A estudante Carolina Arruda, de 27 anos, diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, conhecida como a “pior dor do mundo”, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Alfenas, em Minas Gerais. Ela afirmou que não está sentindo dores, e deverá retornar para um quarto do hospital.
Dias de Sedação e Exames
Carolina passou por dias de sedação e dezenas de exames foram realizados para determinar o tratamento adequado. Uma ressonância magnética confirmou o tipo de dor que ela estava sentindo. O médico responsável, Carlos Marcelo, afirmou que a paciente receberá um tratamento avançado para combater as dores.
Esperança e Alívio
Antes de ser levada para a UTI, Carolina estava otimista em relação ao novo tratamento e esperançosa de que as dores passariam. Seu relato recente de alívio confirma o sucesso inicial do tratamento.
Entendendo a Neuralgia do Trigêmeo
A neuralgia do trigêmeo é uma síndrome extremamente dolorosa, caracterizada por dores no rosto que se assemelham a choques elétricos ou fortes pontadas. As crises podem ocorrer em intervalos curtos e durar até duas horas. A condição é mais comum em mulheres do que em homens e geralmente afeta pessoas com mais de 50 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. A incidência de novos casos é de aproximadamente 12 por 100.000 pessoas por ano.
Carolina descreve a experiência da dor como “choques elétricos equivalentes ao triplo da carga de uma rede 220 volts, que atravessam meu rosto constantemente, sem aviso e sem trégua.” Ela também ressaltou a complexidade de sua situação, pois a neuralgia é bilateral, afetando ambos os lados do rosto.
A História de Carolina
Carolina Arruda é estudante de medicina veterinária e mãe de uma menina de 10 anos. Ela mora em Bambuí, Minas Gerais, e é casada. A estudante começou a sentir as dores aos 16 anos, durante a gravidez e enquanto se recuperava de uma dengue. O diagnóstico de neuralgia do trigêmeo foi feito há sete anos pelo neurocirurgião Marcelo Senna, que também havia diagnosticado o bisavô de Carolina.
Com o avanço no tratamento e o recente alívio das dores, Carolina continua sua luta contra a neuralgia do trigêmeo, esperançosa de que os dias de dor extrema fiquem no passado.