Eduardo Bolsonaro Réu 2025: STF Notifica Deputado e Julgamento Pode Ser Adiado para 2026
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enfrenta um novo capítulo em sua trajetória política com a abertura do processo judicial que pode levá-lo a ser réu ainda em 2025. O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, determinou a notificação do parlamentar via edital sobre a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 22 de setembro. Apesar da expectativa de decisão neste ano, o julgamento efetivo deve se estender até 2026, devido à complexidade do caso e à sobrecarga da Corte.
Notificação Judicial por Edital
A decisão do ministro Moraes se deu em razão de Eduardo Bolsonaro residir nos Estados Unidos desde fevereiro, o que foi interpretado pelo STF como uma possível tentativa de evitar responsabilização judicial. A notificação via edital é uma medida excepcional, prevista em lei, que assegura o direito à ampla defesa do acusado, mesmo quando não é possível entregar a citação pessoalmente. A publicação em veículos oficiais gera presunção de ciência do ato processual, garantindo o cumprimento do devido processo legal.
Junto a Eduardo, o segundo denunciado no mesmo caso, o blogueiro Paulo Figueiredo, será notificado através de cooperação internacional, via carta rogatória. As acusações contra os dois serão analisadas separadamente, respeitando os trâmites legais e evitando que um julgamento prejudique o outro.
A Denúncia e a Suspeita de Coação
A PGR denunciou Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo por suspeita de coação em processo judicial, relacionada ao caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a investigação, Eduardo teria tentado, a partir dos Estados Unidos, articular medidas contra autoridades brasileiras, inclusive buscando pressões junto ao governo Donald Trump, visando sanções e tarifas como forma de represália ao julgamento de seu pai no STF.
Com a denúncia, inicia-se formalmente o processo de notificação judicial, permitindo que os denunciados apresentem suas defesas. Ambos têm um prazo de 15 dias para se manifestar antes que o STF decida se acolherá a denúncia e abrirá a ação penal contra eles.
Prazos e Impacto no Julgamento
Embora a expectativa inicial fosse de que a decisão sobre Eduardo Bolsonaro réu 2025 ocorresse ainda neste ano, interlocutores do STF indicam que o julgamento será adiado para 2026. O motivo é a necessidade de concluir outros quatro núcleos do caso conhecido como trama golpista, que consome tempo e recursos da Corte. A análise separada das acusações busca garantir que cada processo seja tratado com imparcialidade e respeitando o devido processo legal.
O atraso no julgamento gera impacto direto na agenda política de Eduardo Bolsonaro, mantendo incerteza sobre a tramitação judicial e suas possíveis consequências políticas.
Aspectos Legais e Defesa
A notificação judicial marca o início do exercício do direito de defesa dos acusados. A citação por edital, embora excepcional, cumpre rigorosamente os princípios legais brasileiros, garantindo que o acusado possa apresentar sua versão e contestar as alegações da PGR. Durante o período de 15 dias, as defesas podem apresentar provas, questionar elementos da denúncia e solicitar diligências, fortalecendo o direito constitucional à ampla defesa.
Além disso, a medida demonstra a complexidade de processos envolvendo figuras políticas de destaque, que muitas vezes possuem vínculos internacionais ou residem temporariamente fora do país, exigindo soluções jurídicas que respeitem os princípios de justiça e efetividade do processo.
Repercussão Política e Social
O caso de Eduardo Bolsonaro réu 2025 ganha atenção nacional e internacional, dada a relevância política do parlamentar e o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Especialistas apontam que o desfecho pode influenciar não apenas a carreira política de Eduardo, mas também o cenário eleitoral e a percepção pública sobre o cumprimento da lei por autoridades e membros do Legislativo.
A cobertura midiática ampla e o acompanhamento constante do caso indicam a importância do STF em assegurar transparência, imparcialidade e respeito ao Estado de Direito, reforçando a credibilidade da Justiça brasileira.
O Papel do STF na Garantia da Legalidade
O Supremo Tribunal Federal, ao adotar medidas como a notificação via edital e a carta rogatória, reafirma sua função de guardião da Constituição e regulador de processos complexos que envolvem figuras públicas. O cuidado em analisar as acusações separadamente e o respeito aos prazos legais refletem a preocupação com a imparcialidade e com a manutenção da governança institucional.
Perspectivas para 2026
Com o julgamento previsto apenas para 2026, a expectativa é de que o STF conclua os demais núcleos da trama golpista antes de deliberar sobre Eduardo Bolsonaro. Esse cronograma permite à Corte manter foco na análise detalhada de cada acusação e reforça a importância de procedimentos rigorosos, garantindo que a decisão final seja juridicamente sólida.
O acompanhamento do caso será crucial nos próximos meses, pois envolve não apenas a aplicação da lei, mas também a estabilidade política e a confiança da sociedade nas instituições brasileiras.






