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Home Economia

Corte da Selic em 2025: Banco Inter prevê queda dos juros com inflação em baixa

07/10/2025
em Economia, Destaque, News
Corte Da Selic Em 2025: Banco Inter Prevê Queda Dos Juros Com Inflação Em Baixa Gazeta Mercantil - Economia

Corte da Selic em 2025: Banco Inter prevê redução da taxa com desaceleração da inflação

O corte da Selic está no centro das atenções do mercado financeiro, com analistas e economistas apontando para uma possível mudança de rumo na política monetária brasileira ainda em 2025. De acordo com relatório divulgado pelo Banco Inter, a taxa básica de juros poderá sofrer a primeira redução já em dezembro deste ano, em resposta à desaceleração da inflação e a sinais de arrefecimento da atividade econômica.

A previsão marca uma inflexão relevante no ciclo de aperto monetário que o Banco Central vem conduzindo desde 2021. A projeção da instituição financeira aponta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2025 em 4,9%, uma queda significativa em relação à estimativa anterior de 5,3%. Com isso, cria-se espaço para o corte da Selic, que atualmente se mantém em patamar elevado.


Inflação desacelera e abre espaço para corte da Selic

A revisão do IPCA para baixo reflete o impacto da política monetária restritiva adotada pelo Banco Central. Com juros altos, houve uma desaceleração da concessão de crédito, queda no consumo e recuo no investimento privado. Esse cenário contribuiu para reduzir as pressões inflacionárias internas.

Além disso, fatores externos como a estabilidade cambial e o menor custo de importações também ajudaram a conter os preços. Com a inflação em desaceleração e a atividade econômica perdendo fôlego, cresce a expectativa de que o Banco Central inicie um corte da Selic como estímulo à retomada do crescimento.


Projeções da Selic para 2025 e 2026

O Banco Inter projeta que a Selic pode encerrar 2025 em 14,50% ao ano, caindo para 12% em 2026. A mudança gradual da taxa reflete uma política mais flexível, mas ainda comprometida com o controle da inflação.

A previsão de corte da Selic ainda em 2025 é fundamentada em sinais recentes da economia: desaceleração na indústria, estabilidade do câmbio e ausência de choques relevantes nos preços dos alimentos e da energia.

Contudo, o cenário para 2026 exige atenção. Mesmo com a queda da Selic prevista, a inflação ainda deve permanecer acima da meta oficial do Banco Central, em função de riscos fiscais e do ambiente político incerto, especialmente por se tratar de ano eleitoral.


Riscos fiscais podem limitar cortes futuros

Embora a trajetória de queda da inflação seja um sinal positivo, o Banco Inter alerta para a influência do risco fiscal sobre a política monetária. Propostas como a isenção de Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil e o aumento de estímulos em ano eleitoral podem elevar os gastos públicos e pressionar novamente a inflação.

Esses fatores tornam o ambiente mais desafiador para o Banco Central, que terá que equilibrar a política de juros com a necessidade de manter a inflação sob controle. Caso o governo não sinalize compromisso com a disciplina fiscal, o corte da Selic pode ser mais lento ou até mesmo adiado.


Por que o primeiro corte da Selic pode ocorrer em dezembro?

Apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) indicar que a Selic permanecerá elevada por um tempo prolongado, analistas do Inter acreditam que a economia já começa a dar sinais suficientes para justificar um corte inicial no fim do ano.

A estabilidade do câmbio, a queda na atividade econômica e o recuo dos preços em diversos setores apontam para um cenário de desinflação. Esses elementos dão espaço ao Banco Central para iniciar a redução dos juros sem comprometer o controle da inflação — movimento que, se confirmado, pode melhorar as condições de crédito e estimular investimentos.


Impactos do corte da Selic na economia

O corte da Selic afeta diretamente o dia a dia de consumidores, empresas e investidores:

  • Consumidores: Com juros mais baixos, o crédito tende a ficar mais barato, facilitando o acesso a financiamentos, empréstimos e compras parceladas. A redução de custos pode estimular o consumo e aquecer o varejo.

  • Empresas: Juros menores favorecem a tomada de crédito para investimentos produtivos, impulsionando a atividade empresarial e a geração de empregos.

  • Investidores: A redução da Selic diminui o retorno de aplicações em renda fixa, levando parte do capital para ativos de maior risco, como ações, imóveis e fundos multimercado.


O papel da disciplina fiscal no ciclo de cortes

Segundo a economista-chefe do Banco Inter, a queda sustentável da Selic depende fortemente da condução da política fiscal. Para que o Banco Central mantenha uma trajetória consistente de redução dos juros, será necessário observar:

  • Compromisso do governo com metas fiscais

  • Estabilidade no crescimento das despesas públicas

  • Sinais claros de previsibilidade política

Um ajuste fiscal robusto e transparente, previsto para ser implementado a partir de 2027, pode ser determinante para consolidar a confiança dos agentes econômicos e ancorar as expectativas inflacionárias de longo prazo, permitindo mais cortes da Selic nos anos seguintes.


Política monetária ainda é restritiva em 2025

Apesar da expectativa de queda da Selic, o Brasil ainda opera em um ambiente de política monetária bastante restritiva. Com a taxa real de juros elevada, o crescimento do PIB em 2025 deverá ser modesto, enquanto a inflação caminha para a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A pressão sobre o crédito e a redução do consumo são efeitos esperados desse cenário. Porém, conforme a inflação se estabiliza e o risco fiscal for contido, o corte da Selic se tornará mais agressivo, estimulando a retomada econômica de forma gradual.


O que esperar da economia em 2025 e 2026?

O cenário projetado pelo Banco Inter para os próximos dois anos é de transição. Em 2025, o país ainda enfrentará um ambiente de juros altos, mas já com sinais claros de desaceleração inflacionária. Isso abre a porta para a reversão do ciclo de aperto monetário, com o corte da Selic previsto para começar no último trimestre.

Em 2026, o foco estará no equilíbrio fiscal. O sucesso ou fracasso nessa frente determinará a continuidade dos cortes na taxa de juros e a sustentabilidade do crescimento econômico. Um ambiente político estável e compromissado com as contas públicas será essencial para ancorar as expectativas e atrair investimentos.


Corte da Selic pode ser o início da retomada econômica

A projeção de corte da Selic feita pelo Banco Inter reflete uma leitura cuidadosa dos sinais emitidos pela economia brasileira. A queda da inflação, a desaceleração da atividade e a estabilidade do câmbio criam as condições ideais para que o Banco Central inicie uma redução moderada dos juros.

Contudo, o sucesso dessa estratégia depende de fatores que vão além da esfera monetária. A condução da política fiscal e o comportamento do governo em ano eleitoral serão determinantes para garantir que o ciclo de cortes se mantenha e contribua para uma retomada econômica sustentável.

O consumidor pode esperar melhores condições de crédito, enquanto investidores devem se preparar para mudanças no comportamento dos ativos financeiros. Já o Banco Central terá o desafio de calibrar sua atuação entre o combate à inflação e a necessidade de reaquecer a economia.

Tags: Banco Central do Brasilcorte da taxa Seliceconomia brasileirainflação 2025IPCA 2025política monetária restritivarisco fiscal BrasilSelic 2025

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