O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados mais recentes provenientes do Censo Demográfico de 2022, fornecendo uma visão aprofundada e detalhada sobre a população do Brasil. Estas informações se tornaram conhecidas revelando aspectos cruciais da demografia nacional.
Com uma população que ultrapassa os 203 milhões de habitantes, o Brasil apresenta uma idade mediana de 35 anos, conforme os dados levantados pelo Censo. Esse extenso estudo, cuja etimologia remete à palavra latina “census”, representa um conjunto abrangente de estatísticas acerca dos habitantes de uma nação. Trata-se da única pesquisa que visita todos os domicílios brasileiros, oferecendo uma radiografia completa da população.
O Censo, segundo o IBGE, é a principal fonte de informações sobre as condições de vida da população nos diferentes municípios e localidades do país. Esses dados desempenham um papel fundamental na definição e implementação de políticas públicas em âmbito nacional, estadual e municipal.
Por meio das informações obtidas, é viável acompanhar o crescimento populacional, sua distribuição geográfica e a evolução de outras características ao longo do tempo. Esses dados se tornam a bússola que orienta tanto o poder público quanto a iniciativa privada na tomada de decisões estratégicas.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ressaltou a importância desses dados ao afirmar: “Esse é o raio-X, o país do presente. Esse país do presente, que é apresentado agora para todos os brasileiros, vai ter agora uma carta náutica, uma bússola, para que possamos fazer políticas públicas eficientes, para que a iniciativa privada possa colocar investimentos no lugar certo, para gerar emprego e renda.
Um dos aspectos relevantes desses dados é o impacto direto na distribuição orçamentária das pastas da Educação, Cultura, Saúde e Infraestrutura, baseando-se na quantidade e distribuição da população. A iniciativa privada também se beneficia significativamente desses resultados, auxiliando na tomada de decisões referentes a investimentos estratégicos.
Realizado a cada década, o Censo é uma tradição no Brasil, tendo seu primeiro levantamento ocorrido em 1872, denominado à época de “Recenseamento da População do Império do Brasil”. O IBGE realizou o primeiro Censo em 1940, mantendo esse ciclo de coleta de dados decenal.
A pesquisa mais recente, programada para 2020, foi adiada devido à pandemia de coronavírus que afetou o mundo a partir daquele ano. Inicialmente prevista para 2021, a pesquisa foi novamente postergada por falta de recursos.
Contudo, o atraso no Censo apresenta desafios, uma vez que toda a pesquisa é realizada com uma única data de referência, o dia 1º de agosto de 2022, visando evitar contagens sobrepostas da população ou erros nas informações. O prolongamento do prazo de coleta aumentou a possibilidade de imprecisões nas respostas, o que representa um ponto crítico.
A coleta de dados teve início em agosto de 2022, com um orçamento de R$ 2,3 bilhões, o mesmo valor previsto desde 2019, antes da pandemia. No entanto, o período de coleta foi marcado por atrasos nos pagamentos e por uma baixa remuneração dos recenseadores, dificultando a atração de trabalhadores para essa função. O IBGE atribuiu as dificuldades enfrentadas à recuperação do mercado de trabalho no país.
O Censo Demográfico, embora enfrentando desafios e atrasos, revela-se como uma ferramenta valiosa para compreender e orientar as políticas e investimentos no país, proporcionando um retrato detalhado e indispensável da realidade demográfica nacional.