Na terça-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que os militares do país estão planejando mobilizar até 500 mil soldados adicionais em sua luta contra a Rússia. Durante sua conferência de imprensa anual de final de ano, Zelensky compartilhou a intenção dos militares, enfatizando que a decisão final dependerá de detalhes específicos a serem apresentados pelos principais líderes militares.
“Preciso de detalhes: o que acontecerá com o exército de 1 milhão de soldados da Ucrânia, o que acontecerá com aqueles caras que defendem nosso Estado há dois anos? Temos problemas de rodízio e feriados. Deveria ser um plano abrangente”, afirmou Zelensky, destacando a complexidade do assunto. Ele assegurou que as mulheres não seriam mobilizadas para a guerra.
O presidente ucraniano demonstrou confiança de que os Estados Unidos fornecerão ajuda financeira adicional à Ucrânia, mesmo diante de sinais de que um acordo de financiamento para Kiev pode não ser alcançado antes do Natal. As negociações no Senado estão em andamento para definir disposições de segurança fronteiriça que desbloqueariam financiamento suplementar para a Ucrânia e Israel, mas ainda não há um cronograma estabelecido.
Caso não haja ação do Congresso até o final do ano, a Casa Branca alertou que ficará sem fundos para a Ucrânia. Apesar disso, Zelensky expressou confiança: “Estou confiante de que os EUA não nos decepcionarão e que o que acordamos com os EUA será cumprido.”
Sobre a situação no conflito com a Rússia, Zelensky declarou que a Rússia não conseguiu atingir nenhum dos seus objetivos este ano e expressou otimismo ao afirmar que não acredita que a Ucrânia perderá a guerra. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, recentemente alertou que não haverá solução de paz na Ucrânia até que a Rússia alcance seus objetivos globais de “desnazificação” e desmilitarização do país vizinho. O cenário geopolítico na região continua tenso, com implicações significativas para a estabilidade na Europa Oriental.