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Home Economia

Inflação no Brasil desacelera: projeções para 2025 indicam cenário mais favorável

por Redação
26/09/2025
em Economia, Destaque, News
Inflação No Brasil Desacelera: Projeções Para 2025 Indicam Cenário Mais Favorável Gazeta Mercantil - Jornal De Economia

Inflação no Brasil desacelera e sinaliza novo ciclo econômico: veja projeções, impactos e tendências para 2025

A inflação no Brasil apresenta sinais consistentes de desaceleração em 2025, refletindo um cenário macroeconômico mais favorável tanto no mercado doméstico quanto no contexto internacional. Dados recentes do IPCA e do IGP-DI reforçam a tendência de alívio inflacionário, enquanto os setores de varejo e serviços demonstram estabilidade e moderação. Ao mesmo tempo, a economia global vive um momento misto, com a resiliência dos Estados Unidos, retração no varejo da Zona do Euro e pressão deflacionária na China. Esses fatores, juntos, ajudam a moldar as expectativas sobre juros e crescimento no Brasil e no mundo.

IPCA aponta para menor variação mensal dos últimos dois anos

A principal referência da inflação no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve apresentar uma variação de 0,19% em junho. Caso confirmado, será o menor resultado para o mês em dois anos. Essa desaceleração é atribuída principalmente à deflação nos preços dos alimentos, mesmo com a permanência da bandeira tarifária vermelha nível 1 imposta pela Aneel e alguns focos de pressão inflacionária pontual.

A inflação acumulada em 12 meses pode recuar para 5,30%, atingindo o menor patamar dos últimos quatro meses, mas ainda acima do teto da meta estabelecida para o período. Para 2025, a projeção do IPCA se mantém próxima a 5%, mais precisamente em 4,89%, refletindo o equilíbrio entre os choques recentes e o comportamento benigno de alguns componentes-chave da cesta de consumo.

IGP-DI reforça perspectiva de inflação controlada

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho deve intensificar o movimento deflacionário iniciado em maio, com uma queda estimada em 2,1%. A redução está sendo puxada principalmente pela queda expressiva nos preços de produtos agropecuários importantes, como arroz, milho, trigo, café e açúcar.

Essa tendência no atacado, em especial nos produtos in natura, tende a se refletir gradualmente nos preços ao consumidor. O real valorizado também contribui para esse movimento, ao baratear os produtos importados. Ainda que o cumprimento da meta de inflação no Brasil em 2025 continue desafiador, o ambiente se mostra menos pressionado e mais equilibrado do que nos anos anteriores.

Comércio varejista cresce de forma seletiva

No comércio varejista, os dados de maio apontam para uma leve alta nas vendas, especialmente em segmentos sensíveis à renda, como alimentos e vestuário. No entanto, categorias dependentes de crédito, como veículos, eletrodomésticos e materiais de construção, demonstram sinais de enfraquecimento.

O recuo nas vendas de material de escritório e informática e a estagnação nos segmentos de móveis e eletrodomésticos indicam uma nova fase de transição para o consumo, impactado por juros elevados e maior seletividade das famílias. Mesmo assim, o setor segue contribuindo de forma positiva para o crescimento da economia.

Serviços mantêm estabilidade com suporte do mercado de trabalho

O setor de serviços apresenta sinais de moderação, com estabilidade no volume de maio. A desaceleração se deve à perda de fôlego do agronegócio e à retração da produção industrial, além da influência de fatores externos. O PMI de serviços, indicador antecedente, permaneceu abaixo de 50 pontos em junho, apontando contração da atividade.

Apesar disso, o consumo das famílias continua sustentado por um mercado de trabalho aquecido. A taxa de desemprego segue em queda, o que ajuda a manter o dinamismo dos serviços e suaviza os efeitos negativos da desaceleração em outros setores. A resiliência do emprego torna incerto o ritmo real de arrefecimento da economia no curto prazo.

