quinta-feira, 25 de dezembro de 2025
contato@gazetamercantil.com
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
Home Business

Justiça decreta falência da Oi e mantém serviços essenciais sob controle judicial

por Redação
10/11/2025
em Business, Destaque, News
Justiça Decreta Falência Da Oi E Mantém Serviços Essenciais Sob Controle Judicial - Gazeta Mercantil

Justiça decreta falência da Oi e mantém serviços essenciais sob controle judicial

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência da Oi nesta segunda-feira (10), pondo fim ao que foi o maior processo de recuperação judicial da história do Brasil. A decisão, assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio, reconhece a insolvência patrimonial do Grupo Oi e determina a continuidade provisória dos serviços essenciais sob supervisão judicial, para evitar prejuízos à infraestrutura nacional.

O processo abrange as empresas Oi S.A., Portugal Telecom International Finance (PTIF) e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A., que compõem o conglomerado. Segundo o despacho, a companhia atingiu uma “situação de liquidação substancial”, com receita mensal de R$ 200 milhões frente a uma dívida extraconcursal de R$ 1,7 bilhão, além de ter alienado seus principais ativos operacionais, o que inviabilizou o cumprimento do plano de recuperação aprovado em 2024.


Falência da Oi: uma decisão inevitável após descumprimento do plano de recuperação

O pedido de falência do Grupo Oi foi motivado pelo descumprimento das obrigações assumidas durante o plano de recuperação judicial. A magistrada destacou que a empresa deixou de pagar credores, não manteve garantias contratuais e vendeu ativos estratégicos, como Oi Fibra, Oi TV e parte da infraestrutura de rede.

Essas operações, segundo o relatório judicial, configuraram esvaziamento patrimonial, tornando a Oi incapaz de honrar compromissos financeiros e de sustentar suas operações. O conjunto de fatores levou à conclusão de que a companhia havia perdido a viabilidade empresarial, encerrando assim o segundo processo de recuperação em menos de uma década.

A juíza Simone Chevrand foi categórica ao afirmar que não há mais atividade econômica capaz de justificar a manutenção da empresa em recuperação judicial, determinando a conversão imediata do processo em falência.


Continuidade provisória dos serviços essenciais da Oi Soluções

Apesar da decretação da falência da Oi, a Justiça determinou que a unidade Oi Soluções — responsável por contratos de conectividade e infraestrutura de comunicação com órgãos públicos — continue operando de forma provisória.

A Oi Soluções atende clientes estratégicos, como:

  • CINDACTA (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo);

  • Bancos e instituições financeiras;

  • Órgãos federais, estaduais e municipais;

  • Empresas públicas de infraestrutura e energia.

A decisão visa evitar o colapso de serviços essenciais e garantir a transição ordenada para novos operadores. A gestão provisória ficará a cargo do administrador judicial Bruno Rezende, agora nomeado administrador da massa falida.


Bloqueio de bens e afastamento da diretoria

Com a falência da Oi, a Justiça determinou o afastamento imediato da atual diretoria e do conselho de administração. Todos os bens e valores obtidos com a venda de ativos permanecem bloqueados, incluindo os recursos vinculados ao “caixa restrito V.Tal”, que abrigava parte do capital levantado com a venda da rede de fibra óptica.

O termo legal da falência foi fixado em 90 dias antes do pedido de recuperação judicial cautelar, delimitando o período que será analisado para possíveis atos de dilapidação patrimonial.

O administrador judicial Bruno Rezende passa a ser o responsável pela gestão da massa falida, coordenação dos contratos públicos ainda ativos e liquidação dos bens da companhia.


Falência da Oi encerra ciclo iniciado em 2016

A decisão marca o encerramento definitivo da trajetória judicial da Oi, que iniciou seu primeiro processo de recuperação judicial em 2016, com dívida superior a R$ 65 bilhões — a maior já registrada no país.

Após anos de renegociações, a empresa chegou a sair formalmente da recuperação em 2023, mas voltou a enfrentar desequilíbrio financeiro em menos de um ano. O segundo pedido de recuperação judicial, homologado em 2024, não conseguiu conter o avanço da crise.

