Nova tabela do Imposto de Renda 2026 entra em vigor em janeiro e amplia isenção para 16 milhões de brasileiros
A nova tabela do Imposto de Renda 2026 começa a valer em 1º de janeiro do ano que vem e marca uma das maiores mudanças na estrutura de tributação do trabalhador brasileiro nas últimas décadas. A medida, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, amplia a faixa de isenção, reduz a alíquota de parte significativa da classe média e modifica a forma como profissionais de alta renda serão tributados. Os novos parâmetros terão impacto direto na renda disponível, na estrutura fiscal da União e no comportamento dos contribuintes ao longo de 2026.
Com a mudança, ficam automaticamente isentos do IRPF todos os trabalhadores que ganham até R$ 5.000 por mês. Além disso, haverá redução de imposto para quem recebe até R$ 7.350 mensais, criando uma faixa intermediária de tributação destinada a suavizar o impacto da defasagem acumulada ao longo de anos sem atualização da tabela.
Na prática, a nova legislação estabelece dois regimes simultâneos: um voltado para a população que ganha até R$ 7.350, beneficiada por novos descontos e novas faixas, e outro que mantém a tabela tradicional para rendas superiores. A estratégia permite, segundo o governo, corrigir distorções históricas e devolver poder de compra para milhões de brasileiros, especialmente no contexto de inflação e desaceleração econômica.
Isenção ampliada redefine o perfil do contribuinte em 2026
Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.428,80. Entretanto, devido ao desconto simplificado de R$ 607,20, a Receita Federal vinha garantindo isenção prática para quem ganhava até dois salários mínimos, cerca de R$ 3.036. A entrada em vigor da nova tabela do Imposto de Renda 2026 praticamente dobra esse patamar e altera de forma substantiva a base de contribuintes.
Estudos técnicos indicam que, com a nova regra, cerca de 16 milhões de brasileiros deixarão de pagar imposto ou passarão a pagar valores menores. Na comparação com anos anteriores, trata-se de uma das maiores desonerações já aplicadas à pessoa física. O governo federal defende que a mudança corrige uma defasagem acumulada superior a 150%, provocada pela ausência de reajustes na tabela ao longo de quase duas décadas.
Além do efeito distributivo, a ampliação da isenção busca reaquecer a economia. Com mais renda disponível, é esperado que famílias de baixa e média renda aumentem o consumo, o que tende a estimular comércio, serviços e pequenas empresas.
Como fica a cobrança com a nova tabela do Imposto de Renda 2026
Com a nova regra, a cobrança será dividida entre dois sistemas:
-
Sistema especial, aplicável a quem ganha até R$ 7.350 por mês, com isenção total ou redução da alíquota.
-
Sistema tradicional, aplicável a salários acima desse valor, mantendo a mesma tabela utilizada hoje.
A estrutura atual, que continuará valendo integral ou parcialmente, é a seguinte:
-
Até R$ 2.428,80 — isento
-
De R$ 2.428,81 a R$ 2.826,65 — alíquota de 7,5%
-
De R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 — alíquota de 15%
-
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 — alíquota de 22,5%
-
Acima de R$ 4.664,68 — alíquota de 27,5%
Com a nova tabela do Imposto de Renda 2026, quem ganha até R$ 5.000 estará totalmente isento. Já rendas até R$ 7.350 terão redução parcial, o que permitirá um ajuste importante para contribuintes que antes eram obrigados a pagar imposto mesmo com renda próxima do limite de subsistência.
Efeito sobre quem ganha até R$ 7.350
A faixa de R$ 5.000,01 a R$ 7.350 representa, na visão dos economistas, um dos recortes mais numerosos da massa trabalhadora. Esse público, composto majoritariamente por empregados com carteira assinada e servidores públicos de níveis iniciais, verá um alívio direto no contracheque. A redução varia conforme deduções e regime familiar, mas deve ser significativa para milhões de famílias.
O governo afirma que, além de aumentar a renda disponível, o novo sistema reduz a chance de endividamento, já que muitos brasileiros tinham sua renda reduzida devido à retenção mensal de imposto mesmo inseridos em faixas que, para padrões internacionais, seriam consideradas baixas para tributação.
Impacto para contribuintes de alta renda
Para compensar a desoneração da base da pirâmide, a proposta cria um imposto mínimo para contribuintes de alta renda. Serão abrangidas pessoas que recebem mais de R$ 50 mil por mês ou R$ 600 mil por ano. A tributação será progressiva, variando entre 0% e 10%.
A alíquota máxima incide apenas sobre contribuintes com renda anual acima de R$ 1,2 milhão. O número de pessoas impactadas é relativamente pequeno: cerca de 141 mil indivíduos, de acordo com estimativas do Ministério da Fazenda. Contudo, trata-se de uma faixa que concentra significativa parte da arrecadação federal.
O objetivo do imposto mínimo é combater estratégias de elisão fiscal que permitiam que alguns contribuintes de alta renda pagassem proporcionalmente menos imposto que trabalhadores assalariados de classe média.
