O Banco Central (BC) alterou de 7,6% para 7,7% a sua projeção para o crescimento nominal do estoque de crédito em 2023, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (29).
Para pessoas jurídicas, a projeção, sempre de crescimento, variou de 6,3% para 4,4%. Para pessoas físicas, de 8,4% para 9,9%. Para o crédito livre, de 7,1% para 6,3%. Para o crédito direcionado, de 8,3% para 9,6%.
“Os dados do mercado de crédito divulgados desde o Relatório [Trimestral de Inflação] anterior mostram evolução do saldo dos empréstimos às famílias acima do esperado, principalmente no segmento direcionado, enquanto os financiamentos às empresas recuaram de forma mais intensa, destacando-se o segmento livre”, disse a autoridade monetária.
A projeção de crescimento do estoque do crédito livre para as empresas caiu de 6% para 3%, “devido à desaceleração mais intensa do que a esperada no primeiro quadrimestre do ano”. “Esse movimento decorre, em parte, da oferta de crédito relativamente restritiva no início do ano, uma consequência tanto das condições gerais da economia, incluindo o estágio atual do ciclo monetário, como de repercussões do caso Americana”, afirmou.
De forma geral, as projeções para pessoas físicas e jurídicas “continuam indicando processo de desaceleração do crédito, especialmente no segmento livre, compatível com o ciclo de aperto monetário”.
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