Índice brasileiro atinge máxima intradiária de 133.318 pontos em 23 de abril de 2025, impulsionado por alívio nas tensões comerciais e valorização de commodities
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), registrou forte alta nesta quarta-feira, 23 de abril de 2025, refletindo o otimismo dos investidores diante de sinalizações de distensão nas relações comerciais entre Estados Unidos e China. A valorização do índice foi acompanhada por uma queda significativa do dólar, que atingiu seu menor patamar em quase três semanas.
Desempenho do Ibovespa
Durante a manhã, o Ibovespa apresentou um salto superior a 2,19%, alcançando a máxima intradiária de 133.318 pontos. Por volta das 12h54 (horário de Brasília), o índice reduziu ligeiramente seus ganhos, mas ainda mantinha uma alta expressiva de 1,75%, sendo cotado a 132.768 pontos.
Fatores que impulsionaram o Ibovespa
O desempenho positivo do Ibovespa foi impulsionado por diversos fatores:
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Sinalizações de acordo entre EUA e China: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou uma possível flexibilização nas tarifas comerciais aplicadas à China, afirmando que as tarifas finais não seriam “tão altas quanto 145%, não chegarão nem perto. Mas também não será zero”.
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Resposta positiva da China: Guo Jiakun, representante da diplomacia chinesa, reforçou o tom conciliador ao afirmar que a porta de diálogo “está escancarada”, indicando disposição para negociações com os EUA.
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Valorização das commodities: As ações da Vale (VALE3) subiram 2,25%, impulsionadas pelo aumento no preço do minério de ferro na Bolsa de Dalian. As ações da Petrobras também apresentaram desempenho positivo, com a ON (PETR3) subindo 0,88% e a PN (PETR4) avançando 1,23%.
Queda do dólar
O dólar comercial apresentou desvalorização ao longo do dia. Por volta das 10h, a moeda americana era cotada a R$ 5,686, representando uma queda de 0,71%. Esse movimento acompanha a expectativa de que um acordo entre Washington e Pequim possa finalmente aliviar a prolongada disputa comercial.
Impacto nos mercados internacionais
O otimismo não se restringiu ao mercado brasileiro. As bolsas dos Estados Unidos também registraram ganhos:
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Dow Jones: +1,36%
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S&P 500: +1,87%
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Nasdaq: +2,73%
Esses resultados refletem a melhora no humor dos investidores diante das sinalizações de distensão nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Perspectivas futuras
Analistas apontam que a continuidade desse cenário positivo dependerá da efetivação das negociações entre EUA e China e da manutenção de políticas que favoreçam o comércio internacional. Além disso, o desempenho das commodities e a estabilidade política interna serão fatores determinantes para o comportamento do Ibovespa nos próximos meses.