Durante a Conferência de Tecnologia de GPU (GTC) 2024 da Nvidia, realizada na segunda-feira (18), a empresa surpreendeu o mercado ao anunciar a GPU B200 para IA, baseada na arquitetura Blackwell. Este lançamento marca um avanço significativo na capacidade de processamento de informações para tarefas complexas de inteligência artificial, aprendizado de máquina, análise de dados e desenvolvimento de projetos de grande escala.
Mas, o que exatamente é uma GPU? A GPU, ou Unidade de Processamento Gráfico, é um processador especializado em lidar com conteúdo gráfico, inicialmente desenvolvido para proporcionar uma experiência visual imersiva em jogos, vídeos e imagens. No entanto, sua utilidade se estendeu para operações que demandam grande capacidade computacional, como aprendizado de máquina e processamento de grandes volumes de dados.
De acordo com a Nvidia, a GPU B200 pode entregar até quatro vezes mais desempenho em treinamento, trinta vezes mais em inferências e vinte e cinco vezes mais eficiência energética em comparação com os chips Hopper H100. O fundador e CEO da Nvidia, Jensen Huang, descreveu a GPU B200 como a “mais potente de todos os tempos”, enfatizando sua finalidade voltada para tarefas complexas em vez de jogos.
Essa tecnologia promete revolucionar uma ampla gama de indústrias, incluindo simulação de engenharia, automação de design de eletrônicos, processamento de dados, desenvolvimento de medicamentos, computação quântica e inteligência artificial generativa.
Os chips GPU Blackwell B200 apresentam 208 bilhões de transistores e podem operar de forma interconectada, utilizando o NVLink, com uma largura de banda direcional de 1,8 TB/s. Isso permite uma comunicação de dados de alta velocidade entre 576 GPUs, aumentando a largura de banda e o tamanho do modelo. Além disso, a Nvidia afirma que o treinamento de um modelo de 1,8 trilhão de parâmetros exigiria apenas 2.000 GPUs B200, consumindo uma fração da energia necessária anteriormente.
A demanda por essa nova tecnologia é alta, com empresas de tecnologia líderes, como Google Cloud, Microsoft Azure, Oracle Cloud Infrastructure, Amazon Web Services (AWS), Cisco, Lenovo, Supermicro e Dell, já demonstrando interesse em adquirir esses poderosos chips da Nvidia para desenvolvimento de projetos e implantações em larga escala ainda neste ano.