sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
contato@gazetamercantil.com
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
GAZETA MERCANTIL
Sem resultados
Todos os resultados
Home Economia

Governo amplia acesso ao Plano Brasil Soberano e reduz limite para 1%

21/11/2025
em Economia, Destaque, News
Governo Amplia Acesso Ao Plano Brasil Soberano E Reduz Limite Para 1% - Gazeta Mercantil

Governo amplia acesso de empresas ao Plano Brasil Soberano para mitigar impacto das tarifas dos EUA

O Plano Brasil Soberano, criado pelo governo federal para socorrer empresas afetadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, foi ampliado nesta quarta-feira (12) por meio da Portaria nº 21, publicada conjuntamente pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A nova regra reduz de 5% para 1% o limite mínimo de impacto no faturamento das exportações para que empresas possam acessar as linhas de crédito emergenciais.

Com essa alteração, o governo busca ampliar o alcance do programa, garantindo suporte não apenas a grandes exportadores, mas também a micro e pequenas empresas, produtores rurais e fornecedores da cadeia produtiva que tiveram suas receitas comprometidas pela escalada tarifária norte-americana. O pacote de crédito, no valor total de R$ 30 bilhões, é operado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).


Plano Brasil Soberano: ampliação do acesso e novas regras

A mudança anunciada pelo governo federal tem o objetivo de proteger o setor produtivo nacional e reduzir o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Na versão anterior do programa, apenas empresas que comprovassem perda superior a 5% do faturamento bruto com exportações aos EUA podiam acessar o crédito emergencial. Agora, o Plano Brasil Soberano passa a contemplar qualquer empresa que registre ao menos 1% de impacto entre julho de 2024 e junho de 2025.

A portaria também inclui fornecedores de exportadores entre os beneficiários, reconhecendo o efeito indireto das medidas protecionistas americanas sobre toda a cadeia industrial. Essa ampliação faz parte da estratégia de manutenção da competitividade do Brasil no comércio internacional e de estímulo à recuperação de segmentos estratégicos da economia.

Segundo o MDIC, o novo enquadramento atende à demanda de setores industriais que enfrentam encarecimento logístico, perda de competitividade e pressão cambial, sobretudo em setores de manufaturados, têxteis, calçados, químicos e metalúrgicos.


Crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas

O Plano Brasil Soberano é um dos pilares da política industrial do governo para conter os efeitos do chamado tarifaço dos EUA, anunciado em meados de 2024.

As linhas de crédito operadas pelo BNDES oferecem condições diferenciadas de financiamento, com taxas reduzidas, prazos estendidos e carência para pagamento. O objetivo é permitir que empresas possam recompor capital de giro, manter empregos e preservar sua capacidade exportadora.

O pacote financeiro contempla:

  • Linhas de crédito para capital de giro emergencial;

  • Financiamento de investimentos produtivos;

  • Programas de modernização tecnológica e substituição de importações;

  • Apoio à cadeia de fornecedores vinculada a exportadores diretos.

O governo também estuda a possibilidade de expandir o fundo garantidor do BNDES para ampliar a capacidade de concessão de crédito e atrair investidores privados ao programa.


Alckmin: foco em proteger o setor produtivo e ampliar a abrangência setorial

O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, destacou que o Plano Brasil Soberano é uma resposta imediata às necessidades do setor produtivo, que vem sofrendo os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos em produtos como aço, alumínio, etanol e derivados agrícolas.

Com a redução do limite de faturamento e a inclusão de fornecedores, a portaria garante maior abrangência setorial, permitindo que empresas de pequeno e médio porte também tenham acesso aos recursos emergenciais.

A estratégia, segundo o ministro, faz parte do compromisso do governo com a reindustrialização sustentável do Brasil, baseada na transição energética, inovação e fortalecimento das exportações de valor agregado.


Diplomacia econômica: negociações com os Estados Unidos continuam

Enquanto amplia o acesso ao Plano Brasil Soberano, o governo brasileiro mantém negociações diplomáticas com Washington para buscar uma solução permanente às tarifas impostas.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reuniu-se com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Niágara, no Canadá, à margem da reunião do G7, para discutir o tema. O encontro ocorre dias após o Brasil encaminhar uma proposta formal de negociação comercial aos EUA, em 4 de novembro, com o objetivo de reduzir tarifas e compensar perdas setoriais.

