mês;
- Ganho de 3,52% no ano.
Fatores que influenciam a cotação do dólar
O comportamento do dólar é influenciado por uma série de fatores, incluindo política internacional, taxas de juros dos EUA, fluxo de investimentos estrangeiros e políticas econômicas nacionais.
No atual cenário, a política tarifária de Trump tem gerado incertezas globais. Em entrevista à Fox News, o presidente norte-americano não descartou uma recessão e destacou a possibilidade de aumento de preços no período transitório das novas tarifas.
Implicações das tarifas dos EUA no mercado financeiro
A imposição e a retirada frequente de tarifas sobre importantes parceiros comerciais, como Canadá e México, têm gerado instabilidade no mercado. Na semana passada, Trump isentou temporariamente esses países das tarifas de 25%, após ameaças de retaliação.
Na União Europeia, o chefe de comércio Maros Sefcovic declarou que os esforços para evitar um conflito comercial com os EUA não avançaram como esperado. A resistência de Washington às negociações aumentou as preocupações sobre o impacto das tarifas no crescimento global.
Expectativas inflacionárias e mercado financeiro
Outro fator que mexe com os mercados é a expectativa inflacionária nos EUA. O índice de expectativa de inflação do Federal Reserve de Nova York indicou que os americanos estão mais preocupados com a economia. A projeção de inflação para um ano subiu para 3,1%, acima dos 3% de janeiro.
Economia chinesa em foco
Os investidores também monitoram os dados de inflação ao consumidor na China. Os números divulgados no fim de semana apontaram para uma tendência deflacionária persistente, o que pode impactar os mercados emergentes, incluindo o Brasil.
Perspectivas para o Brasil
No cenário doméstico, os investidores acompanham os próximos indicadores econômicos. Nos próximos dias, serão divulgados dados sobre produção industrial, setor de serviços e inflação de fevereiro.
O governo também tem tomado medidas para controlar os preços dos alimentos. O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou a isenção de tarifas de importação sobre produtos como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. No entanto, especialistas alertam que essas medidas podem ter impacto fiscal significativo.
Segundo um estudo do economista Felipe Salto, da Warren Investimentos, a isenção pode reduzir a arrecadação em até R$ 1 bilhão ao ano. “O total da arrecadação perdida dependerá do início da vigência da medida”, destacou.
Em declaração recente, o presidente Lula enfatizou sua preocupação com o aumento dos preços dos alimentos e afirmou que não descarta medidas adicionais para conter a inflação.
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A volatilidade do dólar continua sendo um reflexo da instabilidade política e econômica global. As incertezas sobre as tarifas impostas por Trump e os desafios do mercado doméstico brasileiro reforçam a necessidade de acompanhar de perto os próximos desdobramentos.