A reforma tributária aprovada na madrugada desta sexta-feira pela Câmara dos Deputados é um passo importante para a simplificação do sistema tributário, mas ainda há uma longa caminhada para sua implementação, diz a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca).
LEIA MAIS: Ao Vivo: Reforma tributária: Câmara vota hoje quatro propostas de alteração no texto; acompanhe
“Temos, como país, a escolha entre permanecer em um sistema que penaliza os brasileiros e outro, mais moderno e justo, aplicado em quase todo o mundo”, afirma Pablo Cesário, presidente-executivo da Abrasca, em nota. “É hora de o Brasil avançar rumo à simplificação e à modernização.”
A entidade define o sistema tributário atual como um “verdadeiro manicômio”, mas que somente isso não faz justiça o quanto ele é regressivo e injusto com as camadas mais desfavorecidas da sociedade. Além disso, o alto custo de observância e grau de litigiosidade deixam o quadro mais negativo.
“A entidade defende a adoção de um novo sistema tributário que seja justo, simples, que produza eficiência econômica e alavanque o desenvolvimento sustentável, induzindo à geração de investimentos, emprego e renda”, afirma a Abrasca.
A associação pede que a redação seja inequívoca quanto ao aproveitamento amplo de créditos tributários do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de forma imediata e integral e que haja segurança e rapidez no período de transição.
A Abrasca critica, no entanto, a rápida aprovação do projeto, impedindo análise detalhada do texto e especialmente a elaboração de eventuais propostas de melhoria, além da vinculação de mudanças no imposto de renda à aprovação da reforma atual.
A entidade critica, no entanto, a rápida aprovação do projeto, impedindo análise detalhada do texto e especialmente a elaboração de eventuais propostas de melhoria — Foto: Divulgação/B3