Janja em Paris: primeira-dama representa o Brasil em evento sobre transição energética e desenvolvimento sustentável
A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, embarcará para a França para participar de um evento internacional sobre transição energética e desenvolvimento sustentável. A viagem a Paris, marcada para ocorrer entre 19 e 21 de outubro, tem como objetivo fortalecer o papel do Brasil nas discussões globais sobre meio ambiente e mudanças climáticas.
O governo federal informou que a viagem de Janja em Paris não trará ônus aos cofres públicos, sendo custeada integralmente pelos organizadores do seminário. A designação oficial foi assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que exerce interinamente a Presidência da República, e publicada no Diário Oficial da União.
Janja em Paris: Brasil representado em conferência internacional sobre o meio ambiente
O evento internacional — intitulado “Diálogos Transatlânticos: Transição Energética, Educação Ambiental e ODS” — será realizado na Universidade de Sorbonne, em Paris, e é promovido pela Associação Autres Brésils, entidade que atua na promoção do intercâmbio cultural e ambiental entre o Brasil e a França.
A participação de Janja em Paris simboliza a ampliação da presença brasileira nos debates sobre sustentabilidade global, além de reforçar a imagem do país como protagonista em pautas ambientais no cenário internacional.
Durante o evento, a primeira-dama será enviada especial da direção da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que ocorrerá em Belém (PA). Ela participará da conferência de abertura e integrará um dos painéis de discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com o tema “Da agenda global à mobilização popular”.
A agenda da primeira-dama e os temas em debate
A agenda de Janja em Paris prevê encontros com lideranças acadêmicas, ativistas ambientais e representantes de ONGs que atuam na defesa da sustentabilidade e da igualdade de gênero.
Os painéis do seminário abordarão questões centrais como transição energética justa, educação ambiental, erradicação da pobreza, empoderamento feminino e cooperação internacional para o cumprimento dos ODS.
O destaque da participação brasileira ficará por conta do papel estratégico do país na produção de energia limpa, no avanço das políticas de bioeconomia e no combate ao desmatamento — áreas em que o governo federal tem buscado ampliar parcerias internacionais.
Janja em Paris e a diplomacia verde brasileira
A viagem de Janja a Paris tem também um forte simbolismo político e diplomático. Em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP30, a presença da primeira-dama no seminário reforça o engajamento do país nas pautas de diplomacia climática e desenvolvimento sustentável.
O governo Lula tem buscado reposicionar o Brasil como liderança ambiental global, retomando compromissos com a Agenda 2030 da ONU e estabelecendo novas metas de redução de emissões de carbono. Nesse contexto, Janja em Paris atua como representante informal da imagem verde brasileira, destacando as políticas públicas voltadas à sustentabilidade e à inclusão social.
O Palácio do Planalto ressaltou que a primeira-dama desempenha atividades voluntárias e não remuneradas, e que sua atuação internacional tem caráter institucional e representativo, dentro dos parâmetros legais e sem impacto financeiro adicional para o erário.
Sem custos aos cofres públicos: governo reforça transparência
A participação de Janja em Paris ganhou destaque também pelo cuidado com a gestão de recursos públicos. Segundo o decreto publicado, todas as despesas referentes à viagem — incluindo passagens, hospedagem e deslocamentos — serão cobertas pelos organizadores do evento, sem qualquer custo para o governo brasileiro.
A Secretaria de Comunicação (Secom) informou que a medida está em conformidade com as normas de transparência e que todas as informações relativas aos gastos da Administração Pública podem ser consultadas pelo Portal da Transparência.
O governo reforça que a atuação da primeira-dama está amparada por um decreto de agosto de 2025, que autoriza o gabinete pessoal da Presidência da República a prestar apoio logístico e institucional em atividades de interesse público.
Repercussão política e reações da oposição
A designação de Janja para o evento em Paris provocou repercussão política em Brasília. Setores da oposição criticaram a decisão e questionaram o decreto que permite apoio institucional à primeira-dama, alegando possível uso indevido de recursos públicos.