A juíza apontou que a Oi chegou a uma situação de liquidação substancial, esvaziando seu patrimônio e perdendo capacidade operacional. Entre os ativos alienados estavam:

  • Oi Móvel, vendida para Claro, TIM e Vivo;

  • Oi Fibra, transferida à empresa V.Tal;

  • Participações em torres e datacenters;

  • E ativos internacionais da antiga Portugal Telecom.

Sem geração de caixa suficiente e com passivos crescentes, a empresa se tornou insolvente e inviável economicamente.


Impactos da falência da Oi no mercado e nos serviços públicos

A falência da Oi tem repercussões amplas no mercado de telecomunicações, já que a companhia ainda detém participações relevantes em contratos públicos e corporativos.

Segundo analistas do setor, a decisão da Justiça reforça a necessidade de reestruturação urgente da infraestrutura crítica de comunicações no Brasil. A Oi, ao longo das décadas, foi responsável por uma rede de fibra e cabos que atendia desde empresas privadas até órgãos governamentais estratégicos, incluindo sistemas de defesa e controle aéreo.

Mesmo falida, a Justiça determinou que os serviços essenciais não sejam interrompidos até a conclusão de uma transição segura. O administrador judicial deverá coordenar o repasse dos contratos e assegurar continuidade sem interrupções de conectividade, dados e comunicação crítica.


O colapso financeiro da Oi: de gigante à insolvência

A Oi S.A. foi criada a partir da antiga Telemar e, durante anos, figurou entre as maiores operadoras do país. O grupo expandiu-se agressivamente, incluindo a fusão com a Brasil Telecom e a compra da Portugal Telecom, operação que acabou agravando o endividamento da empresa.

O modelo de negócios baseado em alavancagem, aliado à queda de receita nos serviços de telefonia fixa e à mudança tecnológica acelerada, levou a empresa a uma trajetória de deterioração.

Mesmo após o primeiro processo de recuperação judicial, a Oi não conseguiu adaptar-se à nova realidade do setor. As sucessivas vendas de ativos, que buscavam aliviar o endividamento, acabaram esvaziando a estrutura operacional e comprometendo o fluxo de receita.

Quando ingressou com o segundo pedido de recuperação em 2024, o grupo já operava em situação de liquidez crítica, sem condições de cumprir o plano acordado com credores.


O papel do administrador judicial na falência da Oi

O administrador judicial Bruno Rezende passa a ser a figura central no processo de liquidação da massa falida da Oi. Caberá a ele:

  1. Preservar a continuidade temporária dos serviços essenciais;

  2. Gerir o patrimônio remanescente e evitar dispersão de ativos;

  3. Garantir a transparência na prestação de contas ao juízo;

  4. Articular a negociação com eventuais compradores dos contratos operacionais;

  5. Apresentar relatório de liquidação e mapear passivos e credores.

O processo é considerado complexo e de alta relevância econômica, dada a dimensão da Oi e sua presença em setores críticos.


Consequências jurídicas e econômicas para credores e investidores

Com a falência da Oi, credores nacionais e estrangeiros passam a integrar a massa falida, seguindo a ordem de prioridade estabelecida pela Lei de Falências (Lei nº 11.101/2005).

Entre os principais grupos de credores estão:

  • Bancos nacionais e internacionais;

  • Fornecedores de equipamentos de telecomunicação;

  • Empresas de infraestrutura e tecnologia;

  • Trabalhadores e prestadores de serviço.

Os ativos bloqueados e eventuais bens remanescentes serão utilizados para liquidar dívidas, seguindo critérios de proporcionalidade e prioridade.

O impacto da decisão também se estende ao mercado de capitais: as ações da Oi, listadas sob o ticker OIBR3, tendem a sofrer forte desvalorização, refletindo o encerramento formal das operações e a conversão em massa falida.


Perspectivas para o setor de telecomunicações

A falência da Oi encerra um ciclo de reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro, que agora se concentra em três grandes grupos — Vivo, TIM e Claro.

A ausência da Oi como operadora competitiva reforça a concentração de mercado e abre espaço para discussões sobre regulação, concorrência e universalização de serviços.

Especialistas destacam que, apesar da falência, a base tecnológica da Oi Soluções ainda é estratégica e poderá ser absorvida por empresas ou consórcios interessados em assumir contratos públicos de grande porte.