O Itamaraty confirmou que o governo brasileiro vem defendendo uma abordagem cooperativa, enfatizando a importância do equilíbrio nas relações comerciais bilaterais e da manutenção de um ambiente de previsibilidade para investimentos.


Plano Brasil Soberano e o contexto do tarifaço americano

As tarifas impostas pelos Estados Unidos atingem principalmente produtos siderúrgicos, químicos, têxteis, calçados e agrícolas, afetando diretamente a balança comercial brasileira.

O Plano Brasil Soberano foi criado para neutralizar os efeitos imediatos dessas medidas, garantir liquidez às empresas e evitar o fechamento de fábricas e postos de trabalho.

Desde o anúncio do tarifaço, o governo brasileiro vem atuando em frentes diplomáticas e financeiras para minimizar os danos ao setor exportador, que representa uma parcela fundamental da geração de divisas e empregos no país.

A expectativa é que, com a ampliação do plano e a negociação bilateral em curso, o Brasil consiga preservar sua competitividade internacional, especialmente nos segmentos de alta tecnologia, biocombustíveis e agronegócio.


Repercussão no setor produtivo

Empresários e entidades industriais consideraram a ampliação do Plano Brasil Soberano uma medida positiva, sobretudo para pequenas e médias empresas exportadoras que estavam fora do alcance do programa anterior.

A redução da exigência de impacto para 1% do faturamento deve permitir que centenas de novos beneficiários acessem o crédito emergencial.

Especialistas destacam que o plano tem dupla função econômica: de curto prazo, atua como escudo financeiro contra os efeitos do protecionismo americano; e, no médio prazo, como instrumento de política industrial, incentivando a diversificação de mercados e a modernização da indústria nacional.

Economistas observam que a iniciativa também reforça o posicionamento do Brasil como líder na defesa do multilateralismo comercial e na busca por parcerias equilibradas dentro do cenário global.


BNDES: execução do crédito e prazos de liberação

O BNDES será responsável pela análise e liberação dos recursos dentro do Plano Brasil Soberano. As empresas interessadas poderão submeter seus pedidos diretamente por meio das instituições financeiras credenciadas.

Entre as principais condições previstas:

  • Taxa de juros reduzida, compatível com a Selic atual;

  • Prazo de até 120 meses para quitação;

  • Carência de até 24 meses;

  • Possibilidade de renegociação de dívidas existentes;

  • Garantias flexíveis, com cobertura parcial do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI).

A expectativa é que as primeiras liberações ocorram ainda em novembro, priorizando setores com maior vulnerabilidade às barreiras tarifárias.


Impactos esperados e perspectivas

Com a ampliação do Plano Brasil Soberano, o governo espera reduzir a pressão sobre o setor industrial, preservar mais de 500 mil empregos diretos e indiretos e evitar retração nas exportações brasileiras para o mercado norte-americano.

Além disso, a medida contribui para manter o fluxo cambial positivo, reforçando a posição externa do Brasil e favorecendo a estabilidade macroeconômica.

O programa também tem caráter estratégico para o reposicionamento do Brasil nas cadeias globais de valor, fortalecendo setores intensivos em tecnologia, inovação e energia limpa.

A médio prazo, o governo pretende ampliar o plano para outros parceiros comerciais, caso as tensões comerciais com os Estados Unidos persistam.


Um passo estratégico na defesa da indústria nacional

A ampliação do Plano Brasil Soberano marca uma resposta coordenada do governo às barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos. Ao incluir um número maior de empresas e fornecedores, a medida reforça o compromisso com a soberania produtiva, a proteção do emprego e o fortalecimento da economia nacional.

O sucesso do programa dependerá da agilidade na execução do crédito pelo BNDES e do resultado das negociações bilaterais conduzidas pelo Itamaraty. Ainda assim, o movimento sinaliza uma política industrial mais proativa, com foco na autonomia econômica do Brasil em um cenário global desafiador.

Tags: BNDESexportações brasileirasGeraldo Alckmingoverno federalindústria nacionalMauro Vieiranegociação Brasil EUAPlano Brasil Soberanotarifas comerciaistarifas dos EUA

LEIA MAIS

Brasil Amplia Exportações Do Agronegócio Com Índia E Rússia - Gazeta Mercantil
Agronegócio

Brasil amplia exportações do agronegócio com Índia e Rússia

Brasil amplia acesso a mercados com novo acordo que fortalece o agronegócio A conclusão das negociações fitossanitárias entre Brasil, Índia e Rússia representa um dos movimentos diplomáticos e...

