Nesta terça-feira (13), gigantes da tecnologia como Meta, Microsoft, Google e OpenAI anunciaram que estão trabalhando em conjunto para enfrentar o desafio do conteúdo gerado por Inteligência Artificial (IA) que busca enganar eleitores em um ano de eleições cruciais em todo o mundo. O pacto, ainda em negociação entre as empresas, está prestes a ser anunciado durante a Conferência de Segurança de Munique, marcada para sexta-feira.
Segundo informações divulgadas, as empresas envolvidas, incluindo Adobe, Google, Meta, Microsoft, OpenAI e TikTok, estão unindo forças para desenvolver formas de identificar, rotular e controlar imagens, vídeos e áudios gerados por IA que buscam enganar os eleitores. A iniciativa surge em meio a preocupações crescentes sobre o uso malicioso da IA em um agitado ano eleitoral.
O uso de deepfakes, representações ultrarrealistas geradas por IA, tem levantado preocupações sobre a disseminação de informações falsas e manipulação de eleitores. Exemplos recentes incluem uma chamada telefônica automática nos Estados Unidos que se passava pelo presidente Joe Biden, pedindo às pessoas para não votarem nas primárias de New Hampshire, e o uso de IA no Paquistão para gerar discursos em nome do ex-primeiro-ministro Imran Khan, que está encarcerado.
Para lidar com essa questão, as empresas concordarão em adotar medidas como o uso de uma marca d’água padrão para rotular imagens geradas por seus aplicativos de IA, como ChatGPT, Copilot e Gemini (antes Bard). A ideia é estabelecer padrões que possam ajudar a mitigar o impacto do conteúdo gerado por IA nas eleições e garantir a integridade do processo democrático.
O acordo reflete o reconhecimento por parte das empresas de tecnologia da importância de combater o uso malicioso da IA e proteger a confiança dos eleitores. Ao trabalhar em conjunto, essas empresas esperam criar uma abordagem colaborativa e eficaz para enfrentar esse desafio complexo.
A Conferência de Segurança de Munique, onde o acordo será anunciado, oferece um cenário ideal para destacar o compromisso das empresas com a segurança cibernética e a proteção da democracia. Espera-se que o pacto seja um passo significativo na direção certa para garantir eleições livres e justas em todo o mundo, protegendo os eleitores contra a manipulação e a desinformação.