Aos 99 anos, faleceu nesta quinta-feira (2) o renomado engenheiro, arquiteto e empresário Adolpho Lindenberg, fundador da construtora e incorporadora que leva seu nome. Sua morte ocorre a apenas um mês do seu centenário, no mesmo ano em que sua empresa completa sete décadas de atividade.
Uma trajetória marcada pela excelência e inovação
A história da construtora Lindenberg remonta a 1954, quando Lindenberg ergueu três casas no então novo bairro do Ibirapuera, em São Paulo. Desde então, a empresa se tornou uma referência no mercado imobiliário, realizando mais de 700 empreendimentos, com destaque para a capital paulista.
Marcelo Buazar, diretor de novos negócios e um dos quatro sócios atuais da empresa, destaca que o foco sempre esteve nos imóveis de alto padrão. Nos anos 1960, Lindenberg inovou ao oferecer unidades amplas e requintadas, conquistando as famílias ricas paulistanas e incentivando a verticalização da cidade.
Expansão internacional e marcos arquitetônicos
Durante os anos 1970, a construtora expandiu suas operações para o exterior, lançando empreendimentos em Portugal, no Paraguai e no Chile. Nos anos 1980, a empresa introduziu os edifícios com piscinas privativas no terraço de cada andar, marcando a paisagem urbana e elevando o conceito de luxo na cidade.
Além dos prédios residenciais, a Lindenberg também deixou sua marca em hotéis e edifícios comerciais, como o reconhecido Casa Grande, no Guarujá, e o Tropical Hotel, em Manaus. A companhia, atualmente sob o comando da segunda geração da família, mantém uma sólida parceria com a incorporadora EZTec, que resultou em três lançamentos conjuntos em 2022.
Legado e influência contínua
Mesmo afastado dos negócios nos últimos anos, Adolpho Lindenberg continuava sendo consultado pelos diretores, especialmente em questões arquitetônicas. Sua visão e expertise continuavam sendo fundamentais para a empresa, que sempre buscou manter os padrões de excelência estabelecidos por seu fundador.
Ativo até os últimos anos de vida, Lindenberg demonstrava sua paixão pelo trabalho ao visitar exposições e viajar pelo mundo, mesmo em idade avançada. Seu legado perdurará na história da arquitetura e do urbanismo brasileiros, inspirando futuras gerações de profissionais do setor.