Concurso do Museu do Futebol 2025 premia crônicas e contos sobre a paixão sul-americana pelo esporte
O concurso do Museu do Futebol divulgou os 20 textos vencedores da edição 2025 e consolidou, mais uma vez, o papel do futebol como elemento de memória, identidade e disputa na América do Sul. Crônicas e contos que tratam de imigração, rivalidades nas fronteiras, resistência feminina, lembranças de torcedores, guerras e ditaduras compõem o conjunto selecionado pelo júri, em uma edição que reforça a força do olhar literário sobre o esporte mais popular do continente.
Localizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, o Museu do Futebol é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Com o concurso do Museu do Futebol, a instituição amplia sua atuação para além das exposições, convidando o público a transformar experiências em narrativa e a registrar, em texto, o impacto do jogo na vida cotidiana de diferentes gerações.
A edição 2025 teve como eixo o futebol sul-americano, em diálogo direto com a exposição temporária “¡Cancha brava! Futebol sudamericano en disputa”, em cartaz no museu até abril de 2026. O resultado é um retrato literário amplo, que atravessa fronteiras físicas e simbólicas para contar como a bola ajuda a explicar o continente.
Tema sul-americano amplia alcance do concurso do Museu do Futebol
Ao adotar o futebol sul-americano como tema, o concurso do Museu do Futebol deu um passo além do eixo tradicional Brasil–campeonatos nacionais. As histórias premiadas percorrem estádios imaginários e reais, cidades de fronteira, cenários de conflitos políticos e familiares, além de vestuários, bares, quintais e arquibancadas em que a bola se mistura com a história de cada país.
Pela primeira vez, o regulamento do concurso do Museu do Futebol aceitou textos em espanhol, desde que escritos por autores e autoras residentes no Brasil. Essa abertura reforça o caráter bilíngue e latino-americano da iniciativa, permitindo que a pluralidade linguística do continente esteja espelhada também nas crônicas e contos selecionados.
A dinâmica reflete a própria proposta da exposição “¡Cancha brava! Futebol sudamericano en disputa”, que inspira o concurso do Museu do Futebol e apresenta o esporte como palco de embates sociais, políticos e culturais. A literatura, ao ecoar esse debate, amplia a capacidade de o museu registrar memórias que não cabem apenas em vitrines, camisas ou taças.
Parceria com a Placar e livro bilíngue fortalecem o projeto
Em sua quarta edição, o concurso do Museu do Futebol manteve a parceria com a Revista Placar, tradicional publicação esportiva brasileira. A colaboração contribui para dar visibilidade aos textos, aproximar o universo literário da crônica esportiva e reforçar o diálogo entre jornalismo, memória e ficção.
Os 20 textos vencedores do concurso do Museu do Futebol serão publicados em um livro bilíngue, em português e espanhol. A publicação amplia o alcance da obra dos autores e ajuda a divulgar, para um público mais amplo, a riqueza das narrativas produzidas em torno do futebol sul-americano. O caráter bilíngue reforça a integração regional e a possibilidade de que leitores de diferentes países acompanhem essas histórias.
Além disso, a edição 2025 do concurso do Museu do Futebol traz uma inovação importante: pela primeira vez, as crônicas e contos vencedores ganharão versões em audiolivro, também em português e espanhol. A produção será disponibilizada gratuitamente por meio do aplicativo de uma plataforma nacional de audiobooks e ebooks, o que amplia o acesso de públicos diversos, incluindo pessoas com deficiência visual ou dificuldades de leitura.
Histórias vencedoras mostram o futebol como espelho da América Latina
O júri do concurso do Museu do Futebol escolheu, entre 762 inscrições válidas, 20 textos que melhor representaram o recorte temático proposto. Em primeiro lugar, “As jugulares da Améfrica Ladina”, de Antonio Gomes de Jesus Neto, narra a trajetória de um imigrante africano que chega à América do Sul com o sonho de se tornar jogador profissional. A história começa no Peru, se expande por diferentes países do continente e termina em Mar del Plata, na Argentina, revelando os contrastes de uma região marcada pela desigualdade e pelo racismo.
