Em uma recente conversa com um aliado político, o ex-presidente Jair Bolsonaro reiterou sua firme determinação de resistir a qualquer tentativa de prisão. As declarações ecoam o tom assertivo que Bolsonaro adotou anteriormente, em 2022, quando já havia indícios de que poderia enfrentar medidas judiciais.
Segundo informações apuradas pela coluna do jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, Bolsonaro enfatizou sua posição de não aceitar ser preso, relembrando uma conversa anterior na qual afirmou que “atiraria para matar” caso alguém tentasse detê-lo. “Eu atiro pra matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”, teria declarado Bolsonaro em uma ocasião no Palácio da Alvorada.
Em sua mais recente interação com um deputado de seu partido, Bolsonaro teria novamente mencionado a disposição de “atirar para matar” e reafirmado que não se submeterá à prisão.
Essas declarações surgem em meio a investigações em curso da Polícia Federal sobre uma possível tentativa de golpe de Estado, com o relatório final previsto para ser concluído até o início do segundo semestre e entregue ao Supremo Tribunal Federal.
A recente revelação do jornal norte-americano The New York Times, que expôs vídeos mostrando Bolsonaro em visita à sede da Embaixada da Hungria em Brasília, levantou questionamentos sobre suas intenções após ter seu passaporte apreendido por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. A atitude do ex-presidente foi interpretada como uma possível tentativa de fuga para evitar uma eventual prisão.
Bolsonaro, conhecido por sua admiração aos militares e por suas posições monarquistas, continua a manter uma postura desafiadora diante das investigações e das pressões judiciais, evidenciando sua determinação em enfrentar qualquer tentativa de detenção.