O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que tanto a equipe econômica quanto o Congresso Nacional assumirão a responsabilidade de encontrar uma alternativa à Medida Provisória (MP) 1.227, que teve partes devolvidas pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A MP tinha como objetivo limitar as compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
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Haddad expressou preocupação com as fraudes nas compensações de PIS/Cofins e a necessidade de combater esse problema. Ele ressaltou que não há um plano B definido no momento e que está em contato com líderes do Congresso para encontrar uma saída viável.
Experiências Anteriores
O ministro lembrou de situações semelhantes ocorridas no ano passado, quando o Congresso incorporou partes de medidas provisórias a projetos de lei em regime de urgência, sem a devolução dos textos ao governo. Essa abordagem pode ser adotada novamente para lidar com a atual situação.
Colaboração com o Senado
Haddad ofereceu os técnicos da Receita Federal para auxiliar o Senado na elaboração de um texto alternativo à medida provisória devolvida. Ele enfatizou a importância de encontrar uma solução dentro do prazo estabelecido, destacando a disposição do governo em colaborar com o processo.
Determinação do Supremo Tribunal Federal
O governo e o Congresso têm um prazo de 60 dias, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para encontrar uma fonte de receita que compense o prolongamento da desoneração da folha de pagamento e a redução da contribuição à Previdência pelas prefeituras de cidades com até 126 mil habitantes.
Combate às Fraudes
A MP 1.227 foi justificada pela detecção de até R$ 25 bilhões por ano em suspeitas de fraude no uso de compensações de PIS/Cofins pela Receita Federal. Haddad enfatizou a importância de responsabilizar criminalmente os envolvidos em fraudes, enquanto destaca a necessidade de transparência nas declarações fiscais das empresas.
Colaboração do Setor Privado
Apesar da devolução de parte da MP, Pacheco manteve uma parte que exigirá que as empresas declarem os incentivos fiscais que recebem num sistema informatizado. Haddad ressaltou que essa medida facilitará a fiscalização e ajudará o governo a monitorar as atividades das empresas.
Diante desse cenário desafiador, a colaboração entre o governo, o Congresso e o setor privado é fundamental para encontrar soluções que atendam às necessidades econômicas e fiscais do país.