O fim de uma era nas telecomunicações brasileiras

A falência da Oi simboliza o encerramento definitivo de um ciclo de 25 anos de tentativas de reestruturação financeira, marcada por endividamento excessivo, mudanças tecnológicas e decisões corporativas equivocadas.

A decisão judicial de manter serviços essenciais operando temporariamente busca proteger a infraestrutura nacional e evitar impactos sobre comunicações críticas, como o controle do tráfego aéreo.

O caso da Oi passa a ser um marco jurídico e econômico, servindo de alerta sobre os riscos de má gestão, endividamento em larga escala e falta de inovação em setores estratégicos da economia.

Tags: administrador judicialBruno Rezendedívida da Oifalência da OiGrupo Oimassa falidaOi S.A.Oi SoluçõesOIBR3recuperação judicial da OiSimone Gastesi Chevrandtelecomunicações

LEIA MAIS

Lula Defende Fim Da Escala 6X1 E Destaca Avanços Econômicos Em Mensagem De Natal - Gazeta Mercantil
Política

Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal

A mensagem de Natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, transmitida em rede nacional de rádio e televisão na noite de 24 de dezembro, consolidou-se como um...

MaisDetails
Carta De Bolsonaro Antes De Cirurgia Redefine Sucessão Política Para 2026 - Gazeta Mercantil
Política

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia marca novo capítulo político e redefine sucessão no campo conservador A divulgação da carta de Bolsonaro na manhã do dia 25 de...

MaisDetails
Salário Mínimo 2026 É Oficializado Em R$ 1.621 E Garante Reajuste Acima Da Inflação - Gazeta Mercantil
Economia

Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação

Governo oficializa salário mínimo de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026 O governo federal oficializou o novo salário mínimo 2026, fixando o valor em...

MaisDetails
Bolsa De Valores Funciona Hoje? Veja O Funcionamento Da B3 No Natal - Gazeta Mercantil
Economia

Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal

Bolsa de Valores funciona hoje? Entenda o funcionamento da B3 no Natal e no fim de ano A dúvida sobre se a Bolsa de Valores funciona hoje se...

MaisDetails
Cirurgia De Bolsonaro: Segurança, Decisão Do Stf E Detalhes Da Internação - Gazeta Mercantil
Política

Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação

Cirurgia de Bolsonaro ocorre sob forte esquema de segurança e vigilância permanente A cirurgia de Bolsonaro tornou-se um dos temas centrais do noticiário político e jurídico nacional ao...

MaisDetails
PUBLICIDADE

GAZETA MERCANTIL

Lula Defende Fim Da Escala 6X1 E Destaca Avanços Econômicos Em Mensagem De Natal - Gazeta Mercantil
Política

Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal

Carta De Bolsonaro Antes De Cirurgia Redefine Sucessão Política Para 2026 - Gazeta Mercantil
Política

Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026

Salário Mínimo 2026 É Oficializado Em R$ 1.621 E Garante Reajuste Acima Da Inflação - Gazeta Mercantil
Economia

Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação

Bolsa De Valores Funciona Hoje? Veja O Funcionamento Da B3 No Natal - Gazeta Mercantil
Economia

Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal

Cirurgia De Bolsonaro: Segurança, Decisão Do Stf E Detalhes Da Internação - Gazeta Mercantil
Política

Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação

Por Que 2025 Foi O Ano Dos Bilionários E Da Maior Concentração De Riqueza Da História - Gazeta Mercantil
Economia

Por que 2025 foi o ano dos bilionários e da maior concentração de riqueza da história

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco
Gazeta Mercantil Logo White

contato@gazetamercantil.com

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

Veja Também:

  • Lula defende fim da escala 6×1 e destaca avanços econômicos em mensagem de Natal
  • Carta de Bolsonaro antes de cirurgia redefine sucessão política para 2026
  • Salário mínimo 2026 é oficializado em R$ 1.621 e garante reajuste acima da inflação
  • Bolsa de Valores funciona hoje? Veja o funcionamento da B3 no Natal
  • Cirurgia de Bolsonaro: segurança, decisão do STF e detalhes da internação
  • Por que 2025 foi o ano dos bilionários e da maior concentração de riqueza da história
  • Anuncie Conosco
  • Política de Correções
  • Política de Privacidade LGPD
  • Política Editorial
  • Termos de Uso
  • Sobre

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com

Sem resultados
Todos os resultados
  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com