MaisDetails
Exportações Aos Eua Caem 28% E Ampliam Déficit Da Balança Brasileira - Gazeta Mercantil
Economia

Exportações aos EUA caem 28% e ampliam déficit da balança brasileira

Exportações aos EUA caem 28% em novembro e ampliam pressão sobre o comércio exterior brasileiro A queda expressiva das exportações aos EUA em novembro acendeu um sinal de...

MaisDetails
Extradição De Carla Zambelli É Adiada Novamente Na Itália - Gazeta Mercantil
Política

Extradição de Carla Zambelli é adiada novamente na Itália

Audiência sobre a extradição de Carla Zambelli volta a ser adiada na Itália e expõe impasse diplomático A disputa judicial que envolve a extradição de Carla Zambelli ganhou...

MaisDetails
Globo Registra R$ 13,1 Bi, Mas Vê Pressão Sobre Faturamento - Gazeta Mercantil
Business

Globo registra R$ 13,1 bi, mas vê pressão sobre faturamento

Globo enfrenta desafios apesar do forte faturamento de R$ 13,1 bilhões em 2025 A Globo encerrou os nove primeiros meses de 2025 com um dado incontestável: o faturamento...

MaisDetails
Dinâmica Entre Juros, Tarifas, Geopolítica E Realocação Global De Capital Define O Comportamento Do Dólar E Do Euro E Reacende Debate Sobre O Rumo Do Câmbio Em 2026. - Gazeta Mercantil
Destaque

Câmbio em 2026: dólar, euro e real em novo cenário global

Câmbio em 2026: o que esperar do dólar e do euro após um ano histórico para as moedas globais A discussão sobre o câmbio em 2026 ganhou força...

MaisDetails
PUBLICIDADE

GAZETA MERCANTIL

Brasil Amplia Exportações Do Agronegócio Com Índia E Rússia - Gazeta Mercantil
Agronegócio

Brasil amplia exportações do agronegócio com Índia e Rússia

Exportações Aos Eua Caem 28% E Ampliam Déficit Da Balança Brasileira - Gazeta Mercantil
Economia

Exportações aos EUA caem 28% e ampliam déficit da balança brasileira

Extradição De Carla Zambelli É Adiada Novamente Na Itália - Gazeta Mercantil
Política

Extradição de Carla Zambelli é adiada novamente na Itália

Globo Registra R$ 13,1 Bi, Mas Vê Pressão Sobre Faturamento - Gazeta Mercantil
Business

Globo registra R$ 13,1 bi, mas vê pressão sobre faturamento

Dinâmica Entre Juros, Tarifas, Geopolítica E Realocação Global De Capital Define O Comportamento Do Dólar E Do Euro E Reacende Debate Sobre O Rumo Do Câmbio Em 2026. - Gazeta Mercantil
Destaque

Câmbio em 2026: dólar, euro e real em novo cenário global

Crédito Digital Acelera A Economia E Amplia Inclusão No Brasil - Gazeta Mercantil
Economia

Crédito digital acelera a economia e amplia inclusão no Brasil

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco
Gazeta Mercantil Logo White

contato@gazetamercantil.com

EDITORIAS

  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

Veja Também:

  • Brasil amplia exportações do agronegócio com Índia e Rússia
  • Exportações aos EUA caem 28% e ampliam déficit da balança brasileira
  • Extradição de Carla Zambelli é adiada novamente na Itália
  • Globo registra R$ 13,1 bi, mas vê pressão sobre faturamento
  • Câmbio em 2026: dólar, euro e real em novo cenário global
  • Crédito digital acelera a economia e amplia inclusão no Brasil

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com

Sem resultados
Todos os resultados
  • Brasil
  • Business
  • Cultura & Lazer
  • Economia
    • Criptomoedas
    • Dólar
    • Fundos Imobiliários
    • Ibovespa
  • Esportes
  • Lifestyle
    • Veículos
    • Moda
    • Viagens
  • Mundo
  • News
  • Política
  • Saúde
  • Tecnologia
  • Trabalho
  • Anuncie Conosco

© 2025 GAZETA MERCANTIL - PORTAL DE NOTÍCIAS - Todos os direitos reservados | contato@gazetamercantil.com