A oposição ao governo Lula no Senado Federal, liderada por Rogério Marinho (PL-RN), divulgou na noite de quinta-feira, 4, um manifesto contrário ao ato Democracia Inabalada, promovido pelo Planalto em conjunto com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) para marcar um ano dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O documento, assinado por 30 senadores, critica o que chamam de “abuso de poderes” do STF e faz um apelo pela “volta à normalidade democrática”.
Entre os senadores que assinaram o manifesto estão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Sérgio Moro (União-PR), além de lideranças do PL, PP, Republicanos, PSDB e Novo.
O ato Democracia Inabalada, planejado pelo governo Lula, busca relembrar os ataques de 8 de janeiro de 2023. A cerimônia está programada para ocorrer no Salão Negro do Congresso, com a presença de ministros do governo, do STF, parlamentares e outras autoridades. A réplica da Constituição, que foi alvo de vandalismo no ataque ao Supremo, ocupará um lugar de destaque na cerimônia.
A oposição expressa sua discordância em relação ao evento, contestando a escolha do nome e destacando a controvérsia em torno do slogan original “Democracia Restaurada”. O manifesto visa sublinhar as preocupações da oposição em relação ao estado da democracia no país, sinalizando um cenário político tenso no Senado Federal.
Assinatura do Manifesto
Confira, a seguir, a lista dos 30 senadores que assinaram o manifesto.
- Rogério Marinho (PL)
- Ciro Nogueira (PP)
- Flávio Bolsonaro (PL)
- Carlos Portinho (PL)
- Tereza Cristina (PP)
- Mecias de Jesus (Republicanos)
- Izalci Lucas (PSDB)
- Eduardo Girão (Novo)
- Alan Rick (União)
- Cleitinho (Republicanos)
- Damares Alves (Republicanos)
- Dr. Hiran (PP)
- Eduardo Gomes (PL)
- Esperidião Amin (PP)
- Hamilton Mourão (Republicanos)
- Jaime Bagattoli (PL)
- Jayme Campos (União)
- Jorge Seif (PL)
- Luiz Carlos Heinze (PP)
- Magno Malta (PL)
- Márcio Bittar (União)
- Marcos do Val (Podemos)
- Marcos Pontes (PL)
- Marcos Rogério (PL)
- Nelsinho Trad (PSD)
- Plínio Valério (PSDB)
- Sérgio Moro (União)
- Styvenson Valentim (Podemos)
- Wellington Fagundes (PL)
- Zequinha Marinho (Podemos)