Após o anúncio do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, fez críticas à forma como o caso foi divulgado pela imprensa. Em suas redes sociais, Wajngarten expressou sua insatisfação, afirmando que é lamentável quando as autoridades utilizam a mídia para comunicar um ato formal que deveria ter um caráter técnico e procedimental.
“Vazamentos continuam aos montes ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu Wajngarten em sua postagem.
Além disso, o advogado considerou o indiciamento “tão absurdo quanto o caso da baleia”, destacando que o mundo conhece a opinião pessoal do presidente Bolsonaro sobre o tema da vacinação, apesar de ter adquirido mais de 600 milhões de doses durante seu mandato. Ele também argumentou que Bolsonaro, enquanto presidente, estava dispensado de apresentar qualquer tipo de certificado de vacinação em suas viagens, acrescentando que se trata de perseguição política.
O indiciamento de Bolsonaro e outras 16 pessoas ocorreu como parte de uma investigação sobre um possível esquema de falsificação de cartões de vacinação. Segundo a Polícia Federal, o grupo inseriu e posteriormente retirou informações falsas de vacinação contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde, com o objetivo de obter vantagens ilícitas. O caso será entregue à Procuradoria-Geral da República para avaliação e possíveis medidas judiciais.
Agora, cabe aos procuradores do Ministério Público avaliar as provas reunidas pela polícia e determinar se há evidências suficientes para levar o caso à Justiça. Se sim, o Ministério Público formula a denúncia.