Promovida pela Paramount e pela Dream Factory, a primeira edição da Vidcon no Brasil foi realizada nos dias 7, 8 e 9 de julho. Nove mil pessoas passaram pelo evento, que aconteceu no São Paulo Expo, ao longo de três dias. Foram promovidos mais de 70 painéis, com mais de 200 talentos, entre criadores e painelistas, e 18 sessões de Meet&Greet que totalizaram 16 horas de encontros entre fãs, indústria e criadores.
A Vidcon, por onde passa, se torna um marco para a economia criativa. Ela nasceu nos Estados Unidos e já viajou pelo México, Emirados Árabes, Singapura e Austrália. Faltava o Brasil. O planejamento para a edição de São Paulo começou no final de 2020, mas foi interrompido em função da pandemia. Num primeiro momento, isso gerou uma grande frustração. Mas, por outro lado, foi rico, porque nos permitiu ampliar e aprofundar a pesquisa dos eixos editoriais, da diversidade de talentos e do papel da Vidcon no Brasil”, contou Fabricio Proti, SVP de Ad Sales Multiplataforma América Latina e Country Manager Brasil da Paramount, em entrevista.
“Não é um evento trivial. É um evento de complexidade interessante porque é transversal a várias indústrias, isto é, a economia criativa permeia uma série de indústrias. E um evento como esse só é possível com grandes parceiros. A Paramount trouxe a Vidcon para o Brasil em parceria com a Dream Factory, apresentada pelo Santander e powered by Meio & Mensagem no dia da indústria”, completou o executivo.
Brasil como mercado de destaque
O Brasil tem a segunda maior base de pessoas que declaram trabalhar como criadoras digitais. São 10 milhões, atrás apenas dos Estados Unidos, com 13.5 milhões. Quando analisamos esse número, observamos que o Brasil não só tem um dos maiores criadores do mundo em número de fãs, mas ainda uma base de micro influenciadores gigantesca e super importante. Entendendo essa grandiosidade do mercado de criadores do Brasil, a gente definiu abordar e ocupar um espaço através de quatro eixos editoriais”, explicou Proti.
Os eixos em questão foram: presente e futuro da economia criativa, para discutir os cases, o que está acontecendo, qual é o estágio e o que vem por aí em relação a tendências de conteúdo e o impacto das novas tecnologias; entretenimento, que, segundo ele, é “um pouco mais amplo do que só produção de conteúdo para rede social, porque envolve produtores desse meio como o Porta dos Fundos, que começou lá atrás produzindo esquetes para o YouTube e, hoje, produz formatos de longa duração para Amazon, Paramount+ e Globo, entre outros, ao mesmo tempo que tem o caminho inverso, com profissionais como o PVC, que passaram pelo rádio e pela TV e hoje estão no streaming, também se descobrindo como criadores de conteúdo. Ou seja, o entretenimento é um eixo super importante e estratégico para a indústria”; o pilar da responsabilidade de mercado, que abrange diversidade, inclusão social, governança e saúde mental; e comunidade, o poder de ter uma comunidade engajada. “Outro dado importante é que o Brasil é o país onde criadores digitais têm a maior influência na decisão de consumo das pessoas. Acho que esses quatro eixos representam muito o momento e o profissionalismo da creator economy nacional”, definiu.
O executivo pontuou que a Paramount adquiriu a Vidcon olhando para o potencial da economia criativa e com a missão de ampliar as discussões e os debates: “Hoje, é muito menos sobre o formato, e sim uma visão um pouco mais ampla de entretenimento.
A bem sucedida primeira edição e os próximos planos
A avaliação pessoal da Paramount no Brasil, bem como do time da Vidcon US, é que essa foi a melhor primeira edição de todos os tempos – pela organização, qualidade de produção e dos painéis e o público, que foi de nove mil pessoas em três dias de evento. “A primeira edição brasileira foi muito bem executada. É um evento feito com muitos parceiros, e a gente observa que o que nos une é essa crença de que a economia criativa traz uma sociedade melhor”, analisou Proti.
“A gente tem certeza de que a Vidcon pode ser muito maior nas próximas edições. Deve continuar tendo esse foco num conteúdo amplo e diverso. Já vamos começar a planejar, mas não tem data ainda. A gente quer criar grandes experiências, promover essa conexão do digital com a experiência da vida real. E só a Vidcon propõe isso. Nossa indústria é tão dinâmica que temos certeza que não faltarão temas, debates e cases”, adiantou.
O papel da Paramount
A própria Paramount aproveitou a Vidcon para trazer novidades e promover algumas de suas estreias. No sábado, 8 de julho, por exemplo, houve um painel com o elenco de “Marcelo, Marmelo, Martelo”, série original que estreou no streaming no mesmo dia. Além disso, a MTV anunciou em parceria com o SENAI o reality inédito “Solução MTV”, e MTV, Pluto TV e Tinder anunciaram no palco do evento que Valentina Bandeira comandará o retorno de um programa clássico dos anos 2000: “Tinder Apresenta: MTV Beija Sapo”. A primeira janela de exibição do programa será na Pluto TV, uma vez que essa é a primeira produção exclusiva do streaming gratuito. Na sequência, a novidade retorna às telas da MTV, canal que deu projeção nacional ao formato original nos anos 2000.
“A Paramount está muito focada na construção e produção de conteúdo de qualidade. Um momento que tem a economia criativa conectando produtores de conteúdo, plataformas, redes sociais e streaming é o melhor cenário para desenvolvermos o mercado local. E a Vidcon é uma grande oportunidade para trazermos num mesmo evento uma gama diversa de produtores de conteúdo que vão discutir, fazer parcerias e ampliar negócios. Com isso, teremos uma indústria mais rica, criativa e pujante”, concluiu Proti.