Paulo Skaf retorna à presidência da Fiesp com plano de fortalecimento da indústria até 2029
O empresário Paulo Skaf foi eleito novamente presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O novo mandato será de quatro anos, com início em janeiro de 2026 e término em dezembro de 2029. A eleição contou com candidatura em chapa única e expressiva aprovação de 99% dos votos válidos. A volta de Skaf marca o retorno de um dos nomes mais influentes da indústria brasileira ao comando da principal entidade do setor.
Com uma trajetória consolidada à frente da Fiesp entre 2004 e 2021, Paulo Skaf reassume o posto com a promessa de adotar uma postura estratégica e ativa na defesa dos interesses da indústria paulista e nacional. Sua gestão anterior foi marcada por campanhas públicas, articulação política e ações voltadas à redução da carga tributária e ao fortalecimento do setor produtivo. O novo mandato promete ampliar ainda mais essas diretrizes.
Skaf sucede Josué Gomes da Silva, que encerra seu período na presidência da entidade em 31 de dezembro de 2025.
Quem é Paulo Skaf
Paulo Skaf é um nome de peso no cenário industrial brasileiro. Além de sua longa passagem pela presidência da Fiesp, também disputou eleições majoritárias, incluindo ao governo de São Paulo. Durante sua liderança anterior, esteve à frente da entidade em momentos críticos da economia nacional, como a crise de 2008, as manifestações de 2013, o impeachment de 2016 e a pandemia de 2020.
Sua atuação sempre foi marcada por forte presença institucional, defesa da indústria nacional, incentivo à educação técnica e ações de mobilização pública. A volta de Paulo Skaf ao comando da Fiesp é vista como um movimento de reunificação do setor e de retomada de protagonismo institucional.
Diplomacia empresarial como prioridade
Um dos pilares da nova gestão de Paulo Skaf será a construção de uma diplomacia empresarial sólida. O objetivo é reposicionar a Fiesp como interlocutora qualificada nos acordos internacionais, ampliando a presença da indústria brasileira no comércio global.
Skaf pretende defender com firmeza a cadeia produtiva nacional diante dos parceiros comerciais históricos do Brasil, ao mesmo tempo em que buscará abrir novos mercados. A diplomacia empresarial também deve incluir ações voltadas à inovação, à sustentabilidade, à transição energética e ao incentivo à reindustrialização do país.
Fortalecimento da cadeia produtiva nacional
Outro compromisso central do novo mandato é o fortalecimento de toda a cadeia produtiva da indústria. Paulo Skaf defende uma política industrial moderna, com foco na valorização do conteúdo local, incentivo à inovação, qualificação profissional e estímulo ao investimento em tecnologia.
A nova gestão da Fiesp buscará contribuir ativamente na formulação de políticas públicas que reduzam burocracias, aumentem a competitividade e estimulem o crescimento sustentável do setor industrial. O empresariado paulista, segundo Skaf, será peça-chave para alavancar a retomada econômica do país nos próximos anos.
Transição entre Josué Gomes e Paulo Skaf
O atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, encerrará sua gestão no fim de 2025. Durante sua administração, buscou uma atuação mais institucional e menos combativa. A eleição de Paulo Skaf representa uma mudança de rumo, indicando que a Fiesp deverá voltar a adotar uma postura mais ativa no debate público e nas negociações com o governo.
A expectativa é que a entidade amplie seu papel na discussão sobre reforma tributária, política industrial, infraestrutura e inserção do Brasil nas cadeias globais de valor.
Diretrizes da gestão 2026-2029
A nova presidência da Fiesp comandada por Paulo Skaf deverá priorizar os seguintes pontos:
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Participação efetiva na construção da reforma tributária, defendendo um modelo que favoreça a indústria nacional.
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Promoção de políticas públicas que incentivem a inovação, a digitalização e o uso de novas tecnologias no setor produtivo.
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Investimento na qualificação de mão de obra por meio do fortalecimento do SENAI e de parcerias com universidades e centros de pesquisa.
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Apoio a projetos de infraestrutura logística que melhorem a competitividade industrial.
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Estímulo à produção com práticas sustentáveis, alinhadas à transição energética e à redução da emissão de carbono.
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Reforço na interlocução com governos estaduais, federal e organismos internacionais para defender os interesses do setor.
O papel estratégico da Fiesp
A Fiesp representa cerca de 130 mil indústrias do Estado de São Paulo, abrangendo uma ampla diversidade de setores. Sua influência política e econômica é significativa, sendo uma das principais vozes do setor produtivo no país.
Com Paulo Skaf de volta à presidência, espera-se que a entidade reassuma o protagonismo em campanhas nacionais, articulações com o Congresso e posicionamentos estratégicos sobre temas cruciais para o desenvolvimento do Brasil.
A força política de Skaf
Além de seu histórico na liderança da Fiesp, Paulo Skaf também é reconhecido por sua capacidade de articulação política. Durante sua trajetória, construiu pontes com diferentes espectros ideológicos, sempre com foco na defesa da indústria e na geração de empregos.
Sua atuação tende a reunir diferentes segmentos do setor produtivo, facilitando a construção de consensos e fortalecendo a representatividade institucional da entidade.
O que esperar da nova Fiesp
Com a eleição de Paulo Skaf, a Fiesp deverá voltar ao centro das discussões econômicas e políticas nacionais. A promessa de promover uma diplomacia empresarial ativa e de atuar na reindustrialização do Brasil indica um ciclo de intensas movimentações estratégicas.
Nos próximos quatro anos, a atuação da entidade será fundamental para reposicionar a indústria brasileira em um mundo cada vez mais tecnológico, competitivo e sustentável. O desafio será equilibrar inovação com produtividade, representatividade com pragmatismo e tradição com modernização.






