A operadora de TV por assinatura SKY está ampliando sua presença no mercado de banda larga por meio de aquisições estratégicas. Recentemente, a empresa adquiriu os clientes e ativos dos provedores Netsulminas e Level Link, marcando sua estreia com infraestrutura própria de casas passadas com fibra óptica.
A SKY, conhecida por sua atuação na TV via satélite, está buscando se tornar um relevante provedor de banda larga. Para isso, realizou suas duas primeiras aquisições no mercado de fibra óptica. Os provedores Netsulminas, presentes em quatro cidades de Minas Gerais, e Level Link, atuante em Fortaleza e Caucaia (CE), agora fazem parte do portfólio da SKY.
A movimentação da SKY faz parte de uma estratégia que complementa sua abordagem atual na banda larga. A empresa tem se baseado em redes neutras para oferecer serviços de internet. Agora, com infraestrutura própria, a SKY está expandindo suas operações para oferecer vendas e conexões diretas casa-cliente em regiões específicas.
Sergio Ribeiro, vice-presidente comercial e de operações da SKY, destaca que essa abordagem faz parte de um processo de aprendizado. A empresa também está considerando novas aquisições seguindo esse mesmo modelo, reconhecendo boas oportunidades no mercado.
A SKY não divulgou detalhes financeiros nem informações sobre os clientes adquiridos da Netsulminas e Level Link. No entanto, essas aquisições também são importantes em termos de recursos humanos. Ao manter os provedores como parceiros, a SKY agrega experiência no setor de fibra óptica, adaptando-se bem ao novo modelo de negócio.
A SKY já está presente em 215 cidades com seu serviço de internet banda larga, especialmente por meio do SKY Fibra. A empresa planeja alcançar 380 cidades até o final do ano. Além disso, está investindo em conteúdo de streaming, visando se tornar uma empresa de conectividade e entretenimento.
Apesar dessa expansão, a SKY continua sendo uma das maiores provedoras de TV por assinatura via satélite do Brasil, atendendo a todas as regiões do país, com ênfase nas áreas rurais.
Em abril, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) reclassificou a SKY como uma prestadora de pequeno porte (PPP) na TV por assinatura. Essa mudança ocorreu porque a agência começou a considerar não apenas a TV paga tradicional (SeAC), mas também plataformas de streaming ao calcular o market share. Como resultado, a SKY agora tem acesso aos benefícios regulatórios destinados às PPPs, o que foi crucial para a entrada de novas empresas no mercado de banda larga.
