O Death Valley conta com 7.800 km² de extensão e fica na parte leste da Califórnia, mais precisamente ao norte do deserto de Mojave, e ostenta o título de lugar mais quente por ter registrado o recorde de maior temperatura da Terra até hoje: 56,7ºC, em um verão de 1913.
Embora cercado por cadeias de montanhas, o vale está situado na elevação mais baixa dos Estados Unidos. Além disso, o solo alcalino do deserto é totalmente seco e carece de vegetação, enquanto as montanhas ao redor retêm o calor refletido pelo escasso solo do deserto, tornando-o extremamente quente no verão e inóspito mesmo no inverno.
Em 1994, o local foi declarado parque nacional, e até hoje o Death Valley se destaca como ponto turístico. Para se ter uma noção, cerca de 1 milhão de pessoas visitam o Vale da Morte a cada ano para desfrutar da paisagem desértica e, claro, sentir na pele a altíssima temperatura.
Bacia de Badwater: o lugar mais quente do lugar mais quente
O ponto mais quente do Vale da Morte é a Bacia de Badwater. É simplesmente o ponto mais baixo da América do Norte, situado a 85,5 metros abaixo do nível do mar. As chuvas anuais na bacia, cuja superfície está coberta por uma grossa camada de sal, não chegam a 50 milímetros. Além disso, o lugar não vê chuva há anos.
É preciso entender que, quando o ar ao nível do solo esquenta e começa a subir, é bloqueado pelas montanhas que circulam a bacia e pela pressão atmosférica, o que cria correntes de ar quente circulares e tornam o calor intenso, mesmo na sombra.
Mas foi a 20 km dali que o vale teve a temperatura mais alta já registrada: no Furnace Creek. Até mesmo os trabalhadores do local costumam levantar alertas para os turistas, acerca dos períodos mais desafiadores para se fazer trilhas e a importância de contar com quantidades suficientes de água durante a visita, considerando que o lugar não é apenas quente, mas também muito seco.
Qual temperatura é “muito quente” para o corpo humano?
Mas qual temperatura é “muito quente” para o corpo humano funcionar? Segundo pesquisadores britânicos da Society for Experimental Biology, a tolerância humana ao calor é aparentemente de 40°C a 50°C externos, quando o corpo está em repouso.
Entender esse limite é fundamental para o futuro da espécie humana, principalmente se pensarmos que, com as ondas de calor atuais, alguns pontos no norte da África marcaram em seus termômetros quase 50 ºC (ainda que seja menos que o lugar mais quente do mundo). Mas outros fatores impactam na sobrevivência de um indivíduo, como umidade local e pontos de sombra.
