Melhores ações para investir em outubro de 2025: veja as recomendações dos especialistas
O mês de outubro chega com novas oportunidades e reavaliações estratégicas no mercado financeiro brasileiro. As principais casas de análise divulgaram suas carteiras recomendadas de ações para o período, oferecendo aos investidores um panorama claro sobre quais empresas tendem a se destacar no último trimestre de 2025.
Com o cenário global influenciado por cortes de juros nos Estados Unidos, expectativa de flexibilização monetária no Brasil em 2026 e uma economia doméstica ainda em desaceleração, o foco das instituições é o equilíbrio entre segurança, rentabilidade e diversificação.
A seguir, conheça as melhores ações para investir em outubro, segundo XP Investimentos, BTG Pactual, BB Investimentos e Genial — e entenda o que faz dessas empresas as grandes apostas para o fechamento do ano.
Bancos e energia lideram as recomendações
Entre os setores mais citados nas carteiras recomendadas de outubro, o setor financeiro e o segmento de energia continuam em destaque.
O setor bancário segue como uma das principais apostas dos analistas. Itaú (ITUB4), Caixa Seguridade (CXSE3), Nubank (ROXO34) e BTG Pactual (BPAC11) aparecem com força nas carteiras das principais instituições, sustentadas por fundamentos sólidos, margens elevadas e boa gestão de risco.
O Itaú Unibanco se mantém como uma escolha recorrente devido à consistência de resultados e à capacidade de manter ROEs acima da média do setor, mesmo em ciclos econômicos desafiadores. Já o BTG Pactual segue atraente pela combinação entre inovação, eficiência operacional e expansão internacional.
Outro destaque é o Nubank, que continua surpreendendo com crescimento acelerado na base de clientes e rentabilidade crescente, consolidando-se como o maior banco digital da América Latina.
Na Caixa Seguridade, a resiliência do segmento de seguros e previdência e a forte geração de caixa sustentam o otimismo dos analistas, especialmente em um momento de maior demanda por produtos de proteção financeira.
No setor energético, Copel (CPLE6) e Eneva (ENEV3) se destacam como opções estratégicas. A primeira é vista como uma alternativa de renda passiva segura, impulsionada por dividendos atrativos após a privatização. Já a Eneva mantém-se entre as preferidas pelo seu portfólio diversificado de geração térmica e gás natural, o que a torna defensiva em cenários de instabilidade.
Ações de consumo e imobiliário ganham força
Outro movimento observado nas carteiras de outubro é o retorno gradual do apetite por risco nos setores de consumo e construção civil.
Pão de Açúcar (PCAR3), Iguatemi (IGTI11), Cyrela (CYRE3), Moura Dubeux (MDNE3) e Cogna (COGN3) estão entre os principais nomes recomendados.
O Pão de Açúcar, após um longo processo de reestruturação, voltou ao radar dos investidores com alta de 10,9% em setembro e perspectivas positivas de aumento de margens. A Cyrela e a Moura Dubeux também ganham destaque diante da melhora gradual do crédito imobiliário e da estabilização das taxas de juros, fatores que devem impulsionar o setor da construção civil até 2026.
No varejo, Iguatemi se beneficia da retomada do consumo de alta renda e da valorização de ativos premium, enquanto a Cogna se posiciona como uma das maiores apostas em educação privada, com forte recuperação operacional e crescimento em ensino digital.
Segundo especialistas, esses papéis oferecem potencial de valorização acima da média, especialmente em um cenário de estabilização da política monetária e retomada do consumo interno.
Commodities continuam como porto seguro
Mesmo com a desaceleração da economia chinesa, ações de commodities continuam presentes nas carteiras de investidores que buscam proteção e estabilidade.
Vale (VALE3) e CSN (CSNA3) seguem entre as mais recomendadas do setor. A mineradora Vale se mantém como referência em dividendos robustos e gestão eficiente de custos, enquanto a CSN combina exposição ao mercado de siderurgia e mineração com boas perspectivas no segmento de cimento e logística.
O setor é considerado uma âncora de estabilidade nas carteiras, especialmente em momentos de maior volatilidade internacional.
Tecnologia e cripto ganham espaço nas carteiras
As casas de análise também apontam para uma tendência crescente de diversificação em ativos tecnológicos e digitais.
A Genial Investimentos, por exemplo, incluiu Palantir (P2LT34) — empresa de tecnologia especializada em análise de dados e inteligência artificial — e o ETF ETHE11, que oferece exposição ao Ethereum, uma das principais criptomoedas do mundo.
A presença desses ativos reflete a busca dos investidores por inovação e diversificação global, especialmente em um contexto em que a inteligência artificial, blockchain e ativos digitais vêm ganhando relevância como vetores de crescimento de longo prazo.
Como montar uma carteira de ações equilibrada em outubro
Os especialistas reforçam que, apesar das oportunidades de valorização, o momento ainda exige cautela e diversificação.
A combinação de bancos, energia, consumo, construção e commodities é vista como uma estratégia eficiente para atravessar um trimestre que mistura incertezas econômicas e otimismo moderado com a retomada da confiança do mercado.
Um portfólio equilibrado, segundo os analistas, deve conter:
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Ações defensivas, como bancos e energia;
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Ações cíclicas, ligadas ao consumo e construção civil;
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Ações de crescimento, em setores como tecnologia e educação;
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Ativos de proteção, como commodities e fundos imobiliários.
Além disso, recomenda-se manter atenção às sinalizações do Banco Central sobre política monetária e aos desdobramentos do cenário internacional, especialmente quanto à velocidade de corte dos juros nos EUA e ao comportamento das economias emergentes.
O que esperar do mercado até o fim de 2025
Com o cenário global ainda volátil, o mercado financeiro brasileiro caminha para um fechamento de ano equilibrado, com espaço para ganhos pontuais em setores estratégicos.
Analistas acreditam que o Ibovespa pode encerrar 2025 em alta moderada, refletindo o alívio fiscal esperado com a aprovação de medidas econômicas e o impacto positivo das empresas de capital intensivo e bons dividendos.
Enquanto isso, a atenção dos investidores se volta para setores que oferecem estabilidade e resiliência, como bancos, energia e commodities, ao mesmo tempo em que cresce o interesse por empresas ligadas à inovação tecnológica e ESG.
O consenso entre as principais instituições é claro: outubro será um mês de reorganização estratégica, com foco em carteiras mais flexíveis e bem distribuídas, prontas para capturar oportunidades mesmo em um ambiente de desafios macroeconômicos.
Outubro marca o início de uma nova fase no mercado
Outubro consolida uma transição importante na Bolsa brasileira. Os investidores passam a priorizar equilíbrio e previsibilidade, sem abrir mão de oportunidades de valorização em setores que seguem resilientes.
Entre as melhores ações para investir em outubro, nomes como Itaú, BTG Pactual, Nubank, Copel, Eneva, Vale e Cyrela aparecem em praticamente todas as listas das principais corretoras.
Mais do que nunca, a diversificação é a chave para quem busca proteger o patrimônio e, ao mesmo tempo, aproveitar as oportunidades de crescimento no fechamento de 2025.