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, apresentou um projeto de decreto legislativo para revogar a norma. Segundo ele, o texto “cria uma estrutura financiada com dinheiro público para atender a primeira-dama, que não ocupa cargo eletivo”.
Apesar das críticas, o governo federal reiterou que não há aumento de despesas nem criação de cargos. O Executivo argumenta que o papel da primeira-dama, ainda que voluntário, tem relevância social e diplomática, especialmente em temas relacionados à sustentabilidade, gênero e educação ambiental.
A atuação internacional de Janja e o reforço da imagem do Brasil
Nos últimos meses, Janja tem ampliado sua presença em eventos internacionais, abordando temas ligados a inclusão social, igualdade de gênero e sustentabilidade ambiental.
Sua atuação é vista pelo governo como uma forma de humanizar a diplomacia brasileira, aproximando o país de pautas globais contemporâneas e fortalecendo a imagem positiva do Brasil no exterior.
A viagem de Janja em Paris reforça esse papel de mediação simbólica, posicionando a primeira-dama como porta-voz de causas sociais e ambientais, em consonância com as diretrizes do governo Lula.
Brasil e França: parceria em sustentabilidade
A presença de Janja em Paris também tem o objetivo de estreitar os laços entre Brasil e França nas áreas de meio ambiente, educação e energia limpa. A Associação Autres Brésils, que organiza o evento, tem tradição em promover o intercâmbio entre os dois países, especialmente em temas relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Durante o seminário, representantes franceses e brasileiros discutirão mecanismos de cooperação para a transição energética, buscando alinhar políticas públicas e iniciativas privadas que acelerem o uso de fontes renováveis e reduzam a dependência de combustíveis fósseis.
Essa parceria bilateral é vista como fundamental para o avanço da agenda climática global, e a viagem de Janja a Paris representa mais um passo no fortalecimento dessa relação.
O papel das primeiras-damas na política internacional
A presença de primeiras-damas em eventos internacionais tem se tornado uma prática comum na diplomacia contemporânea. Muitas delas atuam como embaixadoras de causas sociais, utilizando sua visibilidade para promover temas como educação, saúde e sustentabilidade.
Nesse contexto, a participação de Janja em Paris insere o Brasil em uma tradição diplomática de protagonismo feminino, ampliando o alcance das políticas públicas por meio do soft power — a influência simbólica e cultural exercida pelos países no cenário global.
Assim como figuras como Michelle Obama e Brigitte Macron, Janja tem assumido uma postura ativa, representando o Brasil em pautas que vão além da política formal, mas que impactam diretamente a percepção internacional do país.
ODS e transição energética: foco do debate em Paris
O seminário na Universidade de Sorbonne abordará os desafios da transição energética e o papel dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como guia das políticas ambientais.
A participação de Janja em Paris reforça o compromisso do Brasil com a Agenda 2030, que estabelece metas globais para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todos.
Entre os tópicos centrais estarão as estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, promover a educação ambiental e incentivar práticas de consumo consciente — temas diretamente alinhados às políticas ambientais do governo Lula.
Sustentabilidade e protagonismo brasileiro
O Brasil tem buscado reafirmar sua posição como líder mundial em sustentabilidade, e a viagem de Janja a Paris faz parte desse esforço. A Amazônia, os biocombustíveis e a energia limpa são elementos-chave da estratégia nacional para consolidar o país como exemplo de economia verde.
Com a aproximação da COP30, o governo tem intensificado a diplomacia ambiental, participando de fóruns e seminários que reforçam a relevância do Brasil nas discussões sobre o clima.
Símbolo de representação e engajamento social
Mais do que uma viagem institucional, a participação de Janja em Paris simboliza o engajamento da primeira-dama em pautas de justiça social e sustentabilidade. Sua presença no evento ressalta o papel do Brasil na liderança global pela transição ecológica, além de dar visibilidade a projetos voltados à educação ambiental e igualdade de gênero.
O governo brasileiro aposta que essa atuação reforçará a imagem internacional do país, ampliando oportunidades de cooperação e investimento em áreas sustentáveis.