Economia dos EUA mantém tração e pode postergar cortes de juros

Nos Estados Unidos, a atuação do Federal Reserve (Fed) continua sob os holofotes. A ata da última reunião da instituição deve trazer um tom mais rígido, refletindo a persistência de riscos inflacionários e a solidez do mercado de trabalho norte-americano.

As expectativas de corte de juros para este mês praticamente desapareceram. A maioria das apostas se concentra na reunião de setembro, mas nem essa data é garantida, dado o cenário de preços elevados de energia e tensões comerciais. A manutenção de uma política monetária restritiva nos EUA pode influenciar diretamente o câmbio e a inflação no Brasil, especialmente via repasse cambial.

Zona do Euro apresenta enfraquecimento no consumo

Na Europa, a economia também enfrenta desafios. As vendas no varejo da Zona do Euro recuaram em maio, puxadas principalmente pela queda de 1,6% na Alemanha. A fraqueza do consumo se soma aos juros ainda elevados e à instabilidade econômica geral, dificultando uma recuperação robusta.

O cenário pode motivar o Banco Central Europeu (BCE) a adotar novos cortes de juros no segundo semestre, para estimular a atividade e combater o risco de estagnação prolongada. No entanto, as decisões dependerão de dados mais consistentes ao longo dos próximos meses.

China vive deflação e desaceleração da demanda interna

A inflação na China permanece em território negativo, com os principais índices – IPC e IPP – sinalizando deflação. A economia do país asiático ainda carece de impulso suficiente para gerar uma retomada mais vigorosa da demanda interna. O PMI também permanece próximo de 50 pontos, indicando estagnação.

O governo chinês deve continuar implementando estímulos monetários e fiscais, ainda que de forma gradual. Caso os dados econômicos continuem decepcionando, é possível que novas medidas sejam adotadas para sustentar o crescimento e evitar um ciclo prolongado de deflação.

Balança comercial chinesa segue forte com foco nas exportações

Apesar das dificuldades no consumo interno, a balança comercial da China mantém um bom desempenho graças ao crescimento das exportações. Em junho, espera-se novo avanço nas vendas externas, impulsionado pelo fortalecimento do comércio com outros parceiros internacionais.

As importações, por outro lado, seguem em retração, refletindo a fragilidade da demanda doméstica. Essa dicotomia reforça o diagnóstico de uma recuperação desigual na China, com maior dependência do setor externo e baixa contribuição da economia interna para a atividade global.

Implicações para a inflação no Brasil e o cenário de juros

Todos esses elementos – inflação interna mais controlada, consumo seletivo, cenário externo ambíguo – formam o pano de fundo para as decisões de política monetária no Brasil. Com o IPCA em queda e o IGP-DI sinalizando deflação no atacado, cresce a expectativa de que o Banco Central possa manter a Selic estável ou até mesmo retomar cortes moderados nos juros.

Contudo, o comportamento do Fed, a valorização do dólar e a volatilidade internacional ainda representam riscos que podem influenciar a trajetória dos preços domésticos. O equilíbrio fiscal, as decisões sobre o IOF e as condições do mercado de trabalho também serão determinantes para consolidar a atual tendência de desaceleração da inflação no Brasil.

O cenário atual revela que a inflação no Brasil está entrando em uma fase mais benigna, apoiada por quedas nos preços do atacado, menor pressão nos alimentos e estabilidade nos serviços. Esse alívio, no entanto, não é suficiente para garantir o pleno cumprimento da meta inflacionária. A influência de fatores externos, como a política monetária dos EUA e o enfraquecimento da economia europeia e chinesa, impõe desafios à estabilidade dos preços.

Mesmo assim, as perspectivas são mais positivas do que no passado recente, e o país pode aproveitar esse momento para calibrar suas políticas econômicas e promover um ciclo de crescimento sustentável e com controle inflacionário.

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