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Estudo revela que transtornos de ansiedade estão por trás da maioria dos casos de dor torácica

Estudo revela que transtornos de ansiedade estão por trás da maioria dos casos de dor torácica de baixo risco; diagnóstico precoce é essencial para evitar internações e tratamentos inadequados

por Redação
11/11/2025
em Saúde, Destaque, News
Estudo Revela Que Transtornos De Ansiedade Estão Por Trás Da Maioria Dos Casos De Dor Torácica De Baixo Risco; Diagnóstico Precoce É Essencial Para Evitar Internações E Tratamentos Inadequados - Gazeta Mercantil

Ansiedade é a principal causa de dor no peito em emergências, aponta novo estudo

A ansiedade tem se consolidado como uma das principais causas de dor no peito observadas em pronto-atendimentos e hospitais de emergência. Um estudo recente publicado na revista Academic Emergency Medicine mostrou que a maioria dos pacientes que chegam às emergências com dores torácicas de baixo risco não apresenta problemas cardíacos, mas sim distúrbios psicológicos relacionados à ansiedade e ao estresse.

A pesquisa, conduzida nos Estados Unidos, analisou 375 pacientes com dor torácica e constatou que 42% deles apresentavam ansiedade grave. O levantamento ainda mostrou que muitos desses indivíduos também sofriam com depressão, transtorno de pânico, estresse pós-traumático e outros quadros emocionais que podem se manifestar fisicamente.

Esses dados reforçam uma tendência crescente no mundo: a ansiedade não é apenas um problema emocional, mas um dos maiores fatores de sobrecarga nos sistemas de saúde, impactando diretamente a qualidade de vida e a produtividade das pessoas.


Ansiedade e dor no peito: uma conexão alarmante

A dor no peito é, historicamente, um dos sintomas que mais leva pessoas a procurar atendimento médico de urgência. O temor de um infarto ou de uma doença cardíaca grave é compreensível — afinal, essas condições exigem diagnóstico e tratamento rápidos.

No entanto, o que o estudo revela é que uma parcela significativa dos casos tem origem emocional. Quando a ansiedade atinge níveis elevados, o corpo reage como se estivesse diante de uma ameaça real, liberando adrenalina e cortisol — os hormônios do estresse.

Essas substâncias provocam taquicardia, tensão muscular, sudorese e respiração acelerada, sintomas que muitas vezes imitam uma crise cardíaca. A diferença é que, no caso da ansiedade, o coração e o sistema cardiovascular estão saudáveis — é o cérebro que está em estado de alerta constante.


Sintomas físicos da ansiedade que confundem o diagnóstico

A ansiedade pode se manifestar no corpo de formas intensas e variadas. Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Dor no peito (geralmente centralizada ou difusa);

  • Sensação de aperto ou pressão no tórax;

  • Falta de ar e respiração ofegante;

  • Palpitações e aceleração dos batimentos cardíacos;

  • Tontura, formigamento e fraqueza;

  • Sensação de perda de controle ou medo de morrer.

Esses sinais levam muitos pacientes a acreditar que estão sofrendo um ataque cardíaco. No entanto, exames laboratoriais e eletrocardiogramas frequentemente descartam causas cardíacas, confirmando a origem psicossomática dos sintomas.

O problema é que, sem um diagnóstico correto, esses pacientes acabam voltando repetidamente às emergências — um fenômeno já descrito como “ciclo da ansiedade médica”.


Ansiedade: a doença invisível por trás de sintomas reais

O estudo revelou ainda que muitos pacientes com dor torácica e ansiedade convivem com outras comorbidades psicológicas, como depressão e transtorno de pânico. A somatização — quando o sofrimento emocional se manifesta por meio de sintomas físicos — é uma das principais características desses casos.

Especialistas alertam que o cérebro humano não diferencia facilmente dor física e dor emocional. Quando a ansiedade não é tratada, ela provoca reações fisiológicas reais no corpo. Essa interação mente-corpo explica por que a dor no peito causada por ansiedade é intensa e autêntica, mesmo sem qualquer lesão cardíaca.

Além disso, pacientes com baixa autoeficácia — isto é, aqueles que acreditam não ser capazes de lidar com desafios — tendem a desenvolver sintomas mais graves. Esse padrão psicológico está associado ao agravamento da ansiedade e à perda de funcionalidade social e profissional.


Diferenças entre dor cardíaca e dor causada por ansiedade

Embora possam parecer semelhantes, existem diferenças importantes entre a dor no peito cardíaca e a dor causada pela ansiedade.

