O setor de cartões movimentou R$ 939 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O número representa um crescimento de 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Esses números estão em linha com as nossas projeções revisadas”, disse o presidente da Abecs, Giancarlo Greco, em coletiva de imprensa sobre os resultados do setor no terceiro trimestre deste ano.
A Abecs revisou em agosto as projeções para o crescimento do setor de cartões neste ano, para a faixa entre 9% e 11% de crescimento. No início do ano, a entidade esperava um crescimento maior, na faixa de 14% a 18% em relação a 2022.
No terceiro trimestre, o cartão de crédito cresceu 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com R$ 608 bilhões em transações. O débito ficou praticamente estável (+0,1%), para R$ 249 bilhões, enquanto o pré-pago cresceu 31%, para R$ 82 bilhões.
Nos nove primeiros meses de 2023, o setor de cartões movimentou R$ 2,7 trilhões no País, um crescimento de 10,1% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Análise
O crescimento do setor de cartões no terceiro trimestre deste ano foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo a retomada da economia, o aumento da confiança do consumidor e a expansão do e-commerce.
A retomada da economia, após a recessão causada pela pandemia de Covid-19, levou a um aumento do consumo, o que impulsionou as vendas com cartões. O aumento da confiança do consumidor também contribuiu para o crescimento do setor, com os consumidores se sentindo mais seguros para usar seus cartões para fazer compras.
A expansão do e-commerce também ajudou a impulsionar o crescimento do setor de cartões. O e-commerce se tornou ainda mais popular durante a pandemia, e essa tendência deve continuar nos próximos anos.
Perspectivas
A Abecs projeta que o setor de cartões deve crescer entre 9% e 11% em 2023. A entidade acredita que o setor continuará a ser impulsionado pela retomada da economia, o aumento da confiança do consumidor e a expansão do e-commerce.