sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
contato@gazetamercantil.com
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
Home Economia

Inflação medida pelo IPCA desacelera em maio, mas pressiona Selic e economia

11/09/2025
em Economia, Destaque, News
Inflação Medida Pelo Ipca Desacelera Em Maio, Mas Pressiona Selic E Economia - Gazeta Mercantil - Jornal De Economia

Inflação medida pelo IPCA desacelera em maio e pressiona política monetária do Banco Central

Índice de inflação oficial do Brasil mostra sinais de arrefecimento, mas segue acima do teto da meta

A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) vem sendo acompanhada com lupa por analistas, economistas e investidores, principalmente após sinais de desaceleração em meio a um cenário macroeconômico desafiador. De acordo com projeções de mercado, o índice de inflação de maio deve registrar alta de 0,34%, abaixo dos 0,43% verificados em abril. Apesar da desaceleração, o IPCA ainda se mantém acima do teto da meta anual, estabelecido em 4,5%.

O comportamento da inflação é um dos principais determinantes da política monetária no Brasil. Com o IPCA pressionado, o Banco Central tem mantido a taxa básica de juros (Selic) em 14,75% ao ano — o maior patamar desde 2006 — numa tentativa drástica de conter a alta de preços e ancorar as expectativas inflacionárias.

Pressão dos alimentos diminui e passagens aéreas registram deflação

Segundo estimativas de instituições financeiras e consultorias econômicas, o alívio inflacionário em maio está relacionado principalmente à desaceleração dos preços dos alimentos, que vinham sendo os grandes vilões da inflação nos meses anteriores. Além disso, espera-se uma deflação nas passagens aéreas, que tradicionalmente sofrem variações sazonais.

Esse recuo no IPCA de maio é visto com alívio pelo mercado, mas não altera de imediato a necessidade de juros elevados, considerando que a inflação acumulada em 12 meses ainda está acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Política monetária: Selic elevada e desafios fiscais à vista

A inflação medida pelo IPCA continua influenciando diretamente as decisões de política monetária. Com a Selic projetada para se manter em 14,75% até o fim de 2025, segundo o Boletim Focus, o Brasil vive um dos ciclos mais prolongados de aperto monetário em sua história recente. Essa taxa é considerada “draconiana” por alguns analistas, uma vez que encarece o crédito, impacta a atividade econômica e aumenta os custos de financiamento do setor produtivo.

Ao mesmo tempo, o governo enfrenta uma difícil equação fiscal. A proposta de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), discutida recentemente, gera reações negativas no mercado, pois pode onerar ainda mais as transações financeiras em um momento de baixo crescimento. A combinação entre juros altos e incertezas fiscais tem sido responsável por pressionar o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira.

IPCA e expectativas para o segundo semestre

Embora o alívio inflacionário em maio represente uma boa notícia para o curto prazo, os desafios permanecem para o segundo semestre. O comportamento do câmbio, os efeitos climáticos sobre safras agrícolas e os desdobramentos da política fiscal são variáveis que ainda podem influenciar a inflação medida pelo IPCA nos próximos meses.

O segundo semestre também tende a trazer maior volatilidade nos preços administrados, como energia elétrica e combustíveis, o que pode reverter parte da desaceleração observada em maio. Portanto, o controle da inflação exige atenção contínua, sobretudo em um ambiente internacional instável.

Mercado internacional: EUA e China retomam negociações

O cenário global também exerce influência sobre o comportamento da inflação no Brasil. Nos Estados Unidos e China, as tensões comerciais continuam gerando incertezas. Nesta terça-feira, representantes dos dois países retomam as negociações em Londres, buscando um acordo para atenuar os conflitos tarifários que vêm afetando o comércio global.

O presidente americano afirmou que os relatórios apontam progresso nas conversas, embora tenha mantido o tom crítico em relação à China. A ausência de uma agenda econômica forte no exterior amplia a atenção dos mercados sobre o desdobramento dessas negociações, que podem impactar diretamente os preços das commodities e, por consequência, a inflação medida pelo IPCA no Brasil.

Incertezas fiscais e o impacto no comportamento do mercado

No plano interno, os investidores seguem atentos às movimentações do governo para cobrir o aumento das despesas públicas. A busca por novas receitas e a possibilidade de mais tributos geram receios entre agentes econômicos. O mercado reage com cautela a essas sinalizações, enquanto o Ibovespa opera com volatilidade, refletindo o ambiente de incerteza.

Além disso, a agenda de hoje conta com eventos importantes. O IBGE divulga o IPCA de maio às 9h, e outras autoridades econômicas, como Galípolo (Banco Central), Dario Durigan (Ministério da Fazenda) e Rogério Lucca (Banco Central), participam de palestras e audiências públicas, o que pode trazer novidades relevantes ao mercado.

Expectativa de inflação e credibilidade do Banco Central

Um dos maiores desafios enfrentados pelo Banco Central é manter a credibilidade diante da pressão inflacionária persistente. A inflação medida pelo IPCA ainda mostra resistência em retornar ao centro da meta, o que limita o espaço para cortes na Selic, mesmo diante de uma economia que cresce lentamente.

A autoridade monetária tem reforçado a importância do compromisso com o regime de metas de inflação. A postura firme na condução da política monetária é fundamental para alinhar as expectativas e evitar uma espiral de preços.

Selic alta: alívio ou obstáculo?