Dividendos passam a ter tributação obrigatória
Outro ponto central da nova legislação é a cobrança de 10% sobre dividendos mensais superiores a R$ 50 mil. Além disso, qualquer dividendo remetido ao exterior passa a ser tributado. Hoje, dividendos distribuídos no Brasil têm alíquota zero, o que, segundo especialistas, compromete a progressividade do sistema tributário.
A mudança aproxima o país das práticas adotadas por economias da OCDE e reforça a estratégia do governo de aumentar a arrecadação de forma concentrada sobre camadas com maior capacidade contributiva.
O que entra no cálculo da renda para o imposto mínimo
O cálculo do imposto mínimo inclui:
-
rendimentos de pessoa física;
-
lucros e dividendos;
-
prêmios;
-
receitas diversas;
-
ganhos de mercado financeiro.
Entretanto, uma série de rendimentos está excluída da base de cálculo, como:
-
ganho de capital sobre venda de imóvel (exceto operações de Bolsa);
-
valores recebidos acumuladamente;
-
rendimentos de poupança;
-
indenizações diversas;
-
aposentadorias isentas por doenças graves;
-
títulos incentivados, como LCI, LCA, CRI e CRA.
A exclusão de investimentos ligados à agricultura, infraestrutura e setor imobiliário visa preservar áreas consideradas estratégicas para expansão econômica.
Herança e doação não terão cobrança adicional
Um ponto que gerava dúvidas entre contribuintes diz respeito à tributação sobre heranças e doações. O texto aprovado isenta ambos. Portanto, mesmo que a soma desses recebimentos eleve a renda anual acima de R$ 600 mil, não haverá incidência de imposto mínimo.
A regra evita impactos inesperados sobre famílias que recebem patrimônios transferidos, mantendo estabilidade jurídica em torno de sucessões e doações.
Estados e municípios preservados contra perdas
Com a desoneração do IRPF, governos estaduais e municipais temiam queda nos repasses provenientes do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A legislação, no entanto, estabelece que a União deverá compensar automaticamente qualquer perda em relação ao modelo anterior.
A medida evita desequilíbrio fiscal nos entes subnacionais e reforça a necessidade de articulação federativa para implementação da nova tabela do Imposto de Renda 2026.
Entrada em vigor e impacto no orçamento familiar
A nova tabela começa a valer em 1º de janeiro de 2026, com reflexos imediatos nos salários pagos a partir de fevereiro. Para quem está na faixa de isenção, o salário líquido será maior sem necessidade de declaração ou solicitação adicional.
Especialistas apontam que o impacto positivo sobre orçamento doméstico pode estimular setores como varejo, alimentação, serviços pessoais e turismo, que dependem diretamente da renda disponível da população.
{
“@context”: “https://schema.org”,
“@type”: “NewsArticle”,
“mainEntityOfPage”: {
“@type”: “WebPage”
},
“headline”: “Nova tabela do IR 2026 amplia isenção e muda regras do imposto”,
“alternativeHeadline”: “Nova tabela do Imposto de Renda 2026 entra em vigor em janeiro e amplia isenção para milhões de contribuintes”,
“description”: “Nova tabela do Imposto de Renda 2026 amplia a faixa de isenção para R$ 5 mil, reduz imposto até R$ 7.350 e cria tributação mínima para alta renda. Veja quando começa a valer e quem ganha com as mudanças.”,
“articleSection”: “Economia”,
“keywords”: [
“nova tabela do Imposto de Renda 2026”,
“isenção IR 2026”,
“tabela IRPF 2026”,
“Imposto de Renda pessoa física”,
“tributação alta renda”,
“imposto mínimo 2026”
],
“datePublished”: “2025-12-08T10:46:00-03:00”,
“dateModified”: “2025-12-08T10:46:00-03:00”,
“author”: {
“@type”: “Person”,
“name”: “Camila Braga”,
“jobTitle”: “Repórter de Economia”,
“description”: “Camila Braga é repórter de Economia, especializada na cobertura de política fiscal, Imposto de Renda, contas públicas e impacto das medidas tributárias na renda das famílias brasileiras.”,
“affiliation”: {
“@type”: “Organization”,
“name”: “Gazeta Mercantil”
},
“knowsAbout”: [
“Imposto de Renda pessoa física”,
“política fiscal brasileira”,
“economia doméstica”,
“tributação da renda”,
“reforma tributária”,
“contas públicas”
]
},
“creator”: {
“@type”: “Person”,
“name”: “Camila Braga”
},
“publisher”: {
“@type”: “Organization”,
“name”: “Gazeta Mercantil”,
“logo”: {
“@type”: “ImageObject”,
“url”: “”,
“width”: 600,
“height”: 60
}
},
“image”: {
“@type”: “ImageObject”,
“url”: “”,
“width”: 1200,
“height”: 675
},
“isAccessibleForFree”: true,
“about”: [
{
“@type”: “Thing”,
“name”: “Imposto de Renda 2026”
},
{
“@type”: “Thing”,
“name”: “tabela do IRPF”
},
{
“@type”: “Thing”,
“name”: “isenção do Imposto de Renda”
},
{
“@type”: “Thing”,
“name”: “tributação de alta renda”
}
]
}






