O GPA (Companhia Brasileira de Distribuição) acaba de divulgar a contratação do Itaú BBA e do BTG Pactual para avaliar a viabilidade de uma oferta primária de ações, visando captar aproximadamente R$ 1 bilhão. O BR Partners também foi engajado como assessor financeiro nesse processo. Essa iniciativa representa mais um passo significativo da empresa para reduzir sua alavancagem, após as recentes vendas de participações na CNova e Éxito.
Para dar continuidade a esse plano, o GPA convocou uma assembleia geral extraordinária, onde será discutida a proposta de aumento de capital autorizado para 800 milhões de ações ordinárias. Além disso, a assembleia abordará a eleição de uma nova chapa para o conselho de administração, condicionada à realização da oferta. A posse da nova chapa está prevista para ocorrer 30 dias após a liquidação da oferta.
O follow-on proposto resultará em diluição significativa para os acionistas que optarem por não aderir à oferta, considerando que o valor de mercado atual do GPA é praticamente equivalente à oferta, totalizando R$ 1,17 bilhão.
O balanço mais recente do GPA, referente ao terceiro trimestre, indicou uma dívida líquida de R$ 3 bilhões, com alavancagem de 2,5 vezes o Ebitda, apresentando uma redução de 0,5 vez em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa métrica não inclui as vendas recentes de ativos que não fazem parte do núcleo estratégico da empresa.
O plano estratégico envolve não apenas a captação de recursos, mas também uma reorganização do conselho de administração, com a proposta de uma chapa composta por nove membros, incluindo seis independentes, dois ligados ao grupo francês Casino (controlador do GPA), e o CEO Marcelo Pimentel.
Espera-se que a realização da oferta, se aprovada, seja um marco importante na trajetória de fortalecimento financeiro e estratégico do GPA.