O texto vencedor do concurso do Museu do Futebol coloca o futebol como fio condutor da experiência migratória, ao mesmo tempo em que discute temas como pertencimento, exclusão e resistência. A narrativa destaca como a bola pode ser passaporte simbólico, abrindo portas e, algumas vezes, escancarando barreiras.
Em segundo lugar, “Driblando fronteiras”, de Reginaldo Pereira, é ambientado na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. Na cidade colombiana de Letícia, as Copas do Mundo sempre foram motivo de encontro e confraternização entre vizinhos. Esse equilíbrio se rompe quando a seleção brasileira enfrenta a Colômbia nas quartas de final de 2014. O texto selecionado pelo concurso do Museu do Futebol transforma esse momento em metáfora das tensões e reconciliações entre países, mostrando como um jogo amistoso entre moradores é capaz de restaurar a paz local.
No terceiro lugar, “Negócio de família”, de Maria Elisa Savaget Carneiro, apresenta uma crônica bem-humorada sobre uma família que mora ao lado de um estádio e transforma a tentativa de entrar de graça nos clássicos em tradição doméstica. O final surpreendente reforça o tom leve e afetivo do texto, que também marcou a edição 2025 do concurso do Museu do Futebol.
Diversidade de temas entre os 20 textos selecionados
Do quarto ao vigésimo lugar, o concurso do Museu do Futebol reconheceu trabalhos que abordam o esporte sob diferentes perspectivas. Há narrativas que situam o futebol no quintal de casa, como em “A América cabe no meu quintal”, e outras que mergulham na memória afetiva, como “A partida”. Também surgem textos que destacam o protagonismo feminino, a exemplo de “Bette, jogadora de futebol, brilha no primeiro clássico Gre-Nal de futebol feminino”.
Entre as obras selecionadas pelo concurso do Museu do Futebol, aparecem ainda histórias que dialogam com rivalidades históricas, conflitos geracionais, lembranças de ídolos e provocações entre torcidas. Títulos em espanhol, como “La frontera”, “La mejor final de la historia o una mejor historia sin final” e “Un dinosaurio en Santiago”, reforçam a dimensão latino-americana da coletânea.
A presença de autores com diferentes trajetórias, origens e formações confirma o alcance nacional do concurso do Museu do Futebol. As 762 inscrições vieram de todas as regiões do Brasil, configurando o recorde de participação desde a criação da iniciativa. Esse volume demonstra a força da literatura de futebol como linguagem capaz de transpor fronteiras geográficas e sociais.
Premiação reconhece talento e incentiva novos autores
O sistema de prêmios do concurso do Museu do Futebol combina reconhecimento simbólico e estímulo concreto à produção literária. O primeiro colocado recebe R$ 3.000, o segundo, R$ 2.000, o terceiro, R$ 1.500, e os demais autores entre o quarto e o vigésimo lugar recebem R$ 800 cada.
Mais do que o valor financeiro, o concurso do Museu do Futebol oferece visibilidade aos textos, que passam a integrar uma publicação bilíngue e um projeto de audiolivro. Para escritores amadores ou em início de carreira, essa vitrine é decisiva. Para autores mais experientes, a seleção consagra a capacidade de renovação do olhar sobre o futebol.
Ao reunir contos e crônicas em um volume único, o concurso do Museu do Futebol contribui para a preservação de memórias e narrativas que, muitas vezes, nasceriam apenas como relato oral, conversa de arquibancada ou lembrança familiar. Ao serem registradas, essas histórias passam a compor o acervo imaterial do próprio museu.
Júri com nomes ligados à literatura, história e jornalismo esportivo
O julgamento do concurso do Museu do Futebol ficou a cargo de um júri com atuação em diferentes áreas, mas com forte ligação com o universo da cultura e do esporte. A escritora Luiza Romão, vencedora do Prêmio Jabuti 2022 com um livro de poesia, trouxe ao processo a experiência com linguagem literária contemporânea. O historiador e podcaster Matias Pinto, conhecido por projetos que conectam futebol, política e história, contribuiu com a leitura contextual das narrativas.