Característica Dor cardíaca Dor por ansiedade
Localização Região retroesternal (atrás do osso do peito) Centro do peito ou região difusa
Tipo de dor Em aperto, pressão ou peso Em pontada ou queimação leve
Fator desencadeante Esforço físico, estresse intenso Crise de pânico, preocupação, tensão
Duração Pode durar minutos a horas Geralmente curta e cíclica
Sintomas associados Suor frio, náusea, irradiação para braço Falta de ar, tremores, sensação de sufocamento

Reconhecer essas diferenças é essencial para evitar exames desnecessários e oferecer encaminhamento adequado para tratamento psicológico.


Falta de diagnóstico de ansiedade no pronto-atendimento

Mesmo com o crescimento dos casos, a ansiedade ainda é subdiagnosticada nos pronto-socorros. Profissionais da área afirmam que, por questões de segurança, o primeiro passo sempre é descartar condições cardíacas graves.

No entanto, após a exclusão de problemas cardíacos, é fundamental realizar uma avaliação emocional detalhada. Ferramentas clínicas de rastreamento, como o GAD-7 (Generalized Anxiety Disorder Scale), poderiam ser amplamente utilizadas para identificar pacientes com alto nível de ansiedade e encaminhá-los para acompanhamento psicológico ou psiquiátrico.

A ausência dessa triagem faz com que muitos pacientes recebam alta sem orientação adequada, o que perpetua o ciclo de medo, sintomas e retornos constantes às emergências.


Como tratar a dor no peito causada pela ansiedade

O tratamento da ansiedade e da dor torácica não cardíaca exige uma abordagem multidisciplinar. Os pilares são:

  1. Acompanhamento psicológico ou psiquiátrico – A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes para controlar crises de ansiedade e ataques de pânico.

  2. Medicamentos ansiolíticos e antidepressivos – Devem ser utilizados apenas sob prescrição médica e acompanhamento contínuo.

  3. Mudanças no estilo de vida – Práticas como meditação, respiração consciente, exercícios físicos e sono regular ajudam a reduzir os níveis de estresse.

  4. Educação emocional – Compreender o que é a ansiedade e aprender a reconhecer os gatilhos evita que sintomas se agravem.

  5. Encaminhamento ativo – O paciente deve sair do pronto-atendimento já com uma orientação clara sobre o tratamento e acompanhamento posterior.

A adoção dessas medidas reduz significativamente o sofrimento emocional e físico, melhora a qualidade de vida e diminui o número de retornos ao pronto-socorro.


O impacto social e econômico da ansiedade

Além do sofrimento individual, a ansiedade representa um custo elevado para os sistemas de saúde e para a economia global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 300 milhões de pessoas convivem com transtornos de ansiedade no mundo, e o número vem crescendo após a pandemia de Covid-19.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que o país lidera o ranking mundial de prevalência de ansiedade, afetando cerca de 9,3% da população. A sobrecarga sobre os serviços públicos de saúde é evidente, com milhões de atendimentos anuais relacionados a sintomas físicos de origem emocional.

A conscientização e o acesso a diagnósticos precisos são essenciais para reduzir os custos e melhorar a eficiência do atendimento médico, evitando internações desnecessárias.


Quando procurar ajuda médica

Embora a ansiedade seja uma causa comum de dor no peito, é importante destacar que nem toda dor torácica é emocional. Dores intensas, acompanhadas de suor frio, náuseas, irradiação para o braço ou mandíbula e perda de consciência, devem ser avaliadas imediatamente por um médico.

Após descartar causas cardíacas, o paciente pode ser encaminhado para avaliação psicológica. A integração entre cardiologia e saúde mental é o caminho mais eficaz para garantir diagnósticos rápidos e tratamentos adequados.


Reconhecer a ansiedade é salvar vidas

A pesquisa mostra que a ansiedade não é um problema secundário, mas uma questão de saúde pública que precisa ser levada a sério. O reconhecimento precoce dos sintomas psicológicos nos serviços de emergência pode evitar sofrimento prolongado e reduzir custos hospitalares.

Com o avanço das pesquisas e a integração entre saúde mental e medicina de emergência, cresce a expectativa de que, nos próximos anos, o tratamento da ansiedade seja incorporado de forma sistemática aos protocolos de pronto-atendimento.

Cuidar da mente é cuidar do coração — e entender que a dor no peito pode ser, na verdade, um grito silencioso da ansiedade.

Tags: ansiedadecrise de ansiedadedor no peitodor torácicaemergência médicaestresseSaúde Mentalsintomas de ansiedadetranstorno de pânicotratamento psicológico

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