Embora necessária para o controle da inflação, a Selic em 14,75% gera impactos colaterais. O custo elevado do crédito dificulta o investimento e o consumo, podendo enfraquecer ainda mais a economia. Com isso, cresce o debate entre economistas sobre o momento ideal para iniciar um ciclo de flexibilização monetária.

Contudo, com a inflação medida pelo IPCA ainda acima do teto da meta, o Banco Central dificilmente se moverá sem sinais concretos de desinflação sustentada. A decisão requer cautela, pois movimentos prematuros podem comprometer o combate à inflação.

Inflação sob controle ainda é desafio

O comportamento da inflação medida pelo IPCA em maio é um sinal positivo, mas não suficiente para mudar o rumo da política monetária. O cenário continua delicado, com pressões fiscais internas, incertezas externas e uma economia que cresce com dificuldade. O Banco Central permanece vigilante, priorizando o controle da inflação mesmo ao custo de manter os juros em níveis elevados.

A trajetória futura da inflação dependerá não apenas dos dados econômicos, mas também da atuação coordenada entre política monetária, fiscal e estrutural. O alívio recente é bem-vindo, mas não representa o fim da batalha contra a inflação.

Tags: Banco Central e juroscenário fiscal Brasil.deflação passagens aéreaseconomia brasileira 2025Inflação Alimentosinflação no BrasilIPCA de maiometa de inflaçãopolítica monetáriataxa Selic 2025

LEIA MAIS

Brasil Amplia Exportações Do Agronegócio Com Índia E Rússia - Gazeta Mercantil
Agronegócio

Brasil amplia exportações do agronegócio com Índia e Rússia

Brasil amplia acesso a mercados com novo acordo que fortalece o agronegócio A conclusão das negociações fitossanitárias entre Brasil, Índia e Rússia representa um dos movimentos diplomáticos e...

MaisDetails
Exportações Aos Eua Caem 28% E Ampliam Déficit Da Balança Brasileira - Gazeta Mercantil
Economia

Exportações aos EUA caem 28% e ampliam déficit da balança brasileira

Exportações aos EUA caem 28% em novembro e ampliam pressão sobre o comércio exterior brasileiro A queda expressiva das exportações aos EUA em novembro acendeu um sinal de...

MaisDetails
Extradição De Carla Zambelli É Adiada Novamente Na Itália - Gazeta Mercantil
Política

Extradição de Carla Zambelli é adiada novamente na Itália

Audiência sobre a extradição de Carla Zambelli volta a ser adiada na Itália e expõe impasse diplomático A disputa judicial que envolve a extradição de Carla Zambelli ganhou...

MaisDetails
Globo Registra R$ 13,1 Bi, Mas Vê Pressão Sobre Faturamento - Gazeta Mercantil
Business

Globo registra R$ 13,1 bi, mas vê pressão sobre faturamento

Globo enfrenta desafios apesar do forte faturamento de R$ 13,1 bilhões em 2025 A Globo encerrou os nove primeiros meses de 2025 com um dado incontestável: o faturamento...

MaisDetails
Dinâmica Entre Juros, Tarifas, Geopolítica E Realocação Global De Capital Define O Comportamento Do Dólar E Do Euro E Reacende Debate Sobre O Rumo Do Câmbio Em 2026. - Gazeta Mercantil
Destaque

Câmbio em 2026: dólar, euro e real em novo cenário global

Câmbio em 2026: o que esperar do dólar e do euro após um ano histórico para as moedas globais A discussão sobre o câmbio em 2026 ganhou força...

MaisDetails
PUBLICIDADE

GAZETA MERCANTIL

Brasil Amplia Exportações Do Agronegócio Com Índia E Rússia - Gazeta Mercantil
Agronegócio

Brasil amplia exportações do agronegócio com Índia e Rússia

Exportações Aos Eua Caem 28% E Ampliam Déficit Da Balança Brasileira - Gazeta Mercantil
Economia

Exportações aos EUA caem 28% e ampliam déficit da balança brasileira

Extradição De Carla Zambelli É Adiada Novamente Na Itália - Gazeta Mercantil
Política

Extradição de Carla Zambelli é adiada novamente na Itália

Globo Registra R$ 13,1 Bi, Mas Vê Pressão Sobre Faturamento - Gazeta Mercantil
Business

Globo registra R$ 13,1 bi, mas vê pressão sobre faturamento

Dinâmica Entre Juros, Tarifas, Geopolítica E Realocação Global De Capital Define O Comportamento Do Dólar E Do Euro E Reacende Debate Sobre O Rumo Do Câmbio Em 2026. - Gazeta Mercantil
Destaque

Câmbio em 2026: dólar, euro e real em novo cenário global

Crédito Digital Acelera A Economia E Amplia Inclusão No Brasil - Gazeta Mercantil
Economia

Crédito digital acelera a economia e amplia inclusão no Brasil

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco
Gazeta Mercantil Logo White

contato@gazetamercantil.com

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

Veja Também:

  • Brasil amplia exportações do agronegócio com Índia e Rússia
  • Exportações aos EUA caem 28% e ampliam déficit da balança brasileira
  • Extradição de Carla Zambelli é adiada novamente na Itália
  • Globo registra R$ 13,1 bi, mas vê pressão sobre faturamento
  • Câmbio em 2026: dólar, euro e real em novo cenário global
  • Crédito digital acelera a economia e amplia inclusão no Brasil

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com

Sem resultados
Todos os resultados
  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com