O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, revelou que o principal problema envolvendo o caso das joias presenteadas foi a entrada ilegal dos presentes no país. Essas declarações foram feitas durante uma conversa com o ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, logo após as primeiras notícias sobre o caso. Os diálogos foram revelados pela colunista Juliana Dal Piva, do UOL.
Contexto do Caso:
Em outubro de 2021, durante uma fiscalização em passageiros que desembarcavam em Guarulhos, São Paulo, vindos da Arábia Saudita, agentes da alfândega encontraram na bagagem de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, as joias presenteadas pelo governo saudita à Presidência.
Cid Reconhece Interesse Público:
O ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, também afirmou que sabia que as joias não eram de propriedade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele destacou que as joias eram de “interesse público, mesmo que sejam privadas”. Além disso, ele tirou fotos da Lei 8.394, sublinhando o trecho em que a norma descreve que, em caso de venda, a União teria preferência.
Detalhes Omitidos:
É importante observar que nas mensagens reveladas, Mauro Cid não menciona o relógio levado no avião presidencial por Jair Bolsonaro para os Estados Unidos no final de dezembro de 2022, nem que o kit de joias tinha sido colocado à venda. As mensagens também não fazem menção à tentativa de recuperar o relógio.
Esse desenvolvimento adiciona informações à polêmica envolvendo as joias presenteadas e destaca a questão da entrada ilegal desses presentes no país como um ponto central do problema.