Também participou do júri o repórter Klaus Richmond, da Revista Placar, aproximando o concurso do Museu do Futebol da crônica esportiva e do jornalismo de campo. A coordenadora do Núcleo de Comunicação e Marketing do Museu do Futebol, Renata Beltrão, completou a equipe e atuou como organizadora do concurso.
A presença de curadores ligados à exposição “¡Cancha brava! Futebol sudamericano en disputa” no júri reforça a coerência entre a linha curatorial do museu e os critérios de seleção do concurso do Museu do Futebol. Essa integração garante que os textos dialoguem com o projeto institucional da casa, em vez de aparecerem isolados.
Museu do Futebol: mais que exposição, um centro de memória e criação
Com o concurso do Museu do Futebol, a instituição reafirma sua vocação como centro de memória e produção de conhecimento. Instalado no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, em uma área de 6.900 m², o museu oferece ao público salas expositivas que exploram estatísticas, imagens, sons e experiências imersivas para explicar por que o futebol é parte indissociável da identidade brasileira.
O concurso do Museu do Futebol amplia essa atuação ao convidar o público a produzir conteúdo, e não apenas consumi-lo. Ao estimular que torcedores, escritores e curiosos transformem vivências em texto, a instituição cria um espaço de diálogo entre a memória oficial, representada em troféus, fotografias e documentos, e a memória afetiva, registrada em crônicas, contos e relatos pessoais.
Concebido pela Fundação Roberto Marinho, o Museu do Futebol é gerido por uma organização social de cultura, que articula financiamento público e patrocínios privados. A realização de iniciativas como o concurso do Museu do Futebol depende dessa rede de apoio, que garante recursos para premiações, publicações e atividades educativas.
Patrocínios e parcerias sustentam a programação em 2025
A temporada 2025 do Museu do Futebol conta com patrocínios de empresas de diferentes setores da economia, além de apoios institucionais e parcerias de mídia. Esse conjunto de apoios viabiliza exposições, programas educativos, ações de acessibilidade e projetos como o concurso do Museu do Futebol.
Empresas ligadas ao comércio eletrônico, indústria, setor farmacêutico e financeiro estão entre os patrocinadores, ao lado de marcas esportivas, veículos de comunicação e escritórios de advocacia. A presença de parceiros de mídia ajuda a dar amplitude à divulgação dos resultados do concurso do Museu do Futebol, levando as histórias selecionadas a públicos que vão além do universo tradicional dos museus.
A articulação com políticas públicas de cultura, como os mecanismos de incentivo, também reforça a capacidade de o Museu do Futebol manter programação contínua. O concurso do Museu do Futebol se insere nesse contexto como uma ferramenta de democratização do acesso à produção cultural, permitindo que qualquer pessoa, em qualquer região do país, participe e tenha seu texto avaliado por um júri especializado.
Concurso do Museu do Futebol fortalece a relação entre literatura e arquibancada
Ao reunir crônicas e contos que falam de fronteiras, ditaduras, famílias, ídolos e derrotas, o concurso do Museu do Futebol mostra que o futebol é, ao mesmo tempo, espetáculo e espelho. As narrativas selecionadas revelam que o jogo carrega marcas da história latino-americana, seja nas histórias de migração, seja nas disputas políticas que atravessam as arquibancadas.
A edição 2025 do concurso do Museu do Futebol confirma a capacidade da literatura de revelar ângulos que muitas vezes passam despercebidos no noticiário esportivo. Enquanto as manchetes se concentram no resultado em campo, as crônicas e contos premiados investigam o que acontece nos bastidores da memória, nos quintais, nas ruas, nas salas de estar e nas fronteiras.
Com o anúncio dos vencedores, o concurso do Museu do Futebol amplia o acervo simbólico da instituição e reforça a ideia de que o futebol não se esgota no apito final. Ele continua nas lembranças, nas histórias contadas em voz baixa e, agora, também nas páginas e nos audiolivros que registram a emoção sul-americana pelo esporte.






