Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, fez duras críticas à gestão de seu sucessor na Casa Rosada, Javier Milei, acusando o governo de estar afundando a economia do país em uma “depressão profunda, com importantes consequências sociais”. As declarações surgiram na terça-feira (12 de março de 2024), após a divulgação dos dados de inflação pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
De acordo com os dados, o índice mensal de inflação na Argentina fechou fevereiro em 13,2%, mostrando uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando atingiu 20,6%. No entanto, a inflação anual aumentou para 276,2% em fevereiro, o maior patamar em 32 anos, representando um aumento de 22 pontos percentuais em relação aos 254,2% registrados em janeiro.
Fernández, em suas redes sociais, comparou os números de sua gestão com a de Milei, afirmando que as políticas implementadas pelo governo atual estão resultando em “menos produção, menos emprego, menos consumo e mais marginalização”. Ele exigiu uma mudança imediata de rumo por parte do governo, destacando que tais dados remetem aos momentos mais críticos da história argentina.
No entanto, o porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, rebatendo as críticas de Fernández, afirmou que o ex-presidente foi responsável por um dos piores governos da história do país. Adorni destacou problemas como inflação, insegurança, decadência e pobreza que, segundo ele, foram característicos da gestão de Fernández.
“Aqueles que professaram apatia, empobrecendo e hipotecando o futuro de tantos, devem finalmente compreender que nós, argentinos, optamos por seguir em frente, deixando para trás esse modelo de populismo e o engano”, disse Adorni, indicando uma mudança de direção nas políticas do país.
Essas trocas de declarações refletem as tensões políticas e econômicas presentes na Argentina, enquanto o país enfrenta desafios significativos em meio a uma crise econômica persistente e uma crescente polarização política.