Autoridades de segurança de alto escalão de Estados Unidos, China, Japão, Índia e Ucrânia se reunirão em breve em Copenhague para discutir a guerra, um movimento que traz à mesa de negociações países que, até agora, permaneceram neutros.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a criação de um fórum envolvendo países não alinhados para discutir a guerra com a Rússia, na cúpula do grupo das sete principais economias ricas (G7) que ocorreu no mês passado em Hiroshima. O evento contou com a presença de líderes de outras nações, como Índia e Brasil.
É possível que a reunião em Copenhague também inclua o conselheiro de segurança nacional dos EUA Jake Sullivan e o diplomata japonês Takeo Akiba.
Continuam em andamento as discussões para que autoridades da Arábia Saudita, África do Sul, Brasil e Turquia participem do evento.
O comunicado do G7 divulgado após o final da cúpula no Japão ressaltou a intenção do grupo de aumentar a cooperação com países emergentes e em desenvolvimento para manter a ordem internacional baseada no Estado de Direito. O texto pediu explicitamente à China que pressione “a Rússia a parar sua agressão militar” e retirar as tropas da Ucrânia.
Kiev lançou uma contra-ofensiva para retomar o território controlado pela Rússia, mas Zelensky reconheceu, na quarta-feira (21), que o progresso foi “mais lento do que o desejado”. Sem perspectiva de cessar-fogo à vista, aumentam as preocupações de que o conflito continue de maneira indeterminada.
Soldados dispiram projétil durante a guerra na Ucrânia — Foto: LIBKOS/AP