Em um mundo onde a tecnologia redefine os dispositivos do nosso cotidiano, desde smartphones até Smart TVs, é natural que ela também comece a mudar nossas moradias. Foi nesse cenário que o empresário Alexandre Frankel vislumbrou a oportunidade de tornar os apartamentos mais inteligentes e conectados.
Fundador da Housi, uma empresa que se apresenta como uma proptech (startup do setor imobiliário), Frankel iniciou esse empreendimento em 2019. A proposta da Housi é atuar como uma integradora de tecnologia para o mercado imobiliário, oferecendo serviços que tornam os edifícios mais inteligentes e eficientes.
Presente em mais de 150 cidades do Brasil e com seus serviços instalados em mais de 200 mil apartamentos, a Housi disponibiliza aos prédios um aplicativo que conecta os moradores a uma variedade de serviços e produtos, como lavanderia coletiva, compartilhamento de carros e bicicletas, mini mercados, entre outros.
“Vemos o prédio como um hardware que precisa de um sistema operacional para se tornar inteligente. É aí que entramos”, explica Frankel.
Como funciona o negócio?
Os prédios que adotam os serviços da Housi podem escolher quais equipamentos serão instalados fisicamente. As opções incluem armários inteligentes para aluguel de ferramentas, espaços para compra de remédios, geladeiras com produtos variados, lavanderias inteligentes, carros compartilhados na garagem, carregadores de carros elétricos, bicicletas para locação, entre outros.
Cada morador tem acesso ao aplicativo Housi AppSpace, onde pode realizar compras, reservar espaços e contratar serviços, como faxina.
Para oferecer uma variedade maior de serviços, a empresa estabeleceu parcerias com mais de 100 empresas, como Ambev, Cacau Show, Renault e Nestlé.
Frankel destaca que a Housi já atua em mais de 300 condomínios, e a contratação dos serviços pode ocorrer em diferentes momentos, desde antes até depois da construção do prédio.
Parte do valor das transações é destinada ao condomínio, o que pode resultar em redução no valor da taxa condominial, e parte é destinada à Housi.
Valorizando imóveis e agilizando vendas
Além de proporcionar praticidade aos moradores, a integração tecnológica pode valorizar os imóveis. Nos condomínios onde a Housi atua, o tempo médio de venda pode ser reduzido em até 30%, com uma valorização média de 18%. Já no aluguel, a valorização pode chegar a 50%.
Após iniciar em edifícios localizados em áreas centrais das cidades, a empresa busca expandir sua atuação, inclusive em apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida.
Com um faturamento anual de R$ 300 milhões, a Housi planeja investir R$ 120 milhões em 2024.
“Somos uma empresa de pura tecnologia, não temos um ativo, não somos donos de nenhum apartamento. O que fazemos é unir essas três pontas: a indústria, o morador e o proprietário do prédio”, resume